SET Nordeste 2023 discute estratégias para o streaming e sua monetização

O penúltimo painel do SET Nordeste, que se realiza em Recife, capital de Pernambuco, foi moderado por Jair Ventura, Gerente de Tecnologia de TV e Rádio, Sistema Jornal do Commercio de Comunicação/SET, e teve a participação de Ronald Almeida, Gerente Técnico – Engenharia, O Povo – Grupo de Comunicação e Representante SET Nordeste; Gustavo Marra, Presidente da TVCoins; e Luiz Bitencourt, Video Lead da Google Brasil.

Almeida apresentou o Grupo O Povo e as novas aquisições, e como se colocam na estrutura digital e multiplataforma. Ele disse que “streaming e monetização andam de mãos dadas”. Ele explicou alguns pontos tecnológicos, e se perguntou se “as emissoras possuem toda a tecnologia necessária e estão realmente preparadas? Qual o modelo de negócio é transparente e reconhecido pela área comercial? O mercado continua enxergando a métrica do digital diferente da métrica da TV? O que fazer?

Gustavo Marra da TVCoins explicou “o modelo que é baseado na cooperação com os parceiros”, no qual “oferecemos uma plataforma de streaming Direto ao Consumidor: Linear e VOD”. Marra disse ainda que o diferencial da empresa passa por ser uma solução White Label no qual “a nossa tecnologia, sua marca, seu app e seus usuários trabalham com um serviço gerenciado, no qual o usuário faz upload do conteúdo, e a TVCoins assume a partir daí o ingest, gerenciamento de usuário, CMS, analytics, publicidade, CDN & e mais de 15 plataformas de CTV e apps para tablets e smartphones”.

Ele disse que o crescimento do FAST será grande nos próximos tempos, e haverá um aumento de ingresso que pode alcançar os 108 bilhões de dólares até 2028.

Na sua parte, Luiz Bitencourt, da Google Brasil, disse que o crescimento e a fragmentação do consumo de conteúdo aumentam a complexidade, em especial nos ambientes de TV conectada. “Temos três grandes tendências que se aplicam para os mercados globais, e também no Brasil, que passa pela fadiga da escolha. Ou seja, 60% dos consumidores do mundo se sentem frustrados com o processo de descoberta e navegação”. Para ele, os modelos de negócios têm de ser mais flexíveis, e precisam mudar a forma de transação. “Até o final de 2023,  66% dos usuários em países desenvolvidos vão utilizar o AVOD. E a terceira é a escala global frente a relevância local com “força no conteúdo local, com a Netflix com 40% do orçamento para produção locais, e a Disney com 24% para conteúdo local. “Vai ter uma convergência entre os conteúdos locais e globais”.

 

Por Fernando Moura  e Tito Liberato