SET SUL debate opções de contribuição, produção e distribuição na nuvem

Internet pública, POPs, nuvem, e formas de distribuição e contribuição de conteúdo para diferenciar-se da produção on-premise.

Moderado por Cauê Franzon, Gerente Executivo de Tecnologia de TV e Rádio da RBSTV, o painel “Cloud: contribuição, produção e distribuição ”teve como palestrantes Felipe Domingues, Gerente de Pré-Vendas da CIS Group, e Ilson Brancaleoni Junior, Engenheiro de Pré-Vendas na Seal Broadcast/Convergint Technologies Brasil.

Domingues analisou a nova geração de contribuição e distribuição terrestre como uma opção na nuvem e com conexão à internet, “com baixa latência e alta robustez, como Zixi/SRT/RIST, além de alcance global”. Ele trouxe como exemplo a TATA Communications, que trabalha com modelo SaaS. Pagamento FOB ou local, sendo uma solução turn-key, e podendo incluir ISPs na última milha com “suporte 24/7/365 com SLA (99,999%), usando fabricantes. Com a TATA, vendemos serviços gerenciados, vendemos a solução”. Este serviço, disse Domingues, pode ser usado para a distribuição e contribuição para afiliadas via internet pública.

Outro dos exemplos do executivo foi a produção na nuvem, no qual o importante passa pela arquitetura Cloud-based (Microserviços), com operação remota e descentralizada, com baixa latência, fontes sincronizadas, playout e grafismos integrados com entrega para múltiplas plataformas. E trata a Cloud como uma solução turn-key/egress. Para isso, ele trouxe três exemplos, o da Evertz Bravo e o da SimplyLive Production Suite , que está integrada com outros serviços; e finalmente o TVU Producer, para produção de conteúdo na nuvem ao vivo.

O executivo da Seal Broadcast/Convergint Technologies Brasil disse que a “Seal foi recentemente adquirida pela Convergint, deixando de ser uma integradora brasileira para ser uma integradora global”. Ilson Brancaleoni Junior disse que a internet gerou uma democratização de conteúdos, o que gerou uma explosão da produção de conteúdos. “Hoje, temos demandas críticas, algumas delas envolvem opções ao satélite, mas precisamos garantir confiabilidade e baixa latência”.

Para isso, o executivo avançou para uma solução da Caton que “permite garantir contribuição estável com a Caton Transport Protocols (CTP) para Multipath, que trabalha com inteligência artificial e machine learning adaptativo e permite trabalhar com múltiplos paths quando se trabalha com internet pública”. O serviço permite trabalhar com baixo custo, rapidez e robustez, sendo inclusive escalável. O serviço Media XStream, que é uma plataforma Cloud-native, “usa inteligência artificial avaliando o link e realizando as alterações necessárias, aproveitando-se da internet pública e trabalhando com bandas bastante elevadas”.

Finalmente, Ilson Brancaleoni Junior disse que a Caton tem mais de 70 POPS em cidades do mundo, “para que o XStream crie uma malha de alcance global permitindo cobertura, com uma robustez e eficiência muito elevada, gerando flexibilidade e a facilidade de preparar um POP em qualquer local do mundo, tendo disponibilidade garantida”.

Domingues finalizou o painel afirmando que “o desafio não é a entrega, mas mudar o jeito de operar os equipamentos. Não vai ser do mesmo jeito a operação na nuvem que a física, não é simplesmente fazer igual na nuvem ou que se faz hoje fisicamente”. Afirmação que o executivo da Seal reforçou. “Temos produção de jogos da Libertadores sendo feita toda em nuvem. Produção esportiva é o que mais consome essa solução; nas outras áreas é necessário entender que, na nuvem, se faz diferente de on-premise”.

Por Fernando Moura e Tito Liberato
Fotos: Luana Bravo, Mariana Gimenes e Olímpio Franco