ABERT nega que celulares com rádio FM custarão mais caro

ABERT, com edição da diretoria de Rádio da SET

 

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) esclarece que a aprovação do projeto de lei (PL nº 8438/2017) que obriga as empresas fabricantes ou montadoras de celular a disponibilizar a recepção do rádio FM não irá encarecer o preço dos aparelhos vendidos no Brasil.

Os celulares já são fabricados com chip FM e alguns modelos são comercializados com o dispositivo desativado. Para funcionar, basta desbloquear o chip existente.

A ABERT ressalta ainda que a obrigatoriedade de recepção do rádio FM nos celulares não é, de forma alguma, “contra a liberdade de escolha do consumidor”. “Permitir que o consumidor compre celulares com o rádio FM, fonte gratuita de entretenimento, serviço e informação, é sim, oferecer a ele a liberdade de escolha em ouvir sua programação favorita e de forma gratuita”, defende a entidade.

A diretoria de rádio da SET defende a necessidade de o acesso gratuito ao rádio ser disponibilizado nos celulares pois, “além de não consumirem dados, poupam baterias”, explica o diretor de Rádio Eduardo Cappia.

Cappia enumera ainda a razão imprescindível do acesso ao rádio para necessidade de avisos de Emergência e Desastres Naturais, “onde a maioria dos serviços de telecomunicações das operadoras entram em colapso, como demonstrado no Caribe nas recentes catástrofes e nas tragédias brasileiras, como de Mariana (MG)”.

A aprovação do projeto pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados (CCTCI) veio após intenso trabalho da ABERT junto ao governo federal e aos parlamentares federais. Segundo o diretor de rádio da SET, “este é o horizonte que buscamos, pois o celuluar é o dispositivo que todos têm à mão e que utilizam para o consumo de áudio em primeiro lugar. Vez ou outra, para fazer ligações telefônicas”, defende.

O que acontece no Brasil

Estudos da ABERT mostram que dos 275 modelos de celulares disponíveis no mercado brasileiro, 179 têm o chip FM ativado. A mesma pesquisa mostra que 100% dos aparelhos mais simples, de até R$ 300, têm rádio FM integrado. Nos aparelhos mais caros (smartphones), acima de R$ 1.000, esse número cai para apenas 57%. Nos smartphones, os fabricantes seguem uma tendência de não ativar o chip existente no aparelho, forçando o consumidor a usar o plano de dados para ouvir sua emissora.

 

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