O lugar do 5G

Da esp. para a dir.: Celso Valério, Frederico Rehme e Marcos Cardoso. Foto: Mário Ohashi.

“Quero que sejamos pé no chão e usufruamos da tecnologia para beneficiar nosso negócio. E nosso negócio é levar conteúdo audiovisual da maneira mais barata, mais eficiente e com a maior confiabilidade possível ao usuário em sua casa”, assim começou  José Frederico Rehme, coordenador do Comitê de Associados e Eventos da SET, diretor da TVCI e professor da Universidade Positivo, ao falar sobre o 5G no painel que ele moderou no SET Sul 2019.

E provocou: “quero ver quem bate a TV aberta no quesito confiabilidade”? “Penso que o 5G é complementar e não um concorrente da TV”.

Com a apresentação 5G is on, Marcos Trindade Cardoso, engenheiro de Radiofrequência na Huawei do Brasil, teve a tarefa de mostrar as vantagens e o estado atual do 5G do ponto de vista de um grande player global.

“Frederico tem razão”, começou ele, “a tecnologia 5G é complementar e isso segue o padrão da convergência digital”. “O 5G não é apenas um modismo, ele vai mudar o mundo”, argumentou, citando jornalistas do Fórum Econômico Mundial.

“O 5G vai desde à super velocidade até à hiper conectividade”, explicou. “O 5G traz latência baixíssima, com altíssima confiabilidade, sendo um aliado da TV”, garantiu.

“O mercado estima 12 trilhões de dólares em geração de renda nos próximos anos”, informou. “Essa expectiva parte de dados técnicos internacionais”.

Na sequência, Celso Fernando Valério, head da área de Tecnologia da Vice-Presidência de Redes da Telefônica, elogiou a relevância do debate e ressaltou as expectativas do setor de telefonia na questão do 5G.

Ele informou que a Vivo tem vários projetos na área do 5G, em especial na atualização de redes. “Manter a rede é algo caro e é um nixo muito pesado. Mas é necessária para atender os usuários”, explicou.

“O 5G é uma tecnologia que está chegando e ainda está em processo de definição como padrão”, informou. “Os padrões serão publicadas para que os fabricantes comecem a fazer os protótipos e os aparelhos”.

“Na nossa visão, a entrega começará onde o consumo de dados é muito grande, como nos centros de grandes cidades brasileiras”, disse.

“O tráfego de dados está aumentando exponencialmente, mas as receitas estão estáveis. Os usuário esperam cada vez mais dados e estão deixando serviços de voz de lado, como a telefonia fixa”.

“A taxa média de uso do 4G é de 20 Mbites/segundo. No 5G, chega a 1 giga”.

“Em resumo, hoje temos o desenvolvimento acontecendo, as frequências sendo solicitadas e a necessidade de investimentos de atualização de rede”.

“Desta forma, a implementação do 5G acontecerá devagar, mas depois acelerará, como aconteceu no 3G e no 4G”, previu.