SET NORTE: DTVPlay analisado em Manaus

O Painel “Desenvolvimento de App para o DTVPlay”, moderado por José Raymundo Costa Ferreira Junior, Especialista Product Owner na Globo, e que teve a participação de Leandro Silva do Amaral, Desenvolvedor Web Sr da iTRIAD; Rodrigo Ribeiro de Oliveira, Coordenador Técnico na área de Visual Display (VD) SIDIA, Instituto de Tecnologia; e Luene Freire de Jesus, Especialista técnico I, SIDIA Instituto de Tecnologia, trouxe um interessante panorama sobre o futuro da TV que está baseado em aplicações.

O moderador começou o painel falando da TV 3.0 e como as aplicações serão importantes, pensando nas Apps que estão sendo desenvolvidas agora para a TV 2.5. O painel “pretende ser didático para que os participantes entendam o que é desenvolver aplicações a partir da middleware Ginga e as suas evoluções”.

Rodrigo Ribeiro de Oliveira descreveu os perfis do DTVPlay “que define o tipo de aplicação que deve ser transmitido apenas pelo ar com perfil A. Se for no Perfil D, permite que as emissoras possam enviar aplicação híbridas com suporte para broadcast e broadband ao mesmo tempo”.

O coordenador disse que “o DTVplay consegue trocar informações com outros devices com a segunda Tela usando o canal de interatividade da TV Digital”. Mas ele apelou “a que as emissoras utilizem o canal de interatividade que ainda não é muito utilizado pelas emissoras”.

Nesse ponto, José Raymundo Costa Ferreira Junior, disse que concorda, mas que a Globo tem trabalhado bastante nesse aspecto para melhorar e desenvolver melhores aplicações. Entretanto, Luene Freire de Jesus, disse que o “principal  ganho do DTVPlay é a possibilidade de trabalhar com HTML5, e as WebService, o que permite que as emissoras utilizem as funcionalidades incorporadas”. Ela disse que as aplicações devem ser pensadas para que possam “ser utilizadas com o controle remoto”.

Pela sua parte, Leandro Silva do Amaral disse que “utiliza HTML5, Java e CSS, este último para ter a camada física”, e que trabalhar com HTML5 “nos permite ter mais quantidade de desenvolvedores para poder trabalhar”. O desenvolvedor ainda afirmou que há diferenças quando se pensa em TV conectada e quando se fala de celular.

Entre as dificuldades das emissoras, disse Rodrigo Ribeiro de Oliveira, “está a falta de possibilidade de testar os Apps”, o que deveria “mudar para permitir melhorar o desenvolvimento”.

Outro tema importante foi como enviar a aplicação, que é feito ciclicamente, através do playout da emissora. “Geralmente as aplicações das emissoras terão vídeo, subdiretórios, eles podem ser compostos por vários tipos de arquivos em carrossel”, explicou Amaral. Ainda foi falado como realizar o “code Splitting”, que permite “que parte dessa aplicação seja enviada por webserver”. E foram demonstradas formas de interação com o telespectador, que segundo o executivo da Globo “vai tirar a passividade do telespectador”.

O SET Norte se realiza no Quality Hotel Manaus, na capital amazonense e tem como objetivo As últimas novidades do mercado de produção e distribuição de conteúdo em seminários conduzidos por profissionais renomados do setor. Os debates abordarão tendências tecnológicas e modelos de negócios das áreas de broadcast, mídia e entretenimento.

O evento tem patrocínio Ouro da Canon, Embratel, Sony e SpeedCast; Patrocínio prata da Convergint Seal; e Bronze da SES. Ainda conta com apoio da TV Coins e SM Facilities.

Por Fernando Moura e Tito Liberato