TV DIGITAL CONTINUA SENDO O GRANDE TEMA DO CONGRESSO DA SET

CONGRESSO SET 2010
TV DIGITAL CONTINUA SENDO O GRANDE TEMA DO CONGRESSO DA SET
A adoção e o interesse pelo sistema digital brasileiro ISDB-TB aumentam a participação internacional no congresso
Além do grande tema TV digital, a 23ª Edição do Congresso SET 2010 abriu espaço para discutir o Plano Nacional de Banda Larga – projeto que visa universalizar o acesso à internet no país – e a definição de um padrão para o Sistema Brasileiro de Rádio Digital. De acordo com a Presidente reeleita para o biênio 2010/2012, Liliana Nakonechnyj, “o conteúdo do Congresso SET é impar no mundo, pelas informações de cunhos teórico e prático”.
Considerando que o setor da radiodifusão está num momento extremamente interessante quanto à ofertaeletrônica do conteúdo audiovisual, a SET promoveu discussões sobre as várias plataformas de ofertas de conteúdos audiovisuais e sobre a adaptação tanto na linguagem como no formato destes conteúdos para tantas diferentes plataformas. O tema 3D, frisson internacional, também foi discutido e apresentado no Congresso. Além das palestras a Associação preparou workshops para possibilitar novos espaços de aprendizado. O superintendente de comunicação de massa da Anatel, Ara Apkar Minassian, elogiou o desempenho da SET. “O Congresso é extremamente importante porque a SET tem conseguido trazer para os painéis temas da atualidade”. Com isso, a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão – SET – comemora com louvor o sucesso das palestras, do Prêmio SET, do Concurso Inovação e dos workshops. Esta edição superou todas as expectativas. Ao total foram 48 sessões, 3 workshops, 180 palestrantes e um público recorde, que aumentou em 25% a adesão em relação a 2009. “O Congresso foi muito bem sucedido! Nós tivemos mais de 1500 congressistas inscritos e muitas delegações de outros países. As cinco salas do Congresso em paralelo tinham sempre bons públicos. Algumas palestras tiveram que ser remanejadas para o auditório maior em função da platéia. E tudo isto é um indicativo de que os painéis selecionados atenderam as necessidades de informação e de discussão sobre as tecnologias da radiodifusão”, explica Liliana.
A diretora geral de eventos da SET, reeleita para o biênio 2010/2012, Daniela Souza, lista os fatores que consagraram o evento deste ano. “A edição 2010 foi a melhor de todas! Houve uma nova formatação do Congresso. Toda a comunicação visual foi modificada, houve a criação do Prêmio SET que foi maravilhoso e do Concurso Inovação que trouxe um grupo jovem de pesquisadores que está desenvolvendo interatividade para o Ginga. Também aconteceram workshops paralelos e bem estruturados. A participação de visitantes internacionais cresceu muito e muitas empresas já consideram a Broadcast & Cable um evento internacional. E para aqueles que não puderam estar presentes, o conteúdo do Congresso foi postado na internet simultaneamente”.
A participação internacional teve um aumento significativo, principalmente, de países da América Latina, que já adotaram o sistema brasileiro de TV digital. De acordo com a presidente da SET, ele já não é mais só brasileiro, mas pode ser considerado sulamericano. “É positiva a participação destas delegações porque além de verem as palestras e a feira, elas se certificam do nível de comprometimento que existe aqui no Brasil com relação à TV digital, que advém do sucesso da implantação”, completa.
Entre os palestrantes, estavam desenvolvedores de outros países de tecnologia de radiodifusão usada em estudos de exibição, de tecnologias de servidores usadas nas emissoras e de produção via HDTV utilizada no mundo inteiro. À frente da platéia estes profissionais explicaram como funcionam os seus produtos e quais são os princípios de seus equipamentos. “É muito importante que os profissionais tenham esse conhecimento para saber escolher e operar bem os equipamentos”, conclui Liliana.

