Regionais SUL 2022 – Fluxo de exibição direcionado

Painel debate a inserção de publicidade direcionada e dinâmica por plataformas de playout.

Para analisar Playout + DAI (Dynamic Ad Insertion), o painel “Fluxo de exibição direcionado”, moderado por Emerson Pereira, Gerente de Engenharia de TV da RPC, teve como convidados a Marcelo Souza, Conselheiro da SET e Diretor de Tecnologia para Produtos Digitais da Globo; Jurandir Pitsch, VP de Vendas e Desenvolvimento de Mercado – Vídeo – América Latina da SES; e Claudio Raso, Gerente de Venda de Floripa Tecnologia.

Marcelo Souza, Conselheiro da SET e Diretor de Tecnologia para Produtos Digitais da Globo, começou o painel explicando a estratégia do Globoplay e como o DAÍ foi incorporado. “Hoje é difícil definir onde esta a competição do Globoplay, por isso nos o viabilizamos como um local general com SVOD, FTA Simulcast, vMVPD, Channels, Live Events e Podcast”.

Souza disse que no “Globoplay temos + de 20 milhões de usuários únicos mensais, “para trazer pessoas para habitar o ecossistema, com mais de 50% do consumo na TV ou telas grandes em alguns meses”, com uma visão 360 de conhecimento do usuário com “grafo” que geraram ativações, mas “também ferramentas para definir a ‘persona’ do seus usuários. Assim, hoje chegamos a 110 milhões de GloboID na nossa plataforma. Assim, o DAÍ é a personalização do break publicitário com inserção dinâmica e personalizada de publicidade”.

Ele falou que o DTV Play é fundamental para entender a TV 2.5, “que acelerará a passo para o mundo do streaming. A Globo fez dois testes no mercado de DAI, com bons resultados, para com eles gerar valor e ter a ideia de performace”. De todas as formas, Souza disse, que a segmentação no Globoplay é pensada como “cluster”, ou seja, como grupo. “Quando vendemos publicidade vendemos impacto, ou seja, o conteúdo Globo em todas as nossas plataformas”.

Jurandir Pitsch explicou as ofertas da SES de playout da empresa. A ideia mostrada pelo executivo é como, por exemplo, o canal da BBC coloca mais de 60 canais do mesmo sinal com áudio, logo, publicidade diferentes, com sinais que seguem por satélite ou não para assim entregar valor com feeds que podem ser modificados em seus conteúdos específicos.

O executivo referiu-se a complexidade da mudança tecnológica, “e nosso modelo de negócio é fazer tudo como serviço para que o cliente não tenha de fazer investimos em hardware com serviços SaaS. As plataformas devem ser nativas em nuvens para não ter instabilidade no sistema, para nos foram quase dois anos de desenvolvimento”. A operação do playout que oferecemos neste momento em Latam é uma solução onde o cliente faz a operação da plataforma.

Pitsch comentou que as vantagens da nuvem passam por sermos nativos, com modelos Opex, com “Fully Managed Localization Channel Solution”, o que permite mudar conteúdos específicos para cada região. A outra solução que é mais barata, disse o executivo, é a Ad & Content Replacement. “No México começamos a fazer tudo o mês passado, fazendo o DAI nas plataformas do cliente”.

Falando de playout, ele disse que nossa visão é que o cliente no final entregue uma interface gráfica e “nós possamos fazer tudo na nuvem. Se o processo for inverso, o que queremos é que se compre um conteúdo via nuvem através da nossa rede OMP. Esperamos que nossos clientes possam, em 2023, operar a solução 100% na nuvem com modelo Opex totalmente flexível”.

Solução da SES para playout em nuvem / Foto: Reprodução

O gerente de Vendas da Floripa Tecnologia, Claudio Raso, disse que como fabricante brasileiro é muito importante estar no Regional Sul. Ele explicou os avanços da rede de internet no país, e disse que a chegada da internet de alta velocidade permitiu a personalização do consumo. “As emissoras tem de se modernizar para se adequar à nova realidade, com uma nova forma de geração de receitas, e com algumas operações em cidades pequenas que gerem receita. Tudo isso, precisa encontrar a forma de atingir o fluxo de espectadores que esta saindo da TV lineal”.

 

Fluxo direcionável da Floripa / Foto: Reprodução

Raso disse, ainda, que é necessário “investir em fluxo de exibição direcionável monetizando anúncios em plataformas online que exibem o conteúdo da emissora ao vivo com personalização da experiência do espectador”.

Raso afirmou que é possível implementar este tipo de personalização com sinalização de disparo via SDI (VANC) através de protocolos de mercado (SCTE-104/35) ou proprietários, permitindo inclusive disparo de vídeo de servidores remotamente, via Satélite, sem necessidade de redes de dados dedicadas, mas também é possível a integração do sistema de automação com o CDN/Generator, tudo isso, com  SmartWare que funciona como sistema de automação Enterprise-Class , o primeiro a ser desenvolvido integralmente no Brasil. A solução permite operação centralizada (CentralCasting), ou remota (RemoteCasting), inclusive uma solução híbrida com ambas operações simultâneas.

Por Fernando Moura
Fotos: Luana Bravo – SET e Anderson Moura – Wolfram Engenharia