Globo muda o mercado de TV e streaming no Brasil

Empresa anuncia “Globoplay + canais ao vivo”, novo pacote de streaming que traz a experiência de consumo linear dos canais Globo, além de todo portfólio Globoplay juntando na sua plataforma TV Aberta, TV paga e conteúdos exclusivos de streaming

Grupo Globo anunciou nesta semana que a partir desta terça-feira (1/9/20), em regime de pré-lançamento, a plataforma, de forma pioneira, passou a oferecer o pacote Globoplay + canais ao vivo para seus atuais assinantes, “proporcionando a experiência de consumo linear dos canais Globo da TV por assinatura, além da TV Globo, dos conteúdos on demand e todo portfólio Globoplay em um ambiente único, seguindo o conceito “all in one”. Em 1º de outubro a nova oferta passa a estar disponível para todo o público.

Este anuncio disruptivo muda o conceito e assim a Globo começa a ofertas os seus canais de TV Paga de forma direta, o que justifica a seguinte frase do comunicado: “O mês de setembro será histórico não só para o Globoplay, mas para o mercado de streaming no Brasil”, porque de fato, este anuncio muda o negocio e começa a virar o ecossistema da TV por Assinatura e os serviços de streaming no país.

Com o anuncio, a Globo reune na plataforma, além da TV Globo (TV Aberta), os canais ao vivo Globo – Multishow, Globonews, Sportv 1, Sportv 2, Sportv 3, GNT, Viva, Gloob, Gloobinho, Off, Bis, Mais Globosat, Megapix, Universal TV, Studio Univeral, SYFY, Canal Brasil e Futura -, séries e filmes que são sucesso no Brasil e no mundo, conteúdos de humor, jornalismo, esportes, variedades, documentários e realities, o Globoplay passa a ter um espectro de ofertas sem precedentes no mercado nacional.

“O Globoplay + canais ao vivo promove um encontro entre dois mundos: o do streaming e o dos canais lineares. São universos de muito valor para o consumidor que a evolução tecnológica hoje reúne em uma só oferta. Os canais Globo têm tradição na produção de conteúdos como jornalismo, esporte, variedades e eventos musicais ao vivo. Agora, tudo isso se soma a séries, filmes, novelas e documentários. Não existe no mercado brasileiro um produto tão completo”, avalia Paulo Marinho, diretor dos Canais Globo.

Marinho afirma que “esta iniciativa marca também um importante movimento na transformação digital da Globo. A empresa passa a se relacionar de forma ainda mais profunda com o consumidor, com uma oferta de produtos adequada aos diferentes perfis de audiência, colocando o direito de escolha do público em primeiro plano, dando a ele a autonomia para montar, de acordo com suas preferências, o arranjo de conteúdos que mais lhe interessa, de maneira simples e orgânica”.

“Nestes cinco anos de jornada do Globoplay, aprendemos muito com nossos consumidores. Aqui na Globo usamos dados a favor dos nossos assinantes, para ofertar novos produtos afinados com os interesses e gostos deles, para gerar insights sobre criação e produção de conteúdo, para melhorar a experiência em nossos ambientes digitais. O lançamento do Globoplay + canais ao vivo é resultado de um grande amadurecimento tecnológico da Globo e um passo firme no caminho da empresa para se tornar uma mediatech” diz Erick Brêtas, diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo.

Tudo isso vem alinhado a uma profunda transformação digital de todo ecossistema Globo, que busca gerar mais fluidez no relacionamento entre seus produtos e serviços e o público. Além de investimentos robustos nas suas plataformas, a Globo tem como um dos pilares dessa movimentação o desenvolvimento de novas tecnologias, parte indissociável desta evolução.

Sendo assim, além do conteúdo, o Globoplay – como peça-chave desse ecossistema – tem a tecnologia como parte fundamental do negócio. Para a chegada dos canais ao vivo, a plataforma intensificou as melhorias em relação à arquitetura de informação, para tornar a navegabilidade mais intuitiva, e também à sua capacidade de distribuição, através da ampliação de sua CDN (Content Network Delivery ou Rede de Distribuição de Conteúdo), infraestrutura necessária para fazer aproximar a entrega do conteúdo de streaming dos pontos de consumo pela internet.

“Estamos trabalhando com parceiros para ampliar nossa infraestrutura de CDN e chegamos a agosto deste ano com 1 Exabyte de distribuição, que equivale a mais de 1 bilhão de horas de consumo de vídeo, quase 4 vezes mais do que o número de horas consumidas no mesmo período em 2019. Na prática isso significa que mais do que dobramos a capacidade da nossa CDN, levando os nossos conteúdos para mais perto do consumidor em todo Brasil, usando a força da rede de afiliadas como pontos estratégicos da distribuição digital, já que nossas emissoras estão em presentes nas 123 maiores cidades brasileiras. Além disso, houve uma revisão de toda a arquitetura de software para que o aplicativo pudesse somar essa experiência de consumo dos canais. Com isso, as pessoas em casa conseguirão ter a mesma experiência que têm na TV aberta em relação à troca dos canais”, explico Raymundo Barros, diretor de Tecnologia da Globo.

Houve investimentos também na evolução do consumo do Globoplay nas TVs conectadas, um ambiente ainda muito fragmentado no Brasil. “Há 10 marcas de TVs, com 20 sistemas operacionais que rodam em mais de 1800 modelos. Desenvolvemos códigos que rodam o Globoplay em cada um deles, respeitando as limitações de cada modelo, e para as TVs produzidas após 2015 teremos uma considerável melhoria da experiência do consumidor que assiste aos conteúdos da plataforma diretamente pela TV. Mais recentemente, em 2019 e 2020, fizemos acordos específicos com alguns fabricantes para ter o Globoplay nativo nos sistemas operacionais dos televisores e, em alguns casos, acesso direto pelo controle remoto. Nesses modelos, a experiencia é simplesmente fantástica!” acrescentou Barros.

Por Fernando Moura, em São Paulo