A parceria entre empresas como alavanca para os negócios

No último painel de quarta-feira (24), da sala de Inovação da SET Expo 2022, o foco foi o crescimento dos negócios. Não como uma estratégia auto-centrada, mas sim como uma projeção em rede. “A inovação aberta deixa de colocar a sua empresa no centro para incluir outros players, como academia, investidores, startups e hubs de inovação”, explicou o palestrante Luiz Gabriel Vasconcelos, especialista de ecossistema e parcerias da Globo.

Entre os benefícios da inovação aberta, o especialista também listou a democratização do esforço de inovação; a expansão dos testes de hipóteses além do core business; oportunidade de incorporação de capacidades não existentes no negócio; foco nas capacidades expertise; aceleração do Time-to-Market; ampliação da captura de valor; compartilhamento do risco de falha; acesso a talentos externos e a influência no ecossistema.

Painel encerrou as atividades da Sala de Inovação no terceiro dia do SET EXPO.

Para exemplificar de que forma essas parcerias ocorrem através do ecossistema, o segundo convidado, Mehrad Moeini, chefe de desenvolvimento de negócios, contou como se dá a relação da Globo com a aceleradora onde trabalha no Vale do Silício, a Plug and Play Tech Center. “Nós identificamos onde estão os desafios e as lacunas. Desse modo, incidem diretamente no que dificulta o crescimento”, explicou. 

Ainda sobre cases de sucesso envolvendo práticas de inovação aberta, Daniel Ibri, sócio gerente da Mindset Ventures, compartilhou como Israel ganhou a alcunha de “Nação das Startups”. Para ele, um dos motivos básicos está na cultura empreendedora do país: “Lá, você não nasce para ser funcionário, nasce para criar o seu negócio”. 

Por fim, trazendo o ponto de vista das startups, Robby Arguelles, executivo de vendas, comentou sobre o trabalho feito pela Headspin – também parceira da Globo. “Os consumidores têm cada vez mais opções de fornecedores. Costumamos dizer que content is king, mas é na experiência do usuário que perdemos clientes”, ponderou. Desse modo, as parcerias das startups com outras corporações, aceleradoras, investidores e academia é também uma forma de sobrevivência.