SET SUL avalia novas tecnologias e aplicações do satélite

O painel foi moderado por Caio Klein, Presidente da TVE-RS e Representante regional SUL da SET; e teve a participação de Ricardo Moreira, Gerente técnico da Grupo RICtv; e Davi Francis Jenzura, Coordenador Técnico de Manutenção ENG TV/HDView RPC.

O primeiro a falar foi Ricardo Moreira que falou da Starlink, uma empresa da SpaceX que promete oferecer internet de banda larga por satélite. Ele disse que já está funcionando desde agosto de 2022 no Brasil. “O beneficio é estar conectado. E, na realidade de hoje, isso nos ajudou a fazer transmissões ao vivo de lugares remotas, porque temos a necessidade de levar a informação de lugares remotos. Como entramos ao vivo, precisamos de agilidade, e por isso conseguimos entregar o jornal RIC Notícias desde o Jardim Botânico de Curitiba no dia que a cidade cumpriu 330 anos, totalmente realizado com a Starlink, com sistema redundante”.

Moreira disse que desde a engenharia é dado suporte em regiões onde não há acesso a internet. “Trabalho em conjunto com jornalismo, entregamos a notícia desde lugares remotos. Além disso, usamos a Starlink em outros projetos do Grupo RIC, fazendo ao vivo para a emissora, para o Youtube e para gravar podcast com o apoio satelital”.

Ele apresentou o projeto RICLAB, que produz notícias e entradas de jornais, com três (3) câmeras PTZ, mesa de vídeo e áudio “deslocando-nos a diferentes áreas com suporte da Starlink. Assim vemos que a Starlink está revolucionando a forma como as empresas se comunicam, o que nos tem ajudado bastante. Estamos conseguindo entregar melhor o conteúdo e dar melhor suporte”.

Davi Francis Jenzura falou dos recursos que a emissora utiliza, mas falou “de tradição, por que mudar, por que mexer se estou com algo estável, com confiabilidade e redundância?”.  Ele disse que o compromisso com o jornalismo factual é importante. “Nós tentamos apreender a usar as novas tecnologias da melhor maneira”. O executivo revelou que utilizam a StarLink e que “até agora” o serviço tem se comportado bem. “O que nós fazemos como a RICTV é balanceamento com redes móveis”.

Jenzura afirmou que a latência é um tema debatido, e que a pergunta passa pela qualidade e experiência, “a pergunta que nós fazemos é até quando haverá SNGs, deslocamentos e logística difícil”. Para o engenheiro, com as mudanças na forma de informar houve a possibilidade de adaptar a forma de entrega e de “como trabalhar, seja em banda C ou em Banda Ku, e o clima não nós ajuda. Que podemos fazer? Dá para ir a links provisórios de internet? Vamos para um link Premium, qual o custo, a confiabilidade?”.

O engenheiro disse que “no futuro podemos trabalhar com mochilinks multicanais, ou trazer tudo isso em um fluxo só, posso realizar corte de aqui”, produção remota, “estamos pensando em não trocar a tecnologia, pensando em como vamos usá-la, em como entregar? Como fazer?”.

Por Fernando Moura e Tito Liberato
Fotos: Luana Bravo, Mariana Gimenes e Olímpio Franco