Novos sonhos, estes mais ousados!

A sensação de que até os nossos sonhos precisam ser mais ousados: foi essa a impressão que trouxemos do deserto de Nevada, onde se realiza a NAB a cada ano.
Nesta edição, continuaremos com a cobertura da maior feira de tecnologia para televisão do mundo, a NAB 2017. Se antes víamos a feira como um espaço de concretização dos nossos sonhos de engenharia de televisão, hoje, a feira vai muito além desse limite. A cada esquina dos vastos pavilhões do Las Vegas Convention Center, podemos conferir um mar de ofertas de equipamentos e avanços tecnológicos que, muitas vezes, nos pegam de surpresa. Não é novidade para nenhum de nós – engenheiros – que os ciclos tecnológicos estão cada vez mais curtos, e o bombardeio de novas ideias e opções estão ao alcance dos nossos dedos. Por outro lado, nos é exigida uma capacidade enorme para saber avaliar tudo o que está à disposição nas prateleiras dos fabricantes. Por isso, se comunicar cada vez mais intensamente com os nossos pares, as nossas associações, as empresas do mesmo ramo, os novos entrantes, torna-se imprescindível para melhor entendermos o mundo que se apresenta à nossa frente.
Absorver a infinidade de ofertas de “workflows”, opções para 4K, equipamentos em 8K, plataformas IP, virtualização e distribuição de conteúdo direcionado, sistemas integrados e compartilhados, nos exige um conhecimento ágil, atualizado e plural para o nosso melhor desempenho. Os nossos telespectadores querem isso e não podemos ficar para trás. É a continuação dessa visão, que procuramos trazer nesta edição.
O nosso papel de protagonistas na NAB 2017 pode ser conferido na cobertura do evento: o SET e TRINTA analisou o futuro da TV; apresentamos também um artigo sobre o título da feira: The M.E.T Effect, escrito pelo nosso companheiro Emerson Weirich. Num momento de grandes transformações, não poderíamos deixar de falar do SET NORDESTE, que apresentou um novo formato para eventos regionais. Assim, em meio a essa incrível velocidade com que os fatos estão se apresentando, não podemos esquecer que ainda vivenciamos uma das mais importantes mudanças na televisão aberta brasileira, o desligamento do sinal analógico que já foi consolidado em importantes cidades como Brasília, São Paulo e Goiânia, por exemplo. Como as tecnologias do futuro influenciarão o dia a dia das transmissões, como devemos atuar para não sermos engolidos por movimentos realmente fundamentais, como distinguir o que é essencial do que é apenas um modismo? Com as participações de nossos membros e leitores, esperamos que a contribuição para esse rico debate seja a cada dia mais frutífero.
O futuro é agora.

Boa leitura!

José Raimundo Lima da Cunha
Diretor Editorial da SET