Instalação de filtros contra interferência do 5G levará sete anos

Conteúdo Tele Síntese

Relatório apresentado pela Conexis, entidade setorial que reúne as operadoras de telecomunicações, aponta a necessidade de instalação de filtros para evitar a interferência da 5G sobre os serviços de TV aberta por satélite.

Segundo as operadoras, serão necessários sete anos para substituir os equipamentos da população elegível. Essa população, estimam, é de 1,4 milhão de pessoas que integram o Cadastro Único do governo federal e vivem em áreas em que poderá ser detectada a interferência.

Após o leilão 5G, estima-se que 12 cidades sejam atendidas no primeiro ano. Estas cidades são as capitais Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Recife (PE), Cuiabá (MT), Manaus (AM), Natal (RN) e Curitiba (PR).

Nos 12 meses seguintes, as demais capitais e cidades com população de 500 mil habitantes seriam as atendidas. Após 36 meses, seriam todas as cidades com 200 mil habitantes. E assim por diante, até que ao final de 84 meses, usuários de TVRO integrantes do CadÚnico de todo o país sejam contemplados.

A ordem também é uma estimativa da ativação das novas redes 5G país afora, a partir do leilão a ser realizado em meados de 2021 pela Anatel.

O cronograma demonstra também a diferença do esforço necessário entre a migração dos canais de TVRO da banda C para a Banda Ku e a solução defendida pela Conexis de mitigação com uso de filtros. Na migração (gráfico abaixo), seria preciso atender usuários nos 5.570 municípios, restando uma parcela maior de pessoas que seriam contempladas sete anos após o leilão.