Especialistas falam sobre principais fatores para o desenvolvimento de apps para OTT

Desenvolver uma aplicação ou comprar uma solução é a primeira dúvida que surge quando um player pensa em entrar no segmento OTT.

A distribuição de conteúdo pela internet conhecida como OTT (Over-the-top) é um tema do qual nenhum player do mercado de mídia pode escapar nos dias de hoje. Isso pode ser visto por meio da rápida expansão de serviços de streaming no Brasil e no mundo. Esta é uma realidade que leva grandes produtores de conteúdo a tomarem decisões sobre quais caminhos seguir no desenvolvimento de aplicações para a distribuição online de suas produções.

Essas e outras questões foram abordadas no painel que reuniu Daniel Monteiro, Head de Desenvolvimento de Produto & Tecnologia da Globoplay, Mauricio Finelli, Coordenador de Expansões e Parcerias da Globo,  Paula Tamaoki Guatura, Arquiteta de Sistemas da CI&T, Paloma Santucci, Diretora regional LatAm da Accedo.

Desenvolver uma aplicação internamente ou comprar uma solução de mercado é a primeira dúvida que surge quando um player pensa em entrar no segmento OTT. Para Finelli, a resposta a essa pergunta deve ser construída de forma muito consciente e criteriosa, porque isso tende a impactar todo o desenvolvimento e trajetória da empreitada. E ele lista alguns pontos fundamentais para tomar essa decisão.

Fazer uma análise entre problema a ser resolvido e solução necessária, levando em consideração o nível de customização necessária, as demandas do time de marketing e o perfil de uso do público. Outro ponto é avaliar o mercado e a competição, considerando aspectos regionais. Diferentes modelos de negócio – como assinatura, transacional ou com publicidade – e o tipo de tecnologia que será aplicada à solução também devem ser avaliados.

Com foco no desenvolvimento de soluções para o formato mobile, Guatura falou sobre os desafios que esse formato apresenta. Sobre modelos de desenvolvimento, segundo ela, existem três opções que podem ser consideradas: nativo, multiplataforma e híbrido. Escolher entre eles depende de fatores como: particularidades do produto, performance que o aplicativo deverá ter, manutenção necessária e a formação do time de desenvolvimento.

Já com foco em big screen, Santucci mostrou a relevância do formato na realidade atual de consumo de conteúdo. Ela afirmou que TVs conectadas já fazem parte do cotidiano de 41% das pessoas na América Latina. No Brasil, smart TVs estão em 61% das residências, sendo que esse público passa, em média, duas horas e sete minutos diários consumindo serviços de streaming.

No desenvolvimento de aplicativos para esses aparelhos, Santucci aponta três grandes desafios: a alta fragmentação de tipos de dispositivos, a burocracia no processo de certificação das fabricantes e a necessidade de UX coesa entre os diferentes dispositivos.