Infraestrutura dispõe de quase 9 mil redes no Brasil para chegar em 134 milhões de usuários

Palestra de Elisangela Bottino, product owner da Infra CDN da Globo.

As produções audiovisuais estão, cada vez, sendo disponibilizadas na internet. Carolina Duca, gerente sênior de tecnologia da TV Globo, moderou um painel no SET EXPO 2022, nesta quarta (24), para debater as formas de difundir este material, como o uso de CDN (Content Delivery Network), e suportar a audiência virtual.

“A grande questão é ver como distribuir o conteúdo aos usuários da internet, pois isso tem uma certa complexidade. A infraestrutura é composta de uma rede de redes, são 8.957 apenas no Brasil, que tem um território enorme”, comentou Antonio M. Moreiras, gerente da NIC.br.

Na sequência, Rogerio Mariano, global head network edge strategy da Azion, exibiu outros dados para reforçar as peculiaridades do ecossistema brasileiro de interconexão. “Temos 16 sistemas de cabos submarinos ativos, 35 pontos de internet exchange e 134 milhões de usuários. Isto aumenta a relevância do CDN, uma rede servidores que armazenam réplicas do conteúdo de outros sites na memória e depois entregam aos visitantes, baseando-se na localização geográfica para conectá-los ao servidor mais próximo. Ele melhora a experiência do usuário através de uma série de benefícios, como o carregamento mais rápido da página”, explicou.

O recurso já apresenta divisões que atendem melhor cada necessidade. “Temos duas soluções, o ‘cloud CDN’, que otimiza a velocidade, e o ‘media CND’, com o propósito de evitar que o usuário fique esperando seu vídeo carregar. O que fazemos normalmente é criar uma configuração na CDN e fazer os testes, que são rápidos, para saber se posso colocá-la na frente do conteúdo. Normalmente, dá certo”, contou Erike Souza, gerente de tecnologia da Google Cloud.

Com mais de 120 afiliadas e uma cobertura em quase 100% do território nacional, a Globo também adotou a CDN. “Precisamos de volume e qualidade, logo, uma CDN resiliente e boas métricas de qualidade dedicada aos nossos produtos. Enfrentamos o desafio do efeito rajada (quando um programa acaba na TV e os usuários vão, simultaneamente, para o streaming continuar assistindo ao conteúdo), por isso temos uma fórmula que agrega a inteligência e capilaridade para suprir”, concluiu Elisangela Bottino, product owner da Infra CDN da Globo.