SET participa da ITE 2017

Engenheiros do ITE assistem a apresentações de engenheiros brasileiros

SET participou da conferência  anual promovida pelo Instituto  de Informação de Imagem  e Engenharia de Televisão  (ITE) no Japão com um painel que  contou com a participação desde São  Paulo dos engenheiros Sérgio Eduardo  Di Santoro Bruzetti, José Antonio  S. Garcia e Leonel da Luz. Eles ministraram  palestras remotamente  da sede da SET em São Paulo (Garcia  e Bruzzeti) e de Miami (da Luz).  O moderador no Japão foi Masayuki  Sugawara, presidente do Digital Broadcasting  Experts Group (DiBEG).
Bruzetti foi o primeiro palestrante  e falou sobre o switch-off no Brasil:  uma visão geral atual para um auditório  cheio. “A minha apresentação  foi a respeito do estágio atual  do desligamento da TV analógica  no Brasil, mostrando a sequência  de cidades que já tiveram o sistema  analógico desligado, e as outras que  passarão por isso”, reportou.

Sérgio Bruzzeti e José Antonio Garcia na SET durante a transmissão para o Japão

“A ênfase foi mostrar um panorama  sobre o desafio que este processo representa para o Brasil, considerando  o território nacional, bem como o  tamanho, localização e a quantidade  de cidades e população envolvidas  nesta operação. No meu caso, recebi  duas perguntas ao final da minha  participação. Uma delas era a respeito  de como as pessoas de baixa  renda eram capacitadas a receber o  sinal digital e a outra foi a respeito  de qual seria o maior desafio desta  operação, na minha visão”, explicou.
“No primeiro caso, informei que as  pessoas cadastradas nos programas  sociais recebiam o conversor digital  e no segundo, que o maior desafio  seria a cobertura de pequenas cidades  com o sistema digital”, finalizou.
O segundo orador foi José Antonio  S. Garcia, que apresentou os objetivos  e as atividades do Grupo de Estudos  de IP da SET. “Falamos sobre  as palestras de especialistas realizadas  para o Grupo, os documentos,  papers e normas reunidos”, explicou  Garcia.
“Resumimos as alianças e as tecnologias  que estão disponíveis e  em desenvolvimento, tanto para o  transporte da mídia, quanto para a  interoperabilidade entre fabricantes”,  continuou.
“Ao final, tivemos duas perguntas,  ambas relacionadas ao formato de  compressão. A primeira foi sobre os  formatos de compressão que estão  sendo sugeridos e a segunda foi  quando estarão padronizadas e disponíveis”,  concluiu.
Por fim, Leonel da luz, presidente  da empresa Media and contentdynamics,  falou sobre Produção ao  Vivo sobre IP em uma apresentação  que foi dividida em duas partes. “A  primeira parte foi sobre topologias  de redes IP aplicáveis para vídeo e  áudio. Inicialmente apresentei as infraestruturas  usadas para tráfego de  sinais SDI dentro da metodologia das  ciências das redes e depois fui evoluindo  até apresentar várias possibilidades  abertas pelo uso de tecnologia  IP, bem mais flexível, escalável  e robusta que a anterior”, explicou.
“Na segunda parte, apresentei as  possibilidades e casos onde o padrão  NDI 3.0 (Network Device Interface),  desenvolvido pela NewTek e utilizado  por mais de 70 empresas fornecedoras  de tecnologia, pode ser uma alternativa  aos atuais padrões definidos  ou propostos pela SMPTE”, disse.
“Atualmente os padrões da SMPTE  estão voltados a estruturas fixas e  que demandam uma alta taxa de comunicação  de dados. O NDI 3.0, por  outro lado, como opera com reduzidas  taxas de comunicação, oferece  benefícios pelo uso de infraestruturas  mais econômicas e versáteis, permitindo  inclusive a mobilidade e colaboração  de múltiplos dispositivos  esperada numa produção ao vivo”.
“A segunda pergunta foi sobre a  padronização dos sistemas que utilizam  compressão em transporte IP  pelo SMPTE. Informei que o SMPTE  está em fase de abertura das discussões  e recebimento de propostas  para serem avaliadas e padronizadas  como SMPTE ST 2110-22. É um processo  que demandará tempo e esforços,  mas que deverá receber contribuições  das empresas que apoiam  algoritmos baseados em DCT (Discreet  Cosine Transform) e Wavelets de  baixa latência”, finalizou Da Luz.
“Os membros do ITE gostaram muito  da sessão”, reportou Nami Matsui,  RP da SET em Tóquio e que esteve  no evento. A SET e o ITE têm um  acordo de cooperação que foi firmado  este ano para troca de conhecimentos  e artigos científicos