Entrevista com Daniela Souza, curadora da trilha Tecnologia e Negócios do SET eXPerience Academy

O SET eXPerience surgiu para manter os objetivos principais da SET de suprir as necessidades de negócios e de networking da indústria. Para isso, foram cridas 12 trilhas de conteúdo para garantir que as aspirações pudessem ser traduzidas em uma experiência rica em oportunidades.

Uma dessas trilhas é a de Tecnologia e Negócios, sob responsabilidade das curadoras Daniela Souza, VP da AD Digital e Conselheira da SET, e Patrícia Freire, especialista Regulatório da Globo.

“O negócio antecede a tecnologia, mas ao mesmo tempo, ela tem um caráter de apoio à transformação”, afirmou Souza nesta entrevista:

SET: Qual o objetivo da trilha Tecnologia e Negócios e sua relevância neste momento de transformações?

Daniela Souza: Nosso foco com esta trilha, foi reforçar que o negócio antecede a tecnologia, mas ao mesmo tempo, ela tem um caráter de apoio à transformação. A transformação digital vem revolucionando todas as indústrias e cadeias de negócios globais, não apenas sob a ótica da mudança de comportamento, sociedade e consumo, mas também pela combinação das mesmas sem precedentes na história da humanidade. Vamos entender a visão de diversos players que estão passando por essa transformação e como a tecnologia apoia estas mudanças.

SET: Qual o impacto da pandemia no desenvolvimento de tecnologias e dos negócios?

DS: A Pandemia veio acelerar o que já estava em curso, ou pelo menos, a intenção dos executivos que lideram as organizações. O atual momento de transformação, prioritariamente, exige que se comece na mudança de cultura, ou seja, com o desenvolvimento de novas capacidades, que apoiarão a criação de novos processos de negócios, consequentemente na criação de novas ofertas para que se obtenha resultados digitais, considerando cada empresa,  com sua visão sobre sua própria ambição digital. Neste caso, a pandemia ajudou a uma percepção que devemos atuar com foco em resultados, saindo do modelo comando controle, micro gestão, ou seja, empoderamento do time, a prática da gestão mais ágil e moderna de liderança.

SET: Como você avalia o cenário em relação à produção de conteúdo e hábitos de consumo?

DS: Aqui há várias dimensões que podem ser discutidas, mas focarei na atratividade que o conteúdo desperta para seus diversos públicos, sejam nichados ou de massa. Houve uma explosão no aumento de consumo de conteúdo, tanto de entretenimento como de notícias. Isto trouxe muitas reflexões para toda a cadeia de valor que sustenta nossa indústria, tanto para marcas, agências, veículos e big techs. Discutimos muito na trilha sobre a chegada do modelo de Live Commerce, ou seja, a união de conteúdo com e-commerce ao vivo, as tecnologias como T-Commerce, que levam ao público de massa modelos de interatividade via TV Aberta, discutimos modelos de conteúdos para fãs, ou seja, um público com alto poder de engajamento, que tem pré disposição a ampliação de consumo em tudo aquilo que orbita seu universo, conteúdos regionais e sua importância. Também tratamos dos sucessos dos grandes influenciadores digitais, canais do Youtube, integração entre on e off, entre tantos outros temas.

SET: Como curadora da trilha como foi o processo de desenvolvimento dela e por que as pessoas devem assistir aos vídeos dela?

DS: Foi um processo bastante prazeroso para construção da trilha, bem como uma parceria de muito sucesso com Patricia. Fizemos diversas pesquisas, alinhamentos com vários profissionais e especialistas do setor e tentamos buscar uma visão bastante ampliada no que tange ao grande ecossistema da cadeia: Audiência, marca e conteúdo, pois isto vai muito além do tradicional e ao mesmo tempo, foi um presente que tenha acontecido justamente quando a TV Aberta completa 70 anos. Tivemos depoimentos muito emocionantes, sobre memória afetiva da TV na vida de cada um de nós. Penso que todos devem assisti-la justamente pela diversidade, múltiplos pontos de vista e principalmente para apoio ao processo de transformação.