Abertura do Congresso
Na cerimônia de abertura, todos os integrantes da mesa deram as boas vindas aos congressistas e anteciparam que o evento seria marcante. Todos falaram sobre a importância da evolução tecnológica do setor, sobre a bem sucedida implantação da TV digital no Brasil e a importância da adoção do sistema brasileiro por outros países. Também abordaram os pontos que ainda devem ser ajustados, a importância de o setor trabalhar junto e destacaram o papel que a SET tem desempenhado durante todos estes anos. A mesa foi composta por: Liliana Nakonechnyj, presidente da SET; Olímpio José Franco, vice-presidente da SET; André Barbosa, assessor especial da Casa Civil, representando a Ministra Chefe da Casa Civil Erenice Guerra; Manoel Rangel, presidente da Agência Nacional do Cinema (ANCINE); Roberto Pinto Martins, secretário de Telecomunicações, representando o Ministro das Comunicações; Jarbas Valente, conselheiro da Anatel, representando o embaixador Ronaldo Mota Sardenberg, presidente da Anatel; Amilcare Dallevo, presidente da Associação Brasileira de Radiodifusão (ABRA); Roberto Barbieri, vice-presidente do Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD, representando o presidente dos Fóruns Nacional SBTVD e Internacional ISDB, Frederico Nogueira; Embaixador Hadil da Rocha Vianna, diretor do departamento de temas científicos e tecnológicos do Itamaraty; Edilberto de Paula Ribeiro, presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), representando o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Daniel Slavieiro.
Em seu discurso de abertura Liliana salientou tudo o que já foi feito pelo sistema brasileiro, mas ainda há um longo caminho a percorrer na transição digital da TV aberta. “O Brasil tem 5.561 municípios e nesta edição do Congresso da SET estão sendo apresentadas as experiências e as novas soluções para a interiorização da TV digital”. O presidente da ABRA, Amilcare Dallevo, lembrou que há dois anos o Brasil tinha cerca de 10 mil televisores digitais e, hoje, de acordo com as pesquisas, são praticamente 10 milhões. Para ele, o setor radiodifusor pode ir muito mais longe, pois o Brasil tem competência técnica, criatividade e flexibilidade no assunto. “Cada um tem a sua função: ao Governo cabe a criação de um marco regulatório que esteja atento ao nosso momento, sem criar um modelo engessado. Às emissoras cabe a eterna luta pela garantia da liberdade de expressão. Elas devem perder o medo do avanço tecnológico, porque as novas tecnologias estão aí, batendo à nossa porta”.

O vice-presidente do conselho deliberativo do Fórum SBTVD, Roberto Barbieri, enalteceu a importância da reunião do Fórum Internacional acontecer durante o evento. “O Congresso e o encontro do SBTVD servem pra celebrar o momento, o sucesso das negociações com outros países e o lançamento dos primeiros receptores de interatividade”. O presidente da AESP, Edilberto de Paula Ribeiro, agradeceu a SET pelo evento e completou dizendo que, “se hoje o Brasil possui uma TV em HD de alta resolução – umas das melhores, se não a melhor – é graças ao trabalho da SET e de todos os setores da radiodifusão”.
O presidente da Ancine, Manoel Rangel, salientou os desafios do Brasil. “É preciso saber como organizar o modelo de negócio para o mercado emergente de radiodifusão. Neste momento os grandes desafios são: como o Brasil se posiciona diante de todas as oportunidades que a convergência digital nos proporciona? Qual o lugar que nós queremos para o Brasil neste cenário?”. Sob a ótica da produção e coordenação de obras audiovisuais, ele adiantou que o Brasil deve se posicionar como um grande centro condutor e programador de conteúdo audiovisual, com capacidade.
O embaixador, Hadil da Rocha Vianna, falou sobre a adoção do sistema digital brasileiro por outros países. ”Após três anos de trabalho de esforços diplomáticos, o sistema ISDB-TB foi adotado praticamente em todos os países sulamericanos. A 23ª Edição do Congresso SET, por sua reconhecida importância no Brasil e na América Latina, seguramente, constitui oportunidade privilegiada para que o Brasil venha alcançar os objetivos da radiodifusão”. O Conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, destacou a importância de discutir a integração de todos os meios para facilitar, cada vez mais, que o cidadão brasileiro tenha infraestrutura de qualidade na prestação de serviço, nas áreas de radiodifusão ou de telecomunicação.
Para o secretário de Telecomunicações, Roberto Pinto Martins, “desde a invenção das transmissões digitais por ondas eletromagnéticas, a radiodifusão vem enfrentando desafios e o evento da SET é uma grande oportunidade para iniciar uma reflexão sobre o momento”. Concluindo os discursos de abertura, o assessor especial da Casa Civil, André Barbosa, defendeu a importância do rádio e parabenizou a SET pelo apoio ao projeto da TV digital. “Desde o início a associação é uma das grandes responsáveis pelas tecnologias na área de televisão”.

