Jornalismo foi dos metros de filme à transmissão direta da câmera para web

Alguns dos profissionais mais respeitados da TV brasileira estiveram no palco do Congresso SET EXPO 2018 para comentar os avanços tecnológicos na produção da reportagem.

 

O jornalista Roberto Cabrini, atualmente apresentador e editor-chefe do Conexão Repórter, no SBT esteve entre os convidados. “Estamos em uma era na qual máquinas são capazes de fazer textos. Quando comecei na televisão, ainda estávamos na época do filme. Você saía com 200 pés de filme, o equivalente a nove minutos de filmagem. Não podia errar a passagem, e o entrevistado não podia se estender demais. Editávamos na cabeça. Hoje conseguimos tudo rapidamente, mas o jornalista continua com a obrigação de checar o que é verdade”.

 

Moderador do debate e colega de trabalho de Cabrini no SBT, o diretor de Tecnologia e Operações Raimundo Lima relembrou outro caso significativo. “Quando passei pelo Fantástico algumas reportagens produzidas em Nova York tinham de ser enviadas por avião. Então, um produtor precisava ir até o aeroporto e convencer alguém que estava pegando na fila do voo Varig que ia direto para o Rio de Janeiro, com a fita da reportagem na mala.”

 

Desde então, a tecnologia mudou bastante. Alguns dos exemplos mais avançados de câmeras da Sony foram apresentadas por Hugo Gaggioni, CTO da Sony Professional Solutions para as Américas. Os modelos mais recentes da marca permitem, por exemplo, a transmissão direta das câmeras para a central de produção, com acesso a armazenamento na nuvem. Alguns dos lançamentos adiantados pelo executivo podem, inclusive, enviar os vídeos diretamente para redes sociais, ou oferecem edição e controle de imagem pelo smartphone. A equipe de produção pode, inclusive, extrair o material de imagem sem auxílio do cinegrafista.