Conteúdo The Broadcast Bridge

As maiores e melhores transmissões ao vivo sempre uniram as pessoas: casamentos reais, finais de torneios, festivais de música, funerais. Todos esses eventos procuram compartilhar uma experiência que nos aproxima.

As tradicionais transmissões pelo ar não são mais o único modelo de distribuição, e os mesmos princípios valem para a programação ao vivo de OTT, que ultrapassa fronteiras internacionais.

Em 2022, o OTT continuou a apresentar um aumento de market share com canais de streaming tendo mais acesso a esportes tradicionais, enquanto (os ) cada vez maiores eSports levam milhões de viewers para Twitch e YouTube.

Os hábitos de consumo de conteúdo audiovisual também têm evoluído: não temos de estar mais em uma mesma sala para compartilhar uma experiência ou sentir que somos parte de algo grandioso, e a tecnologia disponível reforça isso. Nunca tivemos tantas maneiras de nos comunicarmos – e isso é ótimo dado o cenário que vivemos nos últimos anos.

E se estamos nesse paradigma, por que não torná-la mais cativante ainda?

Áudio está no coração desse processo. Na verdade, ele é a chave para destravá-lo, não somente pela imersão, mas também para reforçar a conexão. E, nos próximos anos, veremos muitos avanços. Ele não só adiciona valor, mas também transformará a experiência de assistir a um conteúdo e unirá as pessoas de novas formas.

Esse ano vimos um grande número de soluções inovadoras para transmitir áudio que podem enriquecer nossas vidas, por canais OTT e OTA, e isso não tem nada a ver com nuvem.

Com o acesso facilitado a dados, já estamos em um ponto no qual podemos desfrutar de conteúdos ao vivo onde quer que estejamos. Podemos assistir à final de um campeonato da beira de uma piscina, isso sem contar ainda com a implantação do 5G.

Tecnologias para o consumidor estão fazendo com que aplicações como som imersivo sejam muito mais acessíveis. Soundbars 3D podem ser comprados em supermercados, enquanto televisores Sky Glass já contam com Dolby Atmos incorporado. Para muitos de nós, existem vários conteúdos imersivos que se utilizam de técnicas que simulam som 3D em nossos fones de ouvido. Tidal e Apple Music oferecem milhares de títulos imersivos, e o sistema Dolby é encontrado nas principais plataformas de streaming como Netflix, Amazon Prime, HBO e Apple TV.

Além disso, conteúdo imersivo ao vivo está por toda parte. Mais de 100 eventos das Olimpíadas de Tóquio e Sochi foram transmitidos com áudio imersivo. As próprias produtoras de áudio e vídeo estão já prevendo o monitoramento de imersão em seus estúdios de controle de áudio.

Os consumidores estão atentos a essa nova funcionalidade e sabem que não irão precisar de novos cabos para ter essa experiência. A demanda já existe, em um nível que não existiu na época do surround.

Áudio imersivo é parte do que chamamos Next Generation Audio (NGA) e que teve grande destaque em 2022, mas há outras que tiveram seus momentos. NGA é um termo guarda-chuva que engloba várias técnicas e serviços, e a personalização é outra de que se ouviu falar muito.

Esse ano, a personalização atingiu um marco com uma demonstração ao vivo durante o IBC. Imagens de um jogo de futebol foram encodadas em MPEG-H e transmitidas para conversor compatível ao MPEG-H. Foi dada a oportunidade aos visitantes do evento de ouvirem três programas: a mixagem padrão da TV, uma mixagem com diálogo realçado e uma mixagem sem comentários.

Existe a crença de que o design de som é que adiciona emoções a um conteúdo visual, e nos próximos anos muitos dos avanços que veremos em broadcast não serão vistos, mas serão ouvidos.

O que quer que aconteça nesse futuro próximo, vai soar diferente e provavelmente vai soar espetacular. E, mais do que qualquer outra coisa, vai permitir que experimentamos uma forte conexão, onde quer que estejamos.

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