A tendência do broadcast é o IP
As aplicações em infraestrutura IP no ambiente Broadcast já são uma realidade, cada dia que passa mais infraestruturas são projetadas e executadas no Brasil e no mundo.
Os participantes do painel foram Rafael Alexandre Mafra, gerente de Engenharia do Grupo RIC, como moderador; Pablo Perez Hetze, gerente de Vendas da Newtek; Boris Kauffmann, gerente regional de Vendas da Imagine Communications; Guilherme Castelo Branco, diretor da Phase Engenharia; e Erick Soares, Expert em Tecnologia da Sony Brasil, foram os palestrantes.
Mafra destaca a Globo Recife como sendo pioneira no estudo do tráfego de vídeo via IP e na existência de novos dispositivos no mercado para aplicar a migração do SDi par ao IP.
Hetze foi o primeiro a se apresentar. Para ele o futuro da produção audiovisual passa pelos computadores, softwares e redes. Tendo isso em mente, ele apresentou o Network Device Interface (NDI).
“Gradativamente o SDI será deixado de lado e substituído pelo IP. Porém, para que isso aconteça, é necessário um modelo de transição. Aí entra o NDI, um protocolo de tráfego de vídeo bidirecional, ou seja, qualquer fonte pode ser destino e qualquer destino pode ser fonte”, disse.
Hetze também destaca que qualquer formato de vídeo pode ser lido pelo NDI. “Todo o conteúdo, não importa o formato, é lido pelo NDI”.
Kauffmann destaca que os concorrentes, momentaneamente abandonam suas batalhas e sentam em conjunto para chegar em um protocolo que atenda aos clientes de uma forma conveniente.
“O IP pode não ser uma realidade agora, mas devemos estar preparados. Então, por que ele? Basicamente apor três questões. A escalabilidade, pois cada vez mais as estruturas estão maiores, logo, não pode haver limitação física ou de sinal. A arquitetura, pois IP possibilita a distribuição de roteamento dentro da planta sem correr com cabeamentos muito extensos. E a questão da disponibilidade e redundância, pois o IP, por uma questão de design, é bidirecional”, afirmou.
Soares, executivo da Sony, abordou o padrão IP ST 2110, utilizado para a produção jornalística ao vivo. “A padronização de protocolos IP é uma necessidade para atender ás demandas de produção. O ST 2110 possui um fluxo de múltiplos sinais (vídeo, áudio e dados), que facilita o roteamento, de separar áudio e vídeo e não depender de processamento e multiplexação de sinal”, disse.
Castelo Branco, da Phase engenharia, encerrou as apresentações. Ele destacou a importância da manutenção da infraestrutura IP. “Como a parte operacional das transmissões fica em um único ambiente, o trouble shooting é o frande problema do IP hoje. É preciso ter ferramentas precisas e muito bem desenvolvidas para fazer a manutenção, prevenir falhas e diagnosticar eventuais problemas. Por isso, é necessário ter uma interface que centralize esse processo”, afirmou.