A TV 3.0: uma nova forma de interagir e emocionar o usuário

A TV 3.0 surge no contexto de mudança do comportamento do usuário. As pessoas, cada vez mais, não querem mais ocupar uma posição passiva diante do que acessam ou consomem, mas sim ter uma participação ativa. Débora Christina Muchaluat-Saade, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Membro do Grupo Técnico de Codificação de Aplicações da TV 3.0 – Fórum SBTVD,  contou detalhes sobre esse novo serviço, que deve começar a ser implementado no Brasil a partir de 2025.

De acordo com Saade, um dos projetos da TV 3.0 é integrar os itens da casa por meio da internet das coisas. Assim, a televisão estaria conectada aos aquecedores, ar-condicionados ou até mesmo aos difusores de aroma. “Integrar efeitos sensoriais na televisão é mais uma forma de envolver o usuário, de fazê-lo sentir a programação”, explicou a professora.

Um dos projetos da TV 3.0 é integrar os itens da casa por meio da internet das coisas.

Carlos Cosme, MediaTech Lab da Globo, endossou o discurso. “Se você olhar hoje para TV 3.0 não vai ser áudio, vídeo e legenda, a gente precisa tentar imaginar o futuro para além dos dispositivos 2D”. Cosme vislumbra uma realidade não centrada somente em telas, mas que crie uma atmosfera envolvente para o usuário e explore o máximo de seus sentidos.

Cristiano Akamine, Pesquisador do Laboratório de TV Digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie, encerrou o painel comentando a camada física e a de transporte da TV 3.0. Para isso, lançou mão de conceitos como Frequência de Reuso-1, MIMO 2×2, Agregação de Canais, Recepção com C/N negativo em canal Rayleigh, Publicidade Direcionada e Camada de Enriquecimento pela internet/CB.