Por pressão de custos e novas tecnologias, players falam em revolução na distribuição de sinais para TV

O Congresso de Tecnologia e Negócios de Mídia e Entretenimento da SET EXPO teve início nesta segunda (7), em São Paulo. Em uma das primeiras palestras do evento, os especialistas subiram ao palco para responder se alguma coisa mudou na forma de distribuir sinais para a TV linear nos últimos anos. Em síntese, a resposta é um enfático sim. O paradigma de distribuição, apontaram os palestrantes, se manteve parecido por décadas, mas recentemente o leque de opções aumentou muito, bem como a complexidade e a sofisticação das tecnologias. “O modelo de negócios das TVs, com a fragmentação da audiência e da publicidade, evoluiu e a indústria teve de correr atrás do prejuízo”, disse Daniel Diniz, diretor de vendas da Net Insight.

“Na distribuição audiovisual, o leque de opções aumentou muito, bem como a complexidade e a sofisticação das tecnologias” – 7 de agosto

Tanto Diniz, como Guilherme Saraiva, diretor comercial da Embratel, apontaram a nuvem como a tecnologia da vez. “Como nossa base utiliza softwares na nuvem (email, relacionamento com clientes, plataformas de publicidade), fomos por esse caminho também. O nosso serviço se conecta aos mais variados serviços, de modo que o conteúdo não precisa ir necessariamente à base do cliente”, afirmou Saraiva.

Marcelo Amoedo, diretor de vendas da Intelsat Serviços de Broadcast, destacou o investimento bilionário que a companhia tem feito para criar um ecossistema global para conectar pessoas, empresas e governo. Aqui, mencionou não só nuvem e softwares, como também a conexão 5G. “É o desenvolvimento da internet banda larga, e a consequente evolução e multiplicação das plataformas de streamings, que forçou todo o setor a evoluir”.

Por fim, Camilla Cintra, gerente de projetos de Telecom da Globo, trouxe a perspectiva do cliente, do usuário. Segundo ela, a mudança no mercado de conteúdo trouxe forte pressão de custos sobre o que, até pouco tempo atrás, já estava estabelecido. “O modelo de distribuição depende da estratégia e dos requisitos de cada produto – como TV linear, seja ela aberta ou paga, ou o Globoplay. Por isso, buscamos soluções escaláveis, eficientes e, sobretudo, flexíveis”, concluiu.