Possível interferência do 5G em aviões

Empresas aéreas e órgãos de regulação do mundo analisam e debatem se o 5G em Banda C pode gerar interferências nos aviões e os seus comandos. Embraer analisa a colocação de filtros

Foto: Divulgação Anatel

Nos últimos meses se tem debatido muito sobre a possível interferência que que pode provocar a ativação do serviço 5G em Banda C. Nos Estados Unidos, matéria da Agência Reuters publicada no Jornal Valor Econômico desta terça-feira, 18  afirma que “as companhias alertaram que o serviço 5G de banda C poderá potencialmente inutilizar um número significativo de aviões”. Entretanto, editorial do Diário Globo do sábado, (16/1) afirma que “Avaliar interferência do 5G em aviões é questão mais jurídica que técnica”.

O debate ao que parece, tem a ver com a banda de guarda que existe entre os equipamentos utilizados pelos aviões e a faixa de espectro que o 5G utiliza. Segundo o Jornal Globo, “a iniciativa das autoridades brasileiras foi precipitada pela decisão das operadoras americanas de adiar a estreia do 5G, prevista para este mês em várias cidades, diante de um alerta da Administração Federal de Aviação (FAA) mencionando a “possibilidade” de que os sinais de 5G interferissem nos altímetros usados para pousar aviões em situações de baixa visibilidade”.

Isso porque desde o inicio de 2022, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Embraer estariam realizando estudos para verificar se as novas frequências que serão utilizadas pelo 5G (entre 3,5 GHz e 3,7 GHz) podem causar interferências nos altímetros que algumas aeronaves operam por rádio.

Para sua parte, matéria da CNN Brasil afirma que “a fabricante de aviões Embraer comunicou à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), na semana passada, que pretende começar a realizar testes para avaliar o impacto da tecnologia 5G em suas aeronaves. A medida foi anunciada depois de empresas norte-americanas de telefonia adiarem em duas semanas o início de novos serviços de 5G no país a pedido do governo e de fabricantes de aeronaves, que pediram mais tempo para avaliar os riscos de interferência nas faixas de frequência usadas por seus aviões”.

Se quiser ler o editorial completo publicado no Jornal Globo, clique aqui

 

Por Fernando Moura, em São Paulo