Painéis em destaques
Para o vice-presidente reeleito para o biênio 2010/2012, Olímpio Franco, o grande tema, com maior sucesso de público, foi a sessão TV digital: Desafios da Interiorização, dividido em quatro partes e moderado pelos profissionais Paulo Canno, Carlos Coelho, Maria Eloisa Barrile e Geraldo Melo. Estes dois últimos trataram dos cases. O tema foi um dos assuntos mais procurados pelos congressistas. Durante as palestras, profissionais compartilharam suas experiências em implantação com outros que ainda vão fazê-la. Nestas mesmas sessões foram mostradas soluções da interiorização desenvolvidas aqui no Brasil. Devido ao grande número de interessados, cerca de 500 pessoas, nestas palestras, os congressistas foram transferidos para o auditório maior.
Além da TV digital, outra área de destaque foi a de convergência de tecnologia, discutida na sessão “Convergência: Conteúdo Multiplataforma. Transmídia”, moderada pelo assessor especial da Casa Civil, André Barbosa. Liliana explicou o por quê de o tema ter sido escolhido para o Congresso. “Porque cada vez mais há uma mudança de hábito que é lenta. Cada vez mais a população vive mais tempo e as pessoas mais velhas não mudam de hábito facilmente. Essa mudança é trazida pelas gerações mais jovens, Y e Z, que estão muito acostumadas a trabalhar com três ou quatro telas ao mesmo tempo. Essa questão faz com que os produtos de áudio e vídeo precisem, por exemplo, ser produzidos para televisão e também para multiplataformas. Essa é uma discussão muito especial que precisa ter seu espaço ampliado nos próximos eventos, assim como, os players, que já existem na tela da televisão, e os novos players querendo oferecer conteúdo. Essa é uma discussão que precisa ser discutida, talvez, em eventos específicos promovidos pela SET”.

Também de interesse geral, o assunto espectro foi bastante discutido. De acordo com Liliana, “o espectro está sendo disputado, especialmente, para aplicação wireless, com muitos novos serviços. E tanto no Brasil como nos países que não fizeram a transição tecnológica de TV analógica para TV digital a televisão aberta precisa desse espectro. A discussão gira em torno de como conduzir os novos serviços com os serviços já consolidados, mas que precisam ainda continuar e se modernizar”. Na sessão “Novos pretendentes ao espectro eletromagnético. Como Conviver?” moderada por Fernando Ferreira, diretor de tecnologia do Grupo RBS, os palestrantes convidados – Jarbas Valente, da Anatel, Roberto Pinto Martins, da MiniCom, Paulo Roberto Balduíno, da Synthesis Consultoria, e Ércio Alberto Zilli, da Vivo, concordam que o tema é fundamental sobre todos os pontos de vista, tanto para radiodifusão como para telecomunicações.
Em sua palestra, Roberto Pinto Martins, inspirado em Martin Cooper, falou sobre a evolução do uso do espectro frequência. “O assunto espectro de radiofrequência é hoje uma preocupação de todo mundo. Apesar de toda a evolução tecnológica, da quantidade cada vez maior de informação que é transmitida, ainda se vislumbra uma necessidade crescente do uso do espectro. E a tecnologia tem favorecido isso. Muitos espectros difíceis de serem utilizados no passado, hoje são possíveis. O nosso modelo de transmissão digital, com concessão para transmitir no modo analógico, vai também receber um espectro adicional temporariamente para fazer as transmissões digitais, e obrigatoriamente ela deve ter a mesma cobertura que a do modo analógico. No futuro, a partir do momento que for concluída a transição prevista para meados de 2016, essas faixas de frequência, que não serão mais utilizadas porque não se fará mais transmissão analógica, retornarão ao governo”.

