SET Nordeste debate 5G e protocolo NDI

Infraestrutura para tráfego de sinais: 5G e protocolo NDI analisadas e demonstradas em Recife.

O moderador, Esdras Miranda, Diretor de Tecnologia e Operações do Sistema Jangadeiro de Comunicação, disse no início da palestra que, há uns três anos após uma visita de um engenheiro à emissora, percebeu as diferenças do equipamento necessário para poder gerir uma emissora com equipamentos muito caros. “A tecnologia mudou, e hoje podemos entender como fazer uma transmissão mais leve e assim dar longevidade ao nosso negócio, seja da forma que seja, e com vontade de que o 5G chegue para usufruir da tecnologia”.

Glaucia Mattioli, Gerente Executiva de Vendas da Embratel, iniciou o painel falando da tecnologia 5G e os seus principais diferencias, não apenas em termos de velocidade, mas também em termos de “baixa latência, múltiplos dispositivos”, o que vai permitir ter Untra HD, TV Híbrida, realidade aumentada, automação industrial, veículos autônomos e cidades inteligentes”.

A executiva disse que o 5G “vai permitir agilizar a produção remota, por exemplo, para os produtores, e proporcionar maior interatividade do lado do usuário final”. Isso porque a operadora vai distribuir freqüências 5G que vão trabalhar “com frequências mais altas, o que requer células menores” e que trabalhem virtualizadas a partir de “redes dentro da rede que permitiram a virtualização dos data centers”.

Glaucia mostrou como case o Carnaval SP 2023 com a Globo com conectividade para mochilink e  Slice de rede de serviço de transmissão de vídeo com banda garantida, que “foi um sucesso”.

Pablo Perez Hetze, Sales Manager da Convergint,falou e explicou o protocolo NDI (Network Device Interface), que é um protocolo agnóstico para formatos de vídeo, qualidade,bitrate, ratio, etc. com muito baixo Delay (que pode chegar a menos de um frame); com adaptação ao ambiente com equipamentos legados; permite redundâncias anteriormente impensáveis;  Alpha Channel included; Metadata, video, controles, audio, tally, etc. além de ser ideal para produção remota

Hetze explicou que todas as ferramentas de NDI são gratuitas, por isso, “hoje mais do 70% dos projetos que vão desde pequenas produções de duas câmeras até as maiores emissoras de TV do mundo começam a trabalham com NDI, porque se adapta a infraestrutura existente”. O executivo falou da Versão Atual 5.6, e disse que as principais novidades passam pelo NDI SDK Advanced for Unreal Engine; o NDI Router que permite fazer uma matrix; e o Advanced NDI AUDIO I/O.O executivo anunciou que o NDI deve lançar nos próximos dias a versão 6.0 do NDI, que será exclusivo para broadcast com “melhorias na qualidade do vídeo (HDR – 10 bits), e um aumento significativo da eficiência e robustez na produção remota”.

O ultimo a palestrar foi Marcelo Blum, Gerente de Arquitetura e Tecnologia da Videodata, que disse que o NDI é “sensacional para playout na nuvem (Cloud Playout e preview de baixa latência), mas com desafios em monitoração e aferição de qualidade. Com respeito a SRT, Blum disse que a Videodata criou uma ferramenta para transportar vídeo e como isso facilita a produção remota. “Podemos receber 20 câmaras e receber sinais sem problemas”. Para ele, a diferença foi o SRT ser um Open Source com segurança.

Em termos de cases, apresentou um projeto de Cloud Playout para canais internacionais com protocolo SRT. Ainda demonstrou um projeto de transporte de sinais de BTS via SRT utilizando o Videodata Media Hub. Ainda falou de um projeto utilizando NDI e SRT em playout com Channel in a Box da Pebble “com saídas em banda base, SRT e NDI para preview. Não há que comprar uma parafernália de equipamentos. O que se faz é colocar uma licença de software”.Em complemento, utilizando solução da Grass Valley, Blum explicou um case de “produção de eventos da nuvem que inclui áudio, replay, vídeo, MAM com latência de menos de 1 segundo”.

 

 

Por Fernando Moura e Tito Liberato