SET eXPerience 2021 começa nas nuvens

Na tarde de quarta-feira, 26, teve início o SET XPerience 2021. O evento de abertura da temporada foi o SET eXPerience Tracks, abordando é O Papel da Nuvem na Transformação Digital.

A moderação foi de Carolina Duca, gerente sênior de Tecnologia da Globo.

Duca destacou a importância dos 15 encontros programados do SET eXPerience Tracks para atualizar o público sobre processos e terminologias novas que estão surgindo no mercado de mídia e entretenimento. “O objetivo do Tracks é trazer exemplos e deixar um pouco mais palpável a transformação digital que vem acontecendo. A SET eXPerience é isso: um cardápio de coisas novas e discussões importantes para o setor”, afirmou.

Os palestrantes convidados foram Rodrigo Silva, customer engeneer do Google Cloud; José Schulz, gerente de Governança e Estratégia da Globo; e Cesar Rodrigues, gerente sênior de Infraestrutura da Globo.

Rodrigues foi o primeiro a se apresentar. Ele falou o que é transformação digital e como a tecnologia de Cloud impacta e acelera esse processo.

“Transformação digital é o processo de explorar as tecnologias e frentes digitais mais modernas e as de vanguarda para transformar nosso negócio, melhorar forma como entreguemos nosso produto ou serviço e trazer valor ao nosso negócio”, afirmou o gerente da Globo.

Cloud é uma das tecnologias que aceleram essa entrega de valor, “pois é adequada ao uso de metodologias ágeis que permitem rápida prototipação e garantem a adaptabilidade dos produtos a mudanças das necessidades do negócio.”

Rodrigues encerrou sua apresentação destacando pontos que necessitam de atenção para a adoção e utilização da tecnologia Cloud, como a gerência adequada de custos, continuidade do negócio e capacitação da equipe.

Na sequência, o executivo do Google, Rodrigo Silva, diversos serviços oferecidos pelo Google Cloud e como de ser feita uma transição de forma estruturada para Cloud.

“Quando falamos de Cloud, consideramos três modelos principais. O primeiro, quando você sai do data center e migra para um modelo de infraestrutura como serviço, você deixa de gerenciar o virtualizador do sistema operacional, o hardware, o storage e o network. Isso tudo é responsabilidade do provedor de Cloud. No segundo modelo, se você contrata uma plataforma como serviço, você deixa de gerenciar o run time da aplicação e o sistema operacional e passa a gerenciar somente a aplicação e os dados. E a terceira opção, caso opte por um modelo de SaaS, você não vai gerenciar nada. Esses modelos trazem agilidade, uma vez que permite a realocação de recursos para outras aplicações, otimizando o processo”, destacou Silva.

Encerrando o painel, José Schulz, gerente de Governança e Estratégia da Globo, focou sua apresentação nos custos para migrar, instalar e manter uma estrutura e serviço de Cloud. Para ele, a questão principal não é sobre “se faz sentido financeiramente (adotar Cloud), mas como encontrar a melhor forma para viabilizar esse processo de jornada para a nuvem.”

“Quando faço o movimento para Cloud, haverá uma redução na necessidade de investimento em ativos do parque local. Ao invés de comprar um servidor novo ou uma mesa nova de distribuição de áudio, por exemplo, isso se transforma em um serviço na nuvem. Ao fazer isso, não há necessidade de fazer um investimento no parque tecnológico devido à obsolescência da tecnologia”, afirmou Schulz.

Sem essa preocupação de renovação, a empresa pode focar exclusivamente em desenvolver o serviço ou produto da melhor forma possível para atender ao objetivo pretendido.

Schulz finalizou falando do impacto dos serviços de Cloud na cadeia de produção das empresas de radiodifusão.

“O modelo operacional do broadcast será muito impactado, pois antes era um controle, um estúdio, um playout, transmissão por satélite… e agora, tudo isso será consolidado na nuvem. Será um lugar único onde haverá tudo!”, encerrou.