Tecnologias para TV e novos modelos de workflow

Jaime Fernandes (SET) moderou o Painel 6 Tecnologias para TV e novos modelos de workflow

No Painel 6: Tecnologias para TV e novos modelos de workflow representantes de empresas do setor de tecnologia apresentaram cases e debateram as tendências para o setor de produção televisiva. A sessão foi moderada por Jaime Fernandes, vice-diretor da Regional Nordeste da SET.
Erick Soares, engenheiro de suporte a vendas da Sony Brasil, indicou ferramentas para acelerar a produção de jornalismo com base na tecnologia de transmissão de conteúdo (arquivos) e no live-streaming por 4G/Wifi. O palestrante mostrou os benefícios da cloud para contribuição de conteúdo. “Essas ferramentas aceleraram os processos da cadeia colaborativa”, disse.
Na opinião do executivo, os principais desafios para produzir notícias são: lidar com o máximo de informações da maneira mais ágil possível; entregar notícias recentes ou ao vivo com a maior mobilidade e agilidade; compartilhar as informações em tempo real com as equipes para ganhar escala e produtividade; e reaproveitar a mídia de arquivo para enriquecer o conteúdo e a produção de jornalismo.
“Para ter mais agilidade com as equipes na rua, desde 2011, temos os mochilinks. Hoje, temos também câmeras que podem fazer contribuição ao vivo através de uma rede LTE 4G ou uma rede Wi-fi. A própria transmissão de arquivos e a demanda por contribuição das equipes que estão na rua cresce cada dia mais. As emissoras, no Brasil, estão utilizando as contribuições com 4G e Wi-fi para colocar um conteúdo no ar antes mesmo de ele ser editado. Os tradicionais links estão entrando em desuso em detrimento dos links ao vivo”, afirmou. O compartilhamento dos conteúdos utilizando serviços de cloud I e XDcam Wirelles também podem acelerar os processos de produção jornalística, segundo ele. “As barreiras geográficas já não existem mais. Também temos ferramentas colaborativas e de comentários bastante eficientes, que agilizam os workflows”, concluiu.
Eduardo Ferraz, engenheiro de sistemas da LineUp, apresentou soluções de grafismo para produção de esportes, notícias e estúdio em sua palestra. A LineUp é uma integradora brasileira que representa a Avid no Brasil. Ferraz apresentou algumas soluções de grafismos da companhia e lembrou que a Avid encomendou uma pesquisa de mercado com o objetivo de entender as necessidades comuns aos diversos setores de mídia nos últimos dez anos. “A empresa percebeu a necessidade de criar conteúdos atrativos e de alta qualidade; distribuir para mais canais e mais dispositivos; maximizar e proteger o valor dos ativos e assegurar eficiência operacional e de capital”, explicou.
O representante da LineUp mostrou o o trabalho realizado pela Avid na Rogers, no Canadá, em que a emissora desenvolveu um cenário virtual utilizando um video wall controlado em estúdio pelo TD-Control, solução de controle e manejamento de display da Avid. O palestrante afirmou que uma solução de grafismo comoo trabalho realizado pela Avid na Rogers, no Canadá, em que a emissora desenvolveu um cenário virtual utilizando um video wall controlado em estúdio pelo TD-Control, solução de controle e manejamento de display da Avid. O palestrante afirmou que uma solução de grafismo comoo Maestro, da Avid, pode reduzir os custos operacionais, aumentar a eficiência operacional e criar conteúdo atraente. “Com um mercado cada vez mais competitivo onde o consumo de conteúdo com produção de qualidade tem aumentado, a LineUp traz ao mercado brasileiro as soluções da Avid para o segmento de gráficos e oferece, para pequenas, médias e grandes produções, a tecnologia e o fluxo de trabalho (da autoração ao playout de gráficos)”, concluiu.

Ricardo Milani, engenheiro de vendas da FOR-A no Brasil, reafirmou a posição da empresa em relação à integração de switchers de produção, matriz, processadores, conversores IP/SDI, câmeras de alta performance e sistemas gráficos 3D. O executivo também destacou as vantagens do 4K no mundo HD. “O 4K e o 8K já vem sendo discutidos na NAB há alguns anos e já são realidade em alguns países. No Brasil, ainda não há muito uso. A Fora-A apresentou, na NAB, o projeto 12 K Extraction, um extrator que une sinais de três câmeras 4K para gerar imagens em HD. Temos um extrator que lê esse sinal e possibilita selecionar presets. A grande vantagem é que não preciso de operador de câmera, não preciso do operador Pan-tilt, e consigo operar remotamente.”
A ideia, segundo ele, é explorar a resolução do 4K para gerar sinal HD. “No Japão, não se conversa sobre trocar a infra para o IP. Se conversa sobre trocar a infra para o 12 G-SDI, com um cabo coaxial recebendo quatro sinais 4K. A Belden já tem cabos coaxiais que suportam sinais 12 G. Na NAB, lançamos uma matriz em 12 G. Aqui no Brasil, recebemos muitas solicitações de unidades móveis para utilizar o 12 G. Temos equipamentos que convertem o quad para 12 G. Também lançamos uma linha nova de processadores para atender a essa nova demanda”, ressaltou.
O executivo lembrou ainda que a FOR-A se adaptou ao mercado latino americano e, hoje, oferece linhas mais simples para atender a qualquer tipo de mercado, desde pequenas até grandes emissoras. “Lançamos um player que nada mais é do que uma interface thunderbolt, que consegue fazer a conversão para o HD-SDI.” A presidente da SET, Liliana Naconenjhy, questionou o que cada um dos palestrantes acharam o mais relevante no NAB 2017, do ponto de vista conceitual. Soares afirmou que as discussões sobre a tecnologia HDR chamaram a atenção e afirmou que diversos clientes procuraram soluções de automação como forma de reduzir os custos de produção. “Uma série de tecnologias e tendências isoladas que temos falado nos últimos anos parecem estar surgindo.” Milani acrescentou que os clientes, sobretudo os brasileiros, estão buscando reduzir custos e procurando soluções automatizadas.