SET Nordeste: 100 Anos do rádio no Brasil, o que mudou?

Painel debate as transformações, impactos e as novas tendências aplicadas ao modelo de negócio da rádio, que completou 100 anos no Brasil em setembro.

Ronald Almeida, Gerente Técnico – Engenharia, O Povo – Grupo de Comunicação e Representante SET Nordeste, analisou, junto aos seus convidados, a situação do rádio. Almeida teve como convidados Ticiane Pfeiffer Bronze – Superintendente da Aerp – Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná; Kleber Dias, Supervisor de Programação Rádios SVM; e Leonam Torres, Gerente Comercial – Regional Nordeste da Kantar Ibope Media, que participou de forma virtual.

 

O primeiro em falar foi Leonam Torres, que apresentou o estudo Inside Radio, um estudo para marcar os 100 anos do rádio, e disse que os brasileiros afirmam que o rádio é um companheiro do dia a dia. “Ele tem confiança e agilidade, já que 56% dos ouvintes de rádio confiam no meio para se manterem informados”, um número que cresceu 20% nos últimos 5 anos.

Outros dados interessantes da palestra mostram que a mobilidade é grande, com “um ganho de ouvintes no carro, nos trajetos e no trabalho, eum retorno a índices pré-pandemia”, explicou Torres. Referindo-se ao futuro do rádio, disse que os formatos de rádio estão convergindo com o “o crescimento do rádio online, alcançando 7,4 milhões de pessoas no país, com 2h45 minutos de consumo diário”. E, nesse ponto, disse que as pessoas vêm e ouvindo o rádio “pelo Youtube, sendo vídeo e áudio, ou apenas áudio”.

Ele disse que, sobre a credibilidade e conversão da publicidade do rádio, o Inside Radio afirma que “37% dos ouvintes de rádio lembram ter ouvido publicidades e que chegaram a comprar produtos relacionados”, o que “mostra o quão relevante é para uma marcaaparecer no rádio”.

Ticiane Pfeiffer mostrou um estudo realizado com parceiros que permitiu entregar dadosaos associados da entidade, já que tínhamos visto “a oportunidade de anunciar na programação da emissora via streaming. Para isso, utilizamos um espaço que não interfere na grade da emissora, porque há uma veiculação de mídias de forma automática que utiliza um espaço que não interfere na grade que segue no dial. Para isso cadastramos 320 emissoras do Paraná”.

Assim, explicou Ticiane, uma primeira fase de publicidade apenas com formato áudio, com um cadastramento de todas as plataformas, “hoje temos 150 emissoras cadastradas,  que gera volume”. Uma vez testado, se avaliou e apresentou ao Núcleo de Mídia da Secom do governo federal. “Hoje oferecemos ao cliente a negociação, veiculação e fiscalização acontecendo de forma automatizada via software em tempo real. Não tem ação humana”.

Ela finalizou dizendo que a Secom avaliou com rigor e “concordou com o controle de veiculação, o controle de exclusão e contabilização por serviços de rastreamento de anúncios de terceiros”.

O terceiro a falar foi Kleber Dias, Supervisor de Programação Rádios SVM, que começou a palestra com a frase “Rádio, tradição que se renova”. Ele disse que a rádio se transforma e para isso foi necessário “padronizar e modernizar o som da emissora com multifrequência. Atualizamos a programação e fizemos uma sinergia com a redação com conteúdo jornalístico na rádio. Fizemos, também, pesquisas de comportamento, com a inclusão de fashback”. Dias mostrou como fazer rádio com imagens como uma sinergia. “Somos a primeira rádio TV em televisão aberta no país, incluindo o Diário do Nordeste, a Verdinha e a TVDiário”.

Por Fernando Moura, em São Paulo