Produção de conteúdo ao vivo em nuvem já é realidade, mas adoção ainda está no começo

Nuvem: enorme potencial, mas produções ainda dependen de hardware e aplicações locais. 7 de agosto

Embora a nuvem tenha enorme potencial para tornar as produções de conteúdo ao vivo mais ágeis, flexíveis e baratas, a maioria das soluções, hoje, ainda depende de hardwares físicos e aplicações locais. Há, ademais, diversas dúvidas sobre compatibilidade entre diferentes sistemas e com que urgência as empresas devem se adaptar à nova tecnologia. 

Foram essas algumas das dúvidas que os especialistas trouxeram ao painel sobre produções na nuvem, realizado no Congresso de Tecnologia e Negócios de Mídia e Entretenimento da SET Expo. “Mídia e entretenimento estão no centro da disrupção digital. Há cada vez mais conteúdo sendo consumido e ainda mais conteúdo sendo criado”, destacou Bill Rice, diretor de pre-sales  da Grass Valley. 

Para Fabio Acquati, diretor de tecnologia da NGN Telecom, a nuvem atrai uma série de empresas por ser escalável, flexível, confiável e eficiente em custos, além de permitir a produção remota e colaborativa. Por outro lado, há desafios como complexidade, variedade de protocolos, necessidade de investimentos e falta de confiança.

São esses desafios que impedem uma adoção mais rápida da nuvem nas produções ao vivo, pois, como sublinhou Boris Kauffmann, arquiteto de soluções na Amazon Web Services, a tecnologia está pronta. “Conseguimos transportar vídeos sem compressão entre instâncias para que não haja perda de qualidade em momentos decisivos, como na hora de um gol”, disse. “A infraestrutura necessária ainda é bem menor, o que facilita o transporte até a arena do jogo e reduz a pegada de carbono da operação”.