SET NORTE: Inovação na distribuição de conteúdo

Moderado por Henrique Camargo, Diretor Técnico daTV Encontro das Âguas, o painel Inovação na Distribuição de Conteúdo, contou com a participação deMarcelo Amoedo, Diretor de Vendas Senior – Intelsat Serviços de Broadcast Brasil; Liziane Sousa, Executiva de Vendas da Embratel; e Eduardo Padilha, Gerente Comercial da Speedcast.

Amoedo se referiu à “Tendências da indústria de mídia” e disse que houve uma melhoria das redes de banda larga e celular, avanço das plataformas de streaming, mudança de hábito de consumo de mídia, declínio dos serviços de PayTV, e a aparição de serviços de streaming complementares. Além de aumento dos custos; fragmentação do mercado; alta concorrência e menores margens e aumento nos preços das assinaturas. Segundo ele, os operadores estão lançando plataformas de streaming para complementar suas ofertas do mercado de PayTV, “tentando dessa forma mitigar a concorrência”, renegociando contratos, virtualizando com “diferencias de conteúdos a vivo”.

Isso dentro de um mercado de mídia dinâmico no Brasil. A internet de alta velocidade vai continuar a estimular o crescimento de SVoD e streaming linear; operadores de TV por assinatura e uma penetração da TV passará de 68.4M residências para 72.3M em 2025.

Por isto, disse o executivo, “a Intelsat está inovando e investindo para atender a essas tendências”, criando uma Visão de Rede Unificada Intelsat para Mídia, na qual o foco está em “Rede 5G de Múltiplas Camadas e Múltiplas Órbitas Definida por Software”, para assim “poder conectar qualquer dispositivo desde qualquer lugar de forma transparente”.

O executivo disse que a Intelsat continua investindo para expandir a rede no Brasil, “com 208 antenas para headends de TV a cabo. Implantação de antenas concluída em 2022; um novo PoP de Mídia no Rio de Janeiro; com Centro de Operações de Rede Global no Rio de Janeiro que melhora o relacionamento e serviço com o cliente”.

A seguir, Liziane Sousa, da Embratel, analisou as condições da empresa pensando na transformação  da tecnologia como meio, e não como fim.  A executiva disse que essa transformação já começou, com o SD-WAN, um termo utilizado para soluções de software embarcadas em CPEs genéricos baseados em arquitetura x86 que utilizam como WAN dois ou mais acessos IP (banda larga ou dedicado) e conseguem, de forma eficiente, direcionar as aplicações do cliente pela WAN mais adequada, fornecendo qualidade e desempenho semelhantes ao MPLS. O SD-WAN é uma solução de redes corporativas híbridas com base em internet que oferece qualidade e desempenho.

 

Liziane disse que as vantagens do SD-WAN são, por exemplo, poder ser utilizado pelo serviço OTT, de forma agnóstica a com “acessos IP, podendo ser ativado em banda larga e 4G, tornando a solução muito competitiva no aspecto financeiro. Nativamente cloud-based, o que o torna mais adequado para aplicações disponíveis na Nuvem (Públicas e Privadas)”. Ela assegurou que o SD-WAN está baseado em 3 componentes chave, um orquestrador, um cloud gateway e um Edge (CPE).

Com esta solução, afirmou a executiva, o cliente pode monitorar e fazer Troubleshooting rapidamente, além de otimizar o desempenho das aplicações com encaminhamento e redirecionamento de tráfego de aplicações sub-segundo de forma a protegê-las de interrupções ou degradações dos links.

Ela mostrou alguns cases, dentre eles, uma entrega em São Paulo, que só com redundância na transmissão e recepção individualizada em cada headend.

Finalmente, a conversa se voltou para a banda Ku, e foi apresentada por Eduardo Padilha, Gerente Comercial da Speedcast, empresa que “distribui conteúdo das principais redes de TV Aberta. Tudo transmitido em alta definição (HD), democratizando o acesso à TV digital para todo o Brasil. Além de servir para que as afiliadas retransmitam seus canais com muito mais qualidade”. Ele disse que, em São Paulo, a empresa transmite mais de 30 canais.

Ele explicou como chegam os links. Deu o exemplo da Record, que tem quatro links e que nunca caíram “é muito seguro o sistema” porque “podemos receber ou transmitir em todo o Brasil”. Em termos de banda Ku, Padilha disse que os sinais chegam ao gateway da Ateme quando o sinal (H264/265) se dirige ao Rio de Janeiro, onde se regionaliza o sinal, e assim se sobe, com recepção no usuário final, ou em retransmissores com um produto próprio”.

Padilha disse que até o momento foram subidos em Banda Ku quase 100 canais de TV, incluídos os canais regionalizados, com “mais de 5 milhões de receptores ativados na banda KU, com destaque para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, com mais de 15 mil receptores ativados diariamente no Brasil, o que representou mais de 440 mil receptores ativados no mês de outubro”.

O SET Norte se realiza no Quality Hotel Manaus, na capital amazonense e tem como objetivo As últimas novidades do mercado de produção e distribuição de conteúdo em seminários conduzidos por profissionais renomados do setor. Os debates abordarão tendências tecnológicas e modelos de negócio das áreas de broadcast, mídia e entretenimento.

O evento tem patrocínio Ouro da Canon, Embratel, Sony e SpeedCast; Patrocínio prata da Convergint Seal; e Bronze da SES. Ainda conta com apoio da TV Coins e SM Facilities.

 

Por Fernando Moura e Tito Liberato