Migração AM-FM: 223 novos contratos assinados

Eduardo Cappia (EMC/SET)

Eduardo Cappia (EMC/SET)

Eduardo Cappia (EMC/SET) apresentou a comunicação “Migração: novas 350 emissoras FM” na “Sessão SET: Radiodifusão sonora, migração AM-FM e desafios da radiodifusão” na tarde do primeiro dia do SET Norte 2016. O representante da SET informou que, no último dia 07 de novembro, 223 contratos de migração foram assinados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e lembrou que outros 55 contratos já haviam sido assinados em maio, totalizando 328 novos canais.

“Essas quase 350 novas emissoras de FM no país [precisamente, 328] representam mais investimentos no setor, desde empregos, soluções tecnológicas, instalações infraestruturais, antenas, etc. Com isso, nós estamos tentando reativar a economia. Só em investimento de infraestrutura, a expectativa é de cerca de meio bilhão de reais com essas novas outorgas. Em menos de três anos, estamos fazendo uma revolução pioneira no mundo em termos de substituição de AM por FM”, exclamou.

“O decreto 8.139, de 07 de novembro de 2013, que deu início à migração completou três anos”, afirmou Cappia. O grande desafio, segundo ele, foi acomodar as 1.388 emissoras de onda média que optaram pela migração. De acordo com levantamento de setembro deste ano, 1.032 emissoras haviam sido atendidas na canalização, faltando 356 restantes e chegando, assim, a uma taxa de 74, 35% dos canais atendidos em FM 88 – 108 MHz. “A migração não é gratuita. Ela foi onerosa, estabelecida pela portaria nº 6.467.

As emissoras classe C tem a cobertura assegurada por apenas 7,5 Km. Em São Paulo temos emissoras de classe E1 que não atingem”, disse.

O representante da SET apresentou, também, em sua palestra, a ferramenta digital Cloud RF, capaz de fazer previsões de contornos e de intensidade de campo com acerto de quase 90%. “É uma ferramenta inglesa, cujo servidor você coloca crédito e consegue fazer cerca de vinte predições”, explicou, insistindo que os radiodifusores devem passar a pensar no conceito de classe, e não mais no conceito de potência. “Só a migração consegue colocar o áudio nos celulares. Essa também é uma grande vantagem. Estamos trabalhando com um conceito de evolução! Os nossos ouvintes, agora, estão no carro e no celular.

Os empresários devem estar atentos a isso Os rádios nos carros, a partir de 2017, passarão a motar os seus veículos de linha de 65 – 108 MHz. Hoje, 74% dos emissores ligam o rádio no carro”, concluiu.