Programa Norte Conectado com cabo óptico de 770 km

Cabo vai conectar inicialmente Macapá-AP a Santarém-PA na Infovia OO

Programa vai beneficiar quase 10 milhões de pessoas no Norte do país/ Foto: Divulgação

Grupo Prysmian concluiu, dentro do prazo estipulado em fevereiro, a entrega do cabo óptico submarino de 770 km que será utilizado para construir a Infovia 00 do Programa Norte Conectado. Fabricado na Alemanha, o cabo foi transportado de navio até o Amapá. “No Porto de Santana, uma equipe da empresa responsável pela instalação do cabo trabalhou ininterruptamente por sete dias para fazer manualmente o transbordo do cabo do navio para a balsa de lançamento”, afirma a empresa em comunicado.

“O cabo de 48 fibras ópticas G652D foi especialmente projetado pelo Grupo para não impactar o ambiente subfluvial, atingindo uma vida útil de 25 anos nestas condições. O projeto prevê transmitir neste cabo múltiplos canais de 100 Gigabits por segundo (Gb/s)”, explica o comunicado, e afirma que “com o cabo já acoplado à balsa, o Programa Norte Conectado tem a expectativa de receber, dentro de um mês, a licença ambiental do IBAMA para iniciar o lançamento do cabo no leito do Rio Amazonas e seus afluentes”.

Nesta etapa inicial conhecida como Infovia OO, o cabo vai conectar Macapá à cidade de Santarém no Pará. De lá, a rede segue em direção a Manaus e depois até Tabatinga, ambas no Amazonas – somando quase 10 mil km de infovias. A expectativa é iniciar a operação da Infovia 00, que será administrada por um consórcio de operadoras e provedores, até fevereiro de 2022.

O Programa Norte Conectado é uma iniciativa do Ministério das Comunicações com o apoio das pastas do Turismo e da Ciência, Tecnologia e Inovações, cuja implementação e operação do projeto piloto está sob responsabilidade da organização social Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

 Passando por cerca de 60 municípios, o Programa vai beneficiar quase 10 milhões de pessoas no Norte do país, ampliando e melhorando o acesso à Internet de Banda Larga de serviços públicos de gestão pública, educação, segurança e saúde. O projeto é visto não só como uma iniciativa de inclusão digital, mas também como um modelo de integração nacional e desenvolvimento social.