Parcerias de sucesso
No segundo dia do evento, o Ministro das Comunicações, José Artur Filardis, visitou o Congresso e deu sua opinião sobre o momento da TV digital no Brasil e sobre o papel da SET. “Nós estamos com um cronograma muito adiantado, pois recentemente, uma única rede de televisão teve autorização para digitalizar nove localidades. A perspectiva é que isso aconteceria daqui a dois anos. A indústria está respondendo rapidamente e o Brasil virou um atrativo do setor tecnológico, e neste momento é muito importante um evento como este, pois os olhos do mundo estão voltados pra cá. Nós estamos avançando bem com as negociações do sistema brasileiro com outros países e já estamos falando em África. Aos poucos vamos mostrando que o nosso sistema é o melhor que existe, e parte dessas conquistas é graças a SET”.
Para Olímpio Franco, as iniciativas da SET para a edição 2010 foram interessantes e os mercado reagiu muito bem.” Com os ajustes devidos, com certeza elas devem continuar. É importante lembrar que todo esse trabalho é feito com um orçamento e capacitação profissional muito justos. Então, tudo tem que ser feito na medida do pos- sível, pois é um trabalho de parceria”. O professor Carlos Nazareth, diretor de ensino da SET, ficou satisfeito com o resultado da sessão que moderou – Seminário Acadêmico, sob o tema Apresentação de Trabalhos. “Ter mais de 60% da capacidade do auditório atingida pelo público é muito interessante. Ainda há muito o que melhorar, como por exemplo, convidar um radiodifusor de rádio e TV para participar da discussão acadêmico científico. É uma experiência muito importante, que temos que nutrir para os próximos anos, para discutir as tecnologias futuras”.
Para Frederico Nogueira, “o Congresso da SET é o único evento brasileiro onde a engenharia de todo Brasil se reúne para trocar experiências e mostrar quais foram as dificuldades de quem já implantou e ajudar àqueles que ainda não implantaram o sistema digital. As outras oportunidades são trocar informações com pessoas do mundo inteiro e mostrar para todos os cases da implementação da TV digital no Brasil, no Chile, na Argentina e no Japão. O Congresso tem um efeito internacional e nacional”.
Os patrocinadores do evento elogiaram o Congresso e destacaram a importância de patrocinar o evento da SET. Sergio Castillo, diretor geral de vendas, da Building4Media, disse que é imprescindível patrocinar este evento porque o mercado brasileiro é um dos maiores do mundo e a empresa fica em evidência. Para o vice presidente regional da Harris, Nahuel Villegas, “este é o maior evento da América Latina, é um portal da tecnologia. O nível das palestras é muito alto e os temas abordados são muito relevantes. O Congresso da SET é uma escola, onde as pessoas vêm para aprender”. Na opinião de Julio Rocha, diretor comercial da Screen Service, “ao apoiar a SET nós estaremos nos ajudando ao mesmo tempo, pois estaremos fortalecendo a engenharia de radiodifusão do Brasil”. Segundo Mario Evaristo Barros Vilela, diretor