Chegada do 5G permite aplicações múltiplas para a mídia

Tecnologia que alia alta velocidade, cobertura massiva e baixa latência deve revolucionar uso de dados no Brasil.

Painel abordou diversas possibilidades e oportunidades do 5G.

Todas as capitais brasileiras e o Distrito Federal devem ter o 5G até o final deste ano. A nova tecnologia, ainda mais em um país criativo como o Brasil, amplia as possibilidades de mídia já existentes. Durante o congresso SET EXPO 2022 foi avaliado o que a indústria espera da tecnologia, como o mercado poderá aproveitar, além dos pontos de vista da operadora e do usuário.

O mediador Fernando Gomes de Oliveira, diretor da Future Maker, abriu o painel destacando que nesta segunda (22) mais quatro cidades (Florianópolis, Palmas, Rio de Janeiro e Vitória) aderiram à novidade, que alia alta velocidade, cobertura massiva e baixa latência.

“Não é uma simples evolução, mas uma nova tecnologia de serviços móveis. Ela habilita a conectividade, a distribuição de conteúdo, o processamento e o armazenamento de informações. Isso trará grandes benefícios para diferentes segmentos da economia, como saúde, educação, agricultura e transporte. As aplicações são múltiplas, pois há uma capacidade muito maior de interação com o meio-ambiente. O 5G será adotado muito rapidamente pelo mercado e deve ser o serviço com mais assinantes em cinco anos”, destacou Hermano Pinto, diretor da Informa Markets.

A TV Globo já se utiliza da novidade, e Uirá Moreno Rosário e Barros, da área de estratégia e tecnologia da emissora, mostrou as vantagens. “O upload tem uma taxa maior, trazendo melhoria significativa na qualidade da imagem. Outro ponto é a redução no delay, que passa a ser de poucos frames. Fizemos uma experiência pioneira com o 5G na transmissão do carnaval de São Paulo”, apontou.

Esta utilização no carnaval se encaixa no conceito de produção interna, uma das seis maneiras que o 5G beneficia a produção audiovisual.  As outras são “a distribuição ao consumidor (streaming), os estádios conectados (experiências imersivas), a produção externa, o transporte de sinal e a automação e gestão de infraestrutura”, resumiu Guilherme Saraiva, diretor comercial da Embratel. 

As diversas opções carregam o aumento do consumo de dados e, por isso, abrem o olho do mercado, segundo a avaliação de Alexandre Britto, presidente da Abott’s (Associação Brasileira de OTT). “São as aplicações e a criatividade que vão rentabilizar isso”, contou.