SET:30: Tecnologias utilizadas pela rádio e TV brasileira no Qatar 2022 debatidas na NAB 2023

Trabalho desenvolvido pela Globo e Bandeirantes na última Copa do Mundo demonstra disrupção tecnológica e mudanças nos hábitos de consumo dos telespectadores brasileiros.

O painel foi moderado pelo Prof. Doutor Fernando Carlos Moura, Editor-chefe da Revista da SET; e teve a participação de Paulo Rabello, Diretor do Hub Operações e Distribuição de Conteúdo da Globo; Jean Pierre Zanetti Vandresen, Gerente Técnico no Grupo Bandeirantes de Comunicação; e Igor Macaubas, Diretor de Plataformas Digitais da Globo.

No painel, Paulo Rabello explicou as tecnologias utilizadas pela Globo durante a última Copa do Mundo de Qatar 2022, com destaque para a produção de ao vivo com utilização de produção virtual e holografias durantes as transmissões de emissora.

Rabello disse que a TV aberta esta viva. “Tivemos mais de 120 milhões de brasileiros assistindo aos jogos da Copa”. O executivo explicou, ainda, que a Globo instalou 3 câmeras PTZ 4K no Souq Waquif que permitiram gerar um estúdio de 300 m2 no Rio para aumentar a experiência do telespectador.

Macaubas disse que “houve recordes de consumo do Globoplay impulsionados pelos conteúdos da Copa durante todo o período. 2 vezes mais consumo que a média anual com mais seis (6) vezes em horas consumidas, com a TV conectada como o maior device de conusmo e com um aumento de 11 vezes o consumo de devices web e mobile”.

Macaubas explicou como foi feita a transmissão em 4K no Globoplay e como a audiência aumentou e gerou um tráfego de vídeo expressivo.

Keynote: Ben Crossing, Chief Operating Officer, Hawk-Eye

Finalmente, Zanetto Vandresen  disse que o desafio da Bandeirantes foi grande já que foi a primeira vez que a transmissão incluíu vídeo. “Foi a primeira Copa com videocast no rádio, um desafio cumprido que nos permitiu ter a Rádio Bandeirantes e a Band News FM ao vivo e com vídeo desde Doha durante mais de 40 dias”.

Jean Pierre Zanetti Vandresen comentou que foram utilizadas 5 mochilas e 8 TVU Anywhere Mojo paras as transmissões, e que o maior desafio passou pelo delay. “Conseguimos um delay de áudio IBC-Qatar/Brasil de 500ms, e de 1000ms para vídeo, o que foi excelente”.

O painel sobre a Copa do Qatar foi seguido de um keynote de Ben Crossing, Chief Operating Officer da Hawk-Eye, empresa do grupo Sony que fornece câmeras para as novas tecnologias que têm sido incorporadas às transmissões televisivas de eventos esportivos, como o próprio Mundial de 2022.

Segundo Crossing, além do VAR (Video Assistant Referee), que fornece checagem oficial de lances relacionados às regras do esporte, a audiência agora têm acesso a uma série de outras informações complementares, como, por exemplo, altura que o jogador saltou para cabecear uma bola, o que enriquece a transmissão.

Por Fernando Moura, em Las Vegas