Eutelsat lança solução “C Planejada”

Empresa francesa, com sede no Brasil, anunciou uma nova plataforma que pretende “resolver interferência do 5G na banda C”

Segundo a Eutelsat, a “C Planejada” permitirá que aos radiodifusores brasileiros se adaptem ou substituam “seus equipamentos, possibilitando a transmissão de sinais na chamada banda C planejada – 4,5 a 4,8 GHz. A solução foi criada para resolver os problemas de interferência previstos para acontecer na recepção profissional do sinal da banda C tradicional – entre 3,7 GHz e 4,2 GHz-  em decorrência do uso da faixa de 3,5 GHz para o 5G”, explicou Rodrigo Campos, presidente da Eutelsat no Brasil.

Campos afirma que com a decisão da Anatel de lançar o leilão das frequências da tecnologia 5G no fim deste ano, tendo como destaque a inclusão da faixa de 3,5 GHz, a decisão “traz uma questão importante para radiodifusores do país: a alta probabilidade de interferência nos sinais de radiodifusão na banda C tradicional, que hoje abriga 27 redes de TV com quase 600 emissoras em todo o Brasil”. Isso, porque segundo o executivo, enquanto a transmissão do sinal direto para a casa dos telespectadores (TVRO), deve ser resolvida com o uso de filtros para mitigação de interferências, ou uma possível migração para a banda Ku, o mercado ainda precisa resolver como levar os sinais das cabeças de rede para as emissoras afiliadas, com qualidade, robustez e sem interferência”.

O C Planejada, explica o executivo, adapta os equipamentos das emissoras para que elas possam migrar para o satélite Eutelsat 65 West A, que foi lançado em março de 2016 e ocupando a posição 65º Oeste, “considerada uma das melhores para transmissão e recepção de sinais de TV pelas emissoras, o satélite opera na faixa de 4,5 a 4,8 GHz, muito longe da futura zona de interferência do 5G.  A migração para o C Planejada pode ser realizada com uma simples substituição de alguns equipamentos e o reapontamento das antenas para a posição orbital brasileira de 65°W”.

“Migrar para o Eutelsat 65W significa para emissoras como Globo, Bandeirantes, SBT, Record e suas afiliadas, a certeza de não ter preocupação futura com interferências do 5G nos seus sinais”, pontualiza Rodrigo Campos.