SET Centro-Oeste apresenta novos formatos de produção remota

Cloud, microserviços, mochilinks e produção remota analisados em Brasília.

Moderado por Tomaso D’AngeloWantuil Papi, Supervisor de Engenharia e Tecnologia da RecordTV Brasília, o painel teve como palestrantes Felipe Domingues, Gerente de Pré-Vendas da CIS Group; Fabricio Ramos Soares, Supervisor Técnico da Record Brasília; Felipe Rodrigues, Especialista pré-vendas da Sony Professional Brasil, e Murilo do Prado Soares, Coordenador de Plataforma de Produção da Globo.

Papi iniciou o painel dizendo que as “emissoras passam pelo desafio de produzir mais com menos”, e para isso convidou os palestrantes a explicar formas de produção remota.

Felipe Rodrigues, Especialista pré-vendas da Sony Professional Brasil, disse que a empresa trabalha em três pilares. A aquisição com ferramentas que utilizam, entre outras coisas, inteligência artificial embarcada no sensor sem nenhum artifício externo, que permite, por exemplo, o seguimento de objetos. Em termos de conexão com produção on-premisse,o streaming direto para a nuvem ou alguma plataforma de distribuição, fazendo ingest em redes sociais diretamente da câmera, e a distribuição com transporte de vídeo e switcher na nuvem. Rodrigues explicou como é possível fazer operação híbrida e quais as suas vantagens.

Fabricio Ramos Soares, Supervisor Técnico da Record Brasília, explicou como o Record TV Nas Cidades é transmitido uma vez por mês com produção remota, e quais as diferenças com a forma de entrega de sinal anteriormente. Ele disse que no passado eram utilizadas duas UMs, uma para vídeo e outro para áudio, com cerca de 25 pessoas para a produção, que “precisava canalização de satélite, passavam-se 15 cabos triax com CCUs, 12 cabos de áudio e um de vídeo. Hoje, com a transmissão remota passamos de 24 para 12 horas, um link de internet, 4 cabos de vídeos, 2 cabos de áudio, 7 cabos de rede, com uma equipe de 14 pessoas com redução do time técnico, além de 9 mochilas”.

Para evitar problemas de rede, “compramos Access points e temos rede wi-fi própria”. Para Soares, as vantagens passam por tirar a mesa de switcher e de áudio do local. Toda a produção e realização é feita na emissora. Ele disse que o modelo “permitiu otimizar recursos, já que utilizamos todos os recursos que já tínhamos na emissora, baixando o custo de produção do evento, além de conferir agilidade na montagem e entrega de sinais à emissora, e permitir a comunicação bidirecional (DTV na emissora falando com cada cinegrafista no evento)”.

Felipe Domingues falou de produção remota em nuvem que traz uma arquitetura cloud-based baseada em microserviços com operação remota e descentralizada com baixa latência, fontes sincronizadas e entrega a múltiplas plataformas, que podem ser desenvolvidos com solução na cloud ou turnkey. O executivo da CIS Group trouxe várias formas e produtos para este tipo de solução, como a solução Bravo da Evertz e o TVUProducer que é oferecida turnkey.

Por outro lado, ele avançou para produção na nuvem, com cloud storage com soluções como a Lucidlink, “uma solução colaborativa”, ou a solução Mimir, um cloud MAN com reconhecimento facial, por exemplo, que permite que o cliente escolha as ferramentas de diferentes cloud provideres com fluxos cloud ou híbridos. Ainda, explicou como funciona o Avid Editon Demand (EOD), com baixa latência; e o EditShareEFSv para colaboração remota.

Finalmente, Murilo do Prado Soares da Globo Brasília explicou como a emissora simplificou a produção, e isso foi feito “reaproveitando recursos existentes para realizar produção remota”,  e mais tarde, buscar melhores tecnologias. Na pandemia, explicou Soares, aproveitamos o sinal do estúdio de Brasília “repensando a forma de produção conteúdo. Começamos com duas câmeras e um telão, sem tally, depois melhoramos”.

Ele disse que 19% do conteúdo dos jornais de rede da Globo são produzidos em Brasília, e que 34% é difundido da GloboNews. Para isso, na pandemia, disse, foi repensada a “cultura e comunicação da empresa. Além de convencer que a tecnologia funciona, é necessário fazer capacitação tanto da equipe de tecnologia como de produção de conteúdo”. Em 2022, na posse do presidente Lula, fizemos a produção remota desde o Rio de Janeiro com operação em Brasília. “Este ano, conseguimos expansão do modelo para toda a demanda de vinda com realidade virtual, realidade aumentada, tudo controlado remotamente desde o Rio”.

Por Fernando Moura e Tito Liberato