industrial, da Ideal Antenas, “o patrocínio é um cartão para os nossos clientes, que gostam de ver que a empresa está crescendo, está cada vez mais infraestruturada e aprimorando os produtos”. Já Eduardo Mendes, diretor da Mendes Holler, avaliou o Congresso como um evento de alto nível técnico tanto dos palestrantes como dos participantes/congressistas. “O público alvo é do segmento de radiodifusão, que está em um momento de modificações estruturais e atualizações tecnológicas. O patrocínio deste evento se mostrou mercadologicamente interessante, atingindo o nosso público alvo”. Sergio Constantino, gerente de broadcasting da Panasonic, completou:”o patrocínio é uma forma de colaborar com o desenvolvimento e expansão da indústria de televisão no Brasil, ajudando a fomentar o conhecimento técnico para o mercado com tecnologias de última geração”.
Na opinião de Dante Conti, diretor da Trans-Tel, existem dois aspectos fundamentais ao redor do patrocínio do Congresso da SET. Primeiro a visibilidade da entidade junto aos profissionais e empresas do segmento é de valor e alcance incontestáveis. Segundo, a importância e qualidade do Congresso no setor são únicos. Para o diretor da Sony, Luiz Padilha, “a parceria com a SET é importante, pois cria a possibilidade de termos uma visão mais criteriosa do mercado, ter soluções de vários tipos de regulamentações. Tudo isso ajuda no desenvolvimento do mercado”. O diretor da Brasvideo, Wagner Mancz, afirma que, “ser parceiro da SET é muito positivo pois a entidade representa a evolução tecnológica do mercado brasileiro”. O diretor da Unisat, José Raimundo Cristóvam, acredita que, “hoje mais do que nunca, se faz necessário olho no nosso mercado, pois vários empresários e organizações de outros países participam do Congresso”.
Para José Marcos Freire, diretor geral da Tecsys, “o evento da SET traz para indústria nacional todo o conhecimento que nós precisamos para manter nossa engenharia trabalhando. É neste Congresso que nós recebemos, trazemos e apresentamos informações nas palestras”. O professor Carlos Nazareth lembra que, “mais do que uma necessidade do Inatel apoiar todos esses congressos e eventos ligados a radiodifusão, é um prazer muito grande fazer parte da comunidade e contribuir o máximo possível tanto no aspecto mercadológico como no aspecto acadêmico científico”. Lembrado pela coordenadora de desenvolvimento de cursos na área audiovisual, Aidê Rabelo, “o apoio dado pelo SENAC também é uma forma de aproximar a instituição de seus clientes”.
A cobertura ao vivo do evento, passada num telão de LED no salão principal, foi um trabalho em parceria entre a SET com a produtora Produção Profissional responsável pela captação de conteúdo e a Jotaeme fornecedora do equipamento e os técnicos para transmissão. No painel, além das entrevistas, eram inseridos flashes do evento. De acordo com o diretor executivo, da Jotaeme, Miltinho Urcioli, “o evento tem se aprimorado a cada ano. Sempre discutindo novas tendências e tecnologias. A SET está de parabéns!”

