O futuro do ecossistema de startups do Brasil

O keynote speaker do segundo do SET eXPerience Live, Flavio Feferman, é professor adjunto e “Distinguished Teaching Fellow“, Universidade da Califórnia-Berkeley, Haas School of Business. Ele aborda quando surgiu efetivamente um ecossistema de inovação no Brasil e a evolução da mentalidade no Vale do Silício.

Há mais de 30 anos atrás, o modelo do Vale do Silício focava em centros de pesquisa e inovação interna em grandes empresas. Atualmente, o Vale é um cluster de inovação, ou seja, o importante agora são todos os mecanismos para criação de novos negócios e setores. Isso é possível graças à inovação aberta e à diversificação industrial.

Brasil

Feferman destaca que, apesar da instabilidade econômica do país nos últimos anos, o número de startups cresceu muito rapidamente. Entre 2005 e 2015, o Brasil viu surgir mais de 4000 startups. Entre 2015 e 2019, esse número triplicou, inaugurando uma nova fase de crescimento do ecossistema de inovação.

“Em 2015, a criação do Cubo, Hub de inovação, sinalizou o início de uma nova fase no ecossistema de inovação no Brasil”, pontua o professor da Universidade da Califórnia-Berkeley.

Feferman aponta alguns fatores chave para essa aceleração do ecossistema, como o surgimento da nuvem, banda larga, plataformas transnacionais, além do aparecimento de aceleradoras e hubs de inovação e participação de grandes empresas.

“Nos últimos 5 anos, houve mudanças significativas. Mudanças na escala, na experiência e no profissionalismo no setor de startups. Mais capital em todos os estágios do investimento com novos investidores nacionais e internacionais”, afirma.

Para Feferman, os próximos passos em direção à inovação devem seguir o hibridismo.

“A rápida evolução do ecossistema de inovação exige uma estratégia de engajamento por parte das empresas. Para fazer isso, é preciso inovar com as equipes internas e com parceiros externos, como as startups, a chamada inovação aberta”, conclui.