“o 4k já teve o seu momento”

Skip Pizzi, da NAB, fala sobre o HDR nos próximos eventos esportivos. Foto: Tainara Rebelo

A ultra definição foi tema de uma série de painéis que abriram o NAB Show 2018 neste sábado, 07, em Las Vegas, NV. Intitulado NAB’s Global UHD Conference, o programa permitiu que engenheiros e profissionais do broadcast fizessem um overview dos protagonistas internacionais da tecnologia e mostrou projeções dos próximos passos do UHD no mundo.

“A maior expectativa é sobre o HDR. Isso porque o 4K já teve o seu momento. Na verdade, ele está disponível para quem tem televisores maiores. Já o HDR funciona para qualquer TV, de qualquer tamanho ou de qualquer tipo. Não precisa de nenhum acessório e funciona, principalmente, para esportes, que são uma grande paixão mundial”, explica o moderador da Conferência, e Vice-Presidente de Educação Tecnológica e Divulgação da NAB, Skip Pizzi.

De acordo com Pizzi, na Copa do Mundo de 2018 a maior parte das transmissões já serão feitas em HDR, “e nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, todos com certeza”, afirma. Na Coréia do Sul, as transmissões já se iniciaram, com o ATSC 3.0.

Quanto à custo e disponibilidade da tecnologia à população, os palestrantes foram enfáticos e defenderam ser necessário ter baixo custo ao consumidor final. “Quem fizer um modelo que funcione em todos os países terá sucesso garantido”, pondera Lynn Claudy, Vice-Presidente Sênior de Ciência e Tecnologia da NAB, cujo tema de palestra foi “Global UHD Delivery Standards”. Por enquanto, os números apresentados na Conferência mostram que, pelo menos em 2018, mais da metade dos televisores vendidos nos EUA já possuem a tecnologia, “e as projeções são positivas para que o cenário quadruplique”, defendeu Mark Bergman, da CTA.

HFR (High Frame Rate)

Outra parte da conferência tratou do uso de HFR para cobertura em esportes, que deixam imagens em movimento mais precisas e com maior resolução.

Para o futuro, o HFR prevê incrementos na captação e reprodução de imagens, com mais detalhes e melhor definição.

No Brasil

O Superintendente da SET, Olímpio José Franco, pondera que o Brasil, está no caminho certo em relação ao assunto. “Recentemente iniciamos o Projeto UHD – Brasil com a participação de várias associações na qual a SET também participa. Os nossos interesses e nossas discussões não são diferentes das apresentadas aqui. Ficamos motivados em ver que os interesses são comuns”, afirma.

Por: Tainara Rebelo, direto de Las Vegas