47 das 70 maiores economias do mundo têm redes 5G ativas

De acordo com a Sétima edição do estudo anual “The State of 5G”da Viav, ponto de virada do 5G foi atingido. Estados Unidos substituem a China na liderança dos países com mais cidades 5G: o setor industrial surge como líder em Private 5G; o 5G standalone ganha impulso com 45 operadoras, e há um interesse diversificado e generalizado em ondas milimétricas (mmWave) em todo o mundo.

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Na sétima edição de seu estudo anual “The State of 5G”, a VIAVI revelou que existem 2.497 cidades no mundo com redes comerciais 5G, em 92 países. Outros 23 países têm testes pré-comerciais de 5G em andamento, e 32 países anunciaram ter intenções no 5G. Apenas 48 países (em sua maioria, nações insulares menores) ainda anunciaram publicamente seus planos para 5G.

Um total de 18 países anunciaram suas primeiras implantações de 5G em 2022, entre eles, duas das maiores economias em desenvolvimento, Índia e México, e economias emergentes, como Angola, Etiópia e Guatemala. Os dados também revelam outras grandes tendências relacionadas com as implantações 5G:

Pela primeira vez, os Estados Unidos substituem a China no topo do ranking de países com mais cidades 5G

Os Estados Unidos lideram o ranking de países com mais cidades 5G pela primeira vez, destronando a China, que foi líder nas atualizações anteriores do “The State of 5G” da VIAVI desde 2021. Nos EUA, o número de cidades com redes 5G cresceu significativamente para 503, um aumento de 69% em relação às 297 cidades listadas em maio de 2022. Em paralelo, o número de cidades 5G na China permanece estático em 356 desde a atualização de junho de 2021.

Segundo explica a empresa em comunicado, “o número de cidades 5G é apenas um aspecto do relativo sucesso da evolução do 5G nas duas nações, com a China à frente em outras métricas-chave. A amplitude da cobertura 5G dos Estados Unidos contrasta com a profundidade da cobertura 5G da China, com o país asiático permanecendo à frente em relação a velocidade de dadosnúmero de assinantes e estações base implantadas”.

Setor industrial aparece como líder em 5G Privado

O estudo afirma que “o setor industrial emergiu como líder global para redes 5G privadas, com 44% das implantações anunciadas publicamente, seguido pelos setores de logística, educação, transporte, esportes, serviços públicos e mineração. Essa tendência sugere um pragmatismo em relação a como o mundo empresarial tem lidado com o 5G privado: organizações com mais problemas de conectividade e com mais oportunidades para aplicações inteligentes surgem naturalmente como os front-runners das redes 5G privadas”.

As empresas dentro destes setores frequentemente operam em ambientes desafiadores onde a conectividade de alta velocidade pode estar indisponível, explica o estudo e reforça que “esses segmentos também se juntam a setores onde as aplicações IoT têm evoluído, liderando discussões a respeito de fábricas inteligentes, cidades inteligentes e assim por diante. A estreita relação entre as oportunidades do 5G privado e do IoT também coincide com uma nova realidade entre as operadoras de telecomunicações, na qual a IoT se tornou uma oportunidade de receita quase que inteiramente focada em verticais”.

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5G standalone ganha força entre as operadoras de redes 4G

Outro dos destaques doestudo anual “The State of 5G”, é que “as redes 5G standalone (SA), ou seja, aquelas que foram construídas usando um novo núcleo 5G e que operam independentemente da infraestrutura 4G existente, estão ganhando força rapidamente em todo o mundo. Em janeiro de 2023, 45 redes 5G SA estavam em operação, em 23 países. Em comparação, em janeiro de 2022, havia apenas 24 redes non-standalone (NSA) globalmente. Muitas vezes consideradas o 5G “verdadeiro”, as redes 5G SA oferecem uma gama mais ampla de usabilidade e mais modelos de monetização em comparação às redes NSA, que são relativamente limitadas em suas aplicações, além da banda larga móvel aprimorada (eMBB), o que significa mais velocidade de dados. Com uma quase duplicação no número de redes 5G SA, mais operadoras começarão a perceber os benefícios comerciais prometidos pelo 5G, e mais consumidores e empresas irão usufruir das velocidades de rede aprimoradas”.

Interesse diversificado e generalizado em ondas milimétricas em todo o mundo

Ainda, o estudo afirma que “o espectro para 5G na banda de ondas milimétricas (mmWave), geralmente considerado 24 GHz e acima, atraiu muito interesse de diversos países. A faixa do espectro oferece benefícios significativos com mais velocidade, menos latência e mais capacidade. No entanto, também apresenta desvantagens, como cobertura/alcances mais baixos, custos de equipamentos mais altos e necessidade de implantações densas”.

Os países que disponibilizaram o espectro mmWave abrangem todos os continentes e representam uma mistura extremamente diversificada de tamanhos populacionais, economias e níveis de avanço tecnológico. Muitos dos maiores mercados móveis do mundo, incluindo China, Índia e Estados Unidos, disponibilizaram o mmWave, bem como aqueles com populações pequenas, como Seychelles e Guam. O mesmo padrão de diversidade é válido em mercados desenvolvidos, como Alemanha e Japão, e economias emergentes, como Indonésia e Vietnã.

Na edição de abril da Revista da SET, Tom Jones Moreira e Anderson Fagiani se debruçaram sobre este tema no artigo: “Perda de Percurso Indoor LOS e NLOS de Redes 5G na faixa de ondas milimétricas“, onde mostram estudos ede propagação em ondas milimétricas, sobretudo na caracterização da perda por percurso média em canais de propagação indoor. As análises dos resultados dos testes de medidas em 28 GHz permitiram verificar os valores do coeficiente de propagação da perda de percurso média nos ambientes indoor em cenários LOS (line- of-sight) e NLOS (non-line-of-sight).

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Por Fernando Moura, em São Paulo