Metaverso e realidade aumentada: quando o cinema encontra a educação

O metaverso, bem como as realidades virtuais e aumentada, abrem espaço para novos players no campo da educação.

O quarto e último dia do Congresso de Tecnologia e Negócios de Mídia e Entretenimento da SET Expo contou com um painel voltado a novas tecnologias tais como o metaverso e as realidades virtual e aumentada. O Web3 também entrou em pauta por seu potencial de impulsioná-las, já que objetiva uma internet diferente – mais personalizada e descentralizada.

Como destacou Wagner Kojo, conselheiro da SET, essas tecnologias estão em seu princípio e, por isso, têm uma enorme margem de aperfeiçoamento à medida que a base de usuários e de desenvolvedores aumenta. Mesmo assim, alguns recursos já chamam a atenção. 

Consultor de soluções da Adobe, Paulinho Franqueira, por exemplo, exibiu no palco uma animação 3D de um dinossauro, em realidade aumentada, designada a reagir sempre que o celular se aproximava. “Enxergar um dinossauro em movimento – a partir de um celular ou de um óculos VR – é muito mais intuitivo para uma criança do que um livro ilustrativo”, disse. “O futuro está na imersão e passa, primeiro, pela realidade aumentada”.

Igor Sales, gerente de inovação de conteúdo na +A Educação, citou mais um caso. “Construímos, na realidade virtual, um ambulatório que simula uma série de atendimentos clínicos. Isso é um ótimo exemplo de como a tecnologia pode auxiliar na educação, pois, na vida real, há enormes desafios para construir uma estrutura como essa”, afirmou. “Uma coisa, claro, não substitui a outra, mas é complementar e nos ajuda a ir além”.

Para o consultor Paulo Cesar do Nascimento, o metaverso, bem como as realidades virtuais e aumentada, abrem espaço para novos players no campo da educação – como símbolo, sugeriu um encontro entre Hollywood e Harvard. “O cinema se tornou muito mais acessível e, por ser uma arte de construção de histórias e narrativas, pode jogar a favor do ensino”.