Com moderação de Carlos Cesar Abrahão, diretor da Plataforma de Produção de Conteúdo da Globo, o painel Da Produção até a Exibição e Distribuição em Nuvem – Mais que uma mudança tecnológica, uma oportunidade para o negócio, nesta terça-feira (23), foi um momento de reflexão sobre o impacto da produção e distribuição em nuvem nos modelos de negócios de mídia e entretenimento.

Durante o encontro, Paulo Rabello, diretor eExecutivo do Hub de Operações e Distribuição de Conteúdo, também da Globo, apresentou qual tem sido a experiência prática da maior companhia de telecomunicações do país na transmissão de conteúdo pela nuvem. Já foram exibidos cerca de 50 eventos esportivos nesse formato.

Entre as vantagens da migração, o executivo citou novos players, inovação, elasticidade, agilidade e eficiência. Mais tarde, quando questionado pelo moderador sobre o que traz mais ansiedade sobre esse processo, Rabello contou que alguns stakeholders da empresa ainda não confiam na mudança do formato, desse modo, barram o avanço da indústria.

A TV deve se reinventar para também ser interativa, multiplataforma e personalizada.

O arquiteto chefe de Software da Grass Valley, Dr. James Westland Cain, e o vice-presidente de Vendas e Serviços de Vídeo da Harmonic na América Latina Diego Scillamá, concordam quando afirmam que todo o sistema tecnológico de mídia e entretenimento está colapsando e não há um caminho de volta. Segundo eles, mídias físicas tal como eram conhecidas nos anos 2000 – fitas, disquetes – não existem mais. O destino é migrar, cada vez mais, para a nuvem.

Por fim, o representante do Google Cloud – que tem a Globo como cliente -, Anshul Kapoor, projetou alguns dos possíveis caminhos para a televisão do futuro. Para ele, a transmissão ao vivo nunca deixará de existir, pois é responsável por momentos memoráveis para muitos telespectadores. Mas a TV deve se reinventar para também ser interativa, multiplataforma e personalizada.