Patrocinadores do congresso
PLATINA OURO PRATA BRONZE APOIO EDUCACIONAL
REDETV – AD DIGITAL – SUBWAY TRANSTEL – HARRIS – BRASVIDEO – SONY – PANASONIC – RECORD – TECSYS – DIELETRIC – SBT – IDEAL – GLOBO – CANAIS GLOBOSAT SCREEN SERVICE – JOTAEME – PHASE – SES WORLD SKIES INATEL – UNISAT – SENNHEISER – MENDES HOLLER ENG. SENAC

 

Com o objetivo de se aproximar ainda mais dos Institutos de Pesquisa, a SET criou mais um espaço para as apresentações das pesquisas acadêmicas. O Concurso Inovação, realizado no terceiro dia de Congresso, foi muito bem desenvolvido. De acordo com o moderador David Britto o concurso representa a aproximação da SET com o mercado de empreendedorismo, a fim de conhecer o que as pessoas estão fazendo e, que eventualmente, não tem oportunidade de mostrar. “Nós tivemos um retorno muito positivo pelo concurso. Houve um interesse tanto do ponto de vista do empreendedorismo, quanto da inovação e academia em apresentar seus trabalhos sobre a interatividade”.
O público foi bastante participativo se interessando pelos temas, fazendo perguntas e ajudando a escolher os vencedores através do voto aberto. O painel foi moderado pelo David Britto, que também fez parte da banca julgadora formada pelos profissionais: Raymundo Barros, da TV Globo, Vinícius Oppido, da Rede Globo São Paulo, Amaury Silva, do SBT, e Fabio Angeli, da Rede Record. O concurso teve três categorias – Melhor Conceito, Melhor Produto e Melhor Inovação – e oito propostas estiveram entre as finalistas.
Na categoria Melhor Conceito de trabalho de pesquisa o prêmio foi para a proposta Telejornal: Roteiro Hipermidiático para Telejornal. Apresentado pelo professor do departamento de comunicação social da Universidade Federal do Maranhão, Marcio Carneiro dos Santos, o projeto da professora Patrícia Azambuja surgiu a partir de um trabalho de alunos da disciplina de mídias digitais. “Para nós, a interatividade não pode ser um assunto somente técnico, de Tecnologia da Informação, ela deve integrar equipes multidisciplinares como o designer, o comunicador e o técnico. O projeto é um experimento que tem como objetivo ajudar o desenvolvimento da interativa através de um aplicativo interativo em Ginga, que apresenta diversos serviços de governo ligados à Área de Previdência Social”.
Na categoria Melhor Produto tendo em vista o resultado de empreendedorismo inovador, o vencedor foi o projeto TV digital – Social, da Dataprev, apresentado pelo gerente de serviço de produtos livres, Edson Castilhos. “O objetivo do nosso projeto é a inclusão social em todo Brasil através da TV digital, trazendo informações interativas pela televisão. É muito importante receber um prêmio da SET, porque é um indicativo de que estamos no caminho certo, que temos um bom produto. Desde que começamos a trabalhar com interatividade nós acompanhamos a SET e vemos o quanto ela é importante para o mercado de televisão”.
O prêmio de Melhor Inovação foi para o projeto Roda dos Gêneros, que é uma ferramenta da interatividade que possibilita ao telespectador escolher o seu programa de acordo com o seu interesse. “Todo o projeto foi desenvolvido de maneira colaborativa. O princípio, que é a base teórica da comunicação dos gêneros e dos formatos, foi desenvolvido por mim e a parte do Ginga foi desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para nós o prêmio da SET consolida a nossa visão e esperamos alavancar esse projeto para que ele chegue a casa dos brasileiros. O prêmio é muito importante para validar um produto que está sendo apresentado para o mercado.”, festeja o consultor da expansão de rede do SEBRAE – SP, José Carlos Aronchi.

 

E o Prêmio vai para… Foi com esta frase que os convidados para entregar o Prêmio SET divulgavam os vencedores após a abertura dos envelopes. A premiação aconteceu no segundo dia do evento, durante o coquetel de boas vindas aos congressistas. Na cerimônia de entrega, a presidente da SET, Liliana Nakonechnyj falou da alegria de todos da SET em tornar este prêmio, enfim, uma realidade. Ela chamou ao palco o coordenador e idealizador do Prêmio, o diretor de marketing, eleito para o biênio 2010/2012, Claudio Younis, que agradeceu a participação de todos os participantes e avisou: “para o próximo ano terão novidades e as sugestões serão bem vindas”.
Foram premiados empresas e profissionais ligados ao setor de engenharia da TV e de radiodifusão por atuações de destaque. A premiação possui sete categorias – cinco ligadas à área de tecnologia e as outras duas ligadas a ações para a SET. Os vencedores foram escolhidos através de votação realizada no site da entidade. Os premiados foram agraciados com um troféu.

Confira abaixo os vencedores da premiação:
Melhor Lançamento de Transmissão e/ou Recepção.
O sistema SFN, da Linear, foi o escolhido e o vicepresidente da SET, Olímpio Franco, entregou o Prêmio para o diretor da Linear, Carlos Fructuoso. “Esse Prêmio é a consolidação de um trabalho de muito tempo e é um incentivo para a criação de novos produtos para ganhar o prêmio no próximo ano de novo. O sistema SFN é uma solução para rede de frequência única, economizando os canais que fazem parte do espectro”.

