As novas tecnologias precisam ser encaradas como oportunidades para as rádios

Debatedores deixaram claro que apenas a inserção de programação não é suficiente. É preciso criar experiências mais interativas para os ouvintes.

 

As rádios buscam forma de se adaptarem à realidade digital que fez sua concorrência pela publicidade crescer e a audiência cair. Mas existem formas de se apropriar desse novo mercado e buscar receita extra. Durante o painel “O rádio e as plataformas inteligentes” foram apresentados cases de sucesso. Mas está claro que é preciso sair da “caixinha” e criar produtos que atendam as exigências do novo ouvinte.

 

Dos smartphones às smart speakers, passando por plataformas de inteligência artificial, assistentes virtuais, interfaces de voz e plataformas de publicidade especializadas em áudio, o rádio é a mídia com maior potencial para explorar de forma ágil e com sucesso esse conjunto de novas tecnologias segundo Marco Túlio Nascimento, diretor da ZYDigital e vice-diretor de Rádio da SET Brasil, moderador do painel.

 

Para Rodrigo Tigre – sócio diretor na +RedMas, as pessoas estão se movimentando rapidamente para o áudio digital. “E é preciso ter em mente que o áudio digital é uma receita extra para rádios”, disse. E lembrou que hoje já é possivel utilizar a geolocalização, que através do endereço do IP entrega anúncio da área onde o ouvinte está.

 

Também é preciso, segundo Carolina Sasse – sócia e diretora de Vendas da Cadena, aproveitar as oportunidades para ampliar a experiência do ouvinte, discutindo as funcionalidades mais comuns disponibilizadas nos aplicativos das emissoras e as novidades que estão surgindo. “O ouvinte quer interagir de forma rápida e simples, consumir conteúdo por demanda, ser lembrado da programação da sua preferência, compartilhar facilmente com os amigos,  ser exposto a produtos e serviços relevantes para ele, benefícios claros ao investir seu tempo e atenção em algo”, concluiu Carolina.