SET SUL debate a viabilidade do Rádio Rede e o Rádio Local

O painel foi feito de forma diferente, com os executivos de pé, e a vibração do rádio ao vivo.

A última palestra da manhã do evento Regional de Curitiba avançou para o painel “Rádio Rede x Rádio Local. Qual o melhor resultado?”, que foi moderado por Cristiano Stuani, consultor em gestão artística, marketing e projetos digitais para emissoras de rádio, TV e portais, e que contou com as palestras de Jany Lima, Diretora de Conteúdo do Grupo Maringá de Comunicação; Luiz Benite, Vice-Presidente do Grupo Massa.

O painel foi feito de forma diferente, com os executivos de pé, e a vibração do rádio ao vivo. Jany disse que, com as redes nacionais, “a rádio local deve lidar com o desafio de ser como os grandes, com recursos menores”.

Segundo Benite, é necessário ser uma rádio com cheiro local, falar local, brigar com as Big Tech, mas a dificuldade é o custo. A Massa FM entende o negócio. Nós temos uma rede de negócios, por isso, a tecnologia é tão protagonista. Precisamos chegar humanizados na rádio local”. Por exemplo, em Curitiba temos dois estúdios, um para jornalismo local, e outro de Rede.

Ambos falaram que o desafio do conteúdo é fundamental, e que a ideia é estar perto do ouvinte, e que para ser relevante há que entender o Regionalismo em Rede. Outro dos pontos destacados por Jany foi “a confiança e credibilidade do rádio local, o que nós ajuda bastante”, porque segundo a executiva, “estar perto” é fundamental.

Outro ponto destacado foi a customização do digital, e com isso, como “o digital pode acrescentar. Tudo o que pode ser feito, usamos na Maringá FM. No momento, estamos tentando melhores métricas de engajamento do público para melhorar a audiência. A rede social é para trazer audiência como plataforma de comunicação. Hoje, um comentário de um apresentador pode dar três mil comentários em cinco (5) minutos. Precisamos de ferramentas que tragam em tempo real o que o público está falando”. Luiz Benite disse que a Rede chegou a ter mais de 30 mil mensagens em menos de 10 minutos, e que “é difícil processar tudo. Nossa essência é quem está ouvindo. O rádio tem a credibilidade, o que o digital não tem”.

Finalmente foi abordado um tema de momento, a Inteligência artificial no rádio, e o que Jany Lima afirmou é que ela deve ser utilizada para “baixar custos, e aumentar o faturamento”, com maior aproveitamento. Ambos executivos afirmaram que é “necessário treinar o pessoal” para usar a tecnologia a favor do rádio.

Por Fernando Moura e Tito Liberato
Fotos: Luana Bravo, Mariana Gimenes e Olímpio Franco