SET Regionais SUL – Os desafios da produção remota

O Regional Sul da SET finalizou com analise sobre a produção remota e como esta foi modificada pela pandemia de covid-19

Felipe Domingues, Gerente de Pré-Vendas da CIS Group

O último painel da edição 2022 do SET Sul foi moderado pelo gerente Executivo de Tecnologia de TV e Rádio da RBSTV, Cauê Franzon; e teve como palestrantes a Felipe Domingues, Gerente de Pré-Vendas da CIS Group e Fábio Eitelberg, Diretor-executivo da 2Live.

Franzon começou a falar do que gerou a pandemia e como com ela houve a hipótese de testar novas formas de geração de conteúdo, tanto que “aumentamos 65% a quantidade de conteúdo gerado de forma remota para distribuir ao público, e realizar eventos ao vivo com produção remota como a Expodireto, feira do agronegócio, realizada com mochilink com 4 câmeras”.

Fábio Eitelberg, Diretor-executivo da 2Live, disse que o Rio Grande do Sul é o estado com mais contatos de negócios com “o uso dos mochilinks”. Em termos de produção remota (REMI), ele destacou que as mochilas revolucionaram o mercado audiovisual por permitir “cobertura de eventos ao vivo simples e compacta, com solução completa para produção remota: transmissão e distribuição de vídeo IP e redução de custos em hardwares, pessoas, logística. E ainda, gerando At-Home_Production com unidades sincronizadas”.

Fábio Eitelberg, Diretor-executivo da 2Live

Ele destacou o LiveU800 que permite “a produção remota com até quatro (4) feeds sincronizadas, sem conexões via satélite ou fibra com apenas pessoal essencial no campo, e gerenciamento de câmeras e devices, incluindo corte de vídeo diretamente da unidade em sua tela de 7” ou da estação”. Outra solução demonstrada foi o VAR Light, uma solução de VAR Remota que a empresa está testando no Brasil com até 8 replays dependendo os enconders que estejam disponíveis. Eitelberg, disse ante a pergunta da Revista da SET, que “a arquitetura do VAR é simples. Encodamos o sinal, mandamos para servidores virtuais e usamos uma tecnologia para enviar um feed a um iPad com baixa latência. Por tudo isto é mais barata, já que não tem a pesada infraestrutura de hardware da estrutura tradicional. Assim, o número de câmeras vai depender da infraestrutura, mas a FIFA aceita o modelo a partir de 4 câmeras para que as federações comecem a testar o sistema”.

 

Solução VAR Remota LiveU para Fifa/ Foto: Reprodução

Produção remota Cis Group / Foto: Reprodução

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Felipe Domingues, Gerente de Pré-Vendas da CIS Group, disse que a pandemia acelerou os processos de implementação de produção remota, e nesse ponto, analisou as diferenças do Live remoto e a produção não ao vivo.  Nas Lives, o mais importante é transportar sinais do local do evento para ser produzido na emissora/produtora com sincronização dos sinais, baixa latência com protocolos de transmissão, com redundância e agregação de rede (ISPs) e um túnel para tráfego dados com controle IP.

Mas se o cliente quer levar a solução a nuvem com serviço chave-na-mão ou com serviços SaaS que “permitam levar sinais para a nuvem, produzir e entregar diretamente na cloud” com diferentes ferramentas e serviços dependendo do que seja necessário. Finalmente, o executivo, explicou as formas de produção remota baseada em arquivos na nuvem, onde arquivos e storages estão na cloud para assim editar remotamente, por exemplo, com “baixa latência via PCoIP, conteúdo protegido e fluxo padrão”.

Por Fernando Moura
Fotos: Luana Bravo – SET e Anderson Moura – Wolfram Engenharia