SET Nordeste encerra com keynote sobre o futuro da mídia

Após um dia repleto de novidades e tendências do setor de mídia e entretenimento, o SET Nordeste proporcionou aos seus participantes um momento de reflexão sobre o futuro da mídia com o keynote de Roberto Franco, Diretor de Assuntos Institucionais e Regulatórios do SBT e Conselheiro da SET.

O título da apresentação de Roberto Franco, além do futuro da mídia, menciona também a TV 3.0. Porém, antes de chegar ao ponto de falar daquela que deve ser a grande evolução da TV que conhecemos hoje, Franco convida os presentes a participarem de um verdadeiro passeio por algumas definições.

A primeira delas é: qual a definição de televisão?

Quando surgiu, existiam muitas dúvidas sobre a real utilidade da televisão, e se as pessoas iriam efetivamente incorporá-la às suas vidas. Para Franco, “estavam pensando na caixa, no aparelho”.

E o que é tecnologia? Essa foi a próxima indagação colocada pelo keynote. Na história, o que começou como arte, passou por uma grande transformação, em especial durante a industrialização, pois houve uma sistematização da produção, através de uma ampliação das capacidades do homem.

No vestuário, por exemplo, passamos de pedaços de pele e tecidos rústicos a peças elaboradas. E não nos damos conta, hoje, de grandes avanços tecnológicos que utilizamos até hoje, como os botões e o zíper.

Atualmente, a tecnologia nos traz a IA, presente também no setor de mídia e entretenimento. A sua aplicação gera debates se vai substituir o homem nessa ou naquela tarefa, mas a grande questão é ética.

Voltando à televisão, uma vez consolidada como uma mídia, passou a ter as funções de “informar, entreter e integrar. Esse eletrodoméstico presente em todas as casas se tornou um objeto capaz de capturar histórias e conteúdos e transmiti-los”.

Com a evolução das telas, não se fala mais somente em TV, pois “o mesmo consumidor de conteúdo audiovisual tem comportamentos distintos em momentos diferentes”.

Franco reforça que “é fundamental conhecer o consumidor, saber por que está consumindo determinado conteúdo. O como vem em seguida”.

Há conteúdos que têm o poder de atrair grandes públicos. Assim como existem formatos de exibição que também podem ter um apelo diferenciado.

Novas telas têm surgido, e cada vez mais devemos pensar em ë”, e não no “ou”.

O que conta é a experiência, a sensação. Para Franco, “a experiência do consumidor é rei”.

A TV 3.0 entra no debate, e Roberto Franco destaca que os desafios tecnológicos estão vencidos.

“Os desafios econômicos ainda existem, pois a TV 3.0 vai exigir novos modelos de negócios. E há também os desafios regulatórios, pois existem várias questões a serem debatidas”.

Por Fernando Moura  e Tito Liberato