O transporte de áudio sobre IP (AOIP) é cada vez mais utilizado por empresas de broadcasting. Contudo, o recurso se difundiu a partir de diversos padrões proprietários. As principais soluções do mercado baseiam-se em protocolos diferentes, como Dante, Livewire e Ravenna, que não “conversam” entre si. “Isso cria embaraços técnicos e dificulta investimentos”, explicou Gabriel Thomazini , coordenador de áudio da Globosat, em painel da SET EXPO 2018.

A situação tem estimulado esforços para garantia de interoperabilidade. Exemplo é a norma AES67, surgida em 2013 para unificar protocolos. Ela foi escolhida para integrar o ST2110, conjunto de standards definido pelo SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers) para a transmissão de stream não comprimido. Incompatibilidades e desafios técnicos, porém, continuam. “Um ponto crítico é autoprovisionamento”, afirmou Mauricio Belonio, diretor da Alliance Technologies. “O único meio de obter interoperabilidade é o uso de um gateway de hardware ou software”.

Conforme explicou Giuliano Quiqueto, consultor técnico da Yamaha Musical do Brasil, o áudio sobre IP (AOIP) tem ampliado a necessidade de os técnicos de áudio lidar com TI. “O transporte de dados, com configuração correta do QoS, é fundamental para o correto funcionamento do processo”, afirmou Quiqueto. O debate contou ainda com a participação de Rafael Lopes Susin, fundador da DSPRO.