SET Centro-Oeste avalia tecnologias para produção de conteúdo

Leds vs. Video Wall em aplicações de estúdio e as implicações técnicas das câmeras diante das opções disponíveis no mercado.

Carlos Eduardo Teixeira, Executivo de contas de produtos profissionais da Canon, e Felipe Rodrigues, Especialista pré-vendas da Sony Professional Brasil, participaram do painel moderado por Luciano de Melo Silva, Gerente de Engenharia e Operações, TV Band Brasília e Rádio Band News FM.

Teixeira trouxe a Brasília as principais tendências de painéis da empresa nipônica, e disse “que a empresa está estudando como fazer com que as câmeras funcionem da melhor maneira com estes novos painéis LED utilizados”. Segundo ele, as câmeras PTZ são utilizadas em eventos e estúdios que “têm tecnologias que permitem corrigir o efeito moiré, que é o que pode acontecer ao usar painéis de LED”.

Ele disse que a câmera tem de trabalhar com uma taxa de atualização e shutter speed de 1/60S ou 1/120s, que trabalhe com funcionalidades incorporadas que “permitem corrigir o efeito. O efeito moiré tem de ser minimizado com um bom sensor, foto e distância, além de entender as frequências HZ, assim trabalhado com o filtro OLPF (Optical Low Pass Filter), que faz a correção deixando a imagem um pouco mais linear”.

O executivo da Canon trouxe casos práticos com painéis de LED e de como utilizar as câmeras com taxa de frames e zoom, com “pequenos ajustes que permitem a correção do moiré. Assim, quanto maior o sensor da câmera, melhor a resposta, porque tem um tamanho do pixel maior”. Outro exemplo foi com um painel de LED 4K e uma distância pequena, e um sensor Full Frame 1920×1080 a 30fps.

Entretanto, o executivo da Sony, Felipe Rodrigues, analisou a nova visão da empresa em termos de “Creativity Connected”, e foi além dos problemas da operação ao vivo com painéis de LED. Para ele, a “tela deve ser parte do cenário, para que o ator possa interagir com o cenário”.

Teixeira falou do Flicker e Flash band, que foram resolvidos rapidamente com iluminação, o que ajudou a reduzir a incompatibilidade de frequências. “Hoje, o que ocorre é utilizar sensores Global Shutter, que fazem uma fotografia inteira do pixel e evitam este problema, saindo das câmeras com Rolling shutter”. Para ele, o profissional deve fazer a calibração de cores, com prioridade para sistemas ICVFX com uma ferramenta como o “Color Calibrator do software virtual da Venice (plug-in), que ajuda a corrigir a alteração de cor que possa vir do painel. Por isso, precisamos ter um casamento entre a temperatura de cores do painel e da câmera”.

Ele também comentou o efeito Moiré, e deu o exemplo do Mandaloriam da Disney, gravado com câmeras Sony. Por isso, a empresa disponibilizou na Venice o Moiré Detection Display, que analisa o vídeo que está sendo exibido no telão e outro que está sendo captado pela câmera, gerando um novo arquivo que pode ser utilizado em pós-produção. Com isso,  “se visualiza os ranges do efeito e ajudará na pós na correção utilizando a imagem original do fundo”.

Finalmente, ele falou das vantagens e disse que com isto há redução de custos de cenários, custos de locações e viagens, além de redução de tempo de produção e maior interação dos atores com cena. “Renderização em tempo real, facilidade para visualização do preto, com facilidade para regravação de cenas”.

Por Fernando Moura e Tito Liberato