Melhor Lançamento de Produção e Pós Produção
A Câmera F35, da Sony Brasil, foi a vencedora. O diretor da Sony, Luiz Padilha, recebeu o Prêmio das mãos de Renato Guedes, gerente comercial, e do diretor técnico, o engenheiro Sergio Augusto do Rego Junior, ambos da Subway, representando o presidente da empresa, Arnould Eugenio Correio. “É um privilégio sermos os primeiros a receber este Prêmio da SET. É muito importante termos o reconhecimento do nosso produto, que é uma câmera focada num nível de produção bastante sofisticado. O conceito dela é produzir televisão com “look” de cinema“.

Categoria Jornalismo/Esporte
A câmera Tricaster HD TCXD300, foi considerada a melhor e o diretor Kazuyiki Tsurukani, da Imovix, recebeu o troféu das mãos do diretor Ermenegildo Antunes, representando o presidente da Rede TV, Almicare Dallevo. “Com a câmera slow motion da Imovix é possível mostrar outras dimensões ricas em detalhes. Em eventos esportivos é possível mostrar a deformação da bola e a fisionomia do atleta na hora de cobrar um pênalti”.

Melhor lançamento em Inovação Tecnológica para TV digital
O Compressor BTS, da Tecsys, faturou o troféu recebido pelo diretor José Marcos, da Tecsys, das mãos do diretor de tecnologia da SET, Raymundo Barros. “Eu agradeço a toda equipe SET pelo trabalho e pela dedicação à televisão brasileira. Agradeço a equipe de engenharia e o engenheiro Rodolfo, pelo projeto do compressor BTS que é o desenvolvimento de um logaritmo que tem a capacidade de comprimir os sinais do BTS e trafegar no satélite com redução de custo. Este produto garante a qualidade, reduz custo e viabiliza pequenas cidades a ter TV digital”.

Melhor Projeto em Novas Mídias
O Projeto TV Digital Rural da Rede Globo ganhou o prêmio e o diretor Sergio Castilho, da Building Four Media, entregou o troféu ao gerente de operações e pós produção, Paulo Henrique de Castro, representante da equipe da área de tecnologia de transmissão da Rede Globo. “Com este projeto as áreas rurais, que são muito difíceis de atingir com transmissor terrestre em função da equação econômica, com apenas uma casa, terão acesso de qualidade à programação regional. O projeto começou no Rio de Janeiro, agora está na região sul e aos poucos queremos levá-lo para o Brasil inteiro. O prêmio é um incentivo para pessoas inovarem e mostrarem as suas criações”.

Melhor Apresentação do Congresso em 2009
TV Estereoscópica 3D: Da Captação à Casa do Espectador, de José Dias foi o vencedor da categoria. Parabenizando a atual diretoria da SET pelo empenho e realização do Prêmio, o fundador e primeiro presidente da SET, Adilson Pontes Malta, entregou o troféu a Liliana Nakonechnyj que representou o colega de emissora José Dias. Por e-mail, o diretor de multimídia da TV Globo, José Dias, agradeceu a premiação. “É um prazer contribuir com a história da televisão brasileira e participar da Sociedade de Engenharia de Televisão. Fico muito honrado em receber o primeiro Prêmio SET e feliz com a iniciativa da entidade em apoiar os seus colaboradores, criando um “Emmy Award da TV Brasileira” ”.

Melhor artigo publicado na Revista SET
Sob o tema Sistema de TV de Ultra Alta Definição, Alberto Paduan, recebeu o prêmio das mãos de Claudio Younis, diretor de marketing da SET. “Estou muito orgulhoso de receber o primeiro Prêmio SET. Escrever essa série de artigos sobre a Televisão de Ultra Alta Definição (UHDTV), uma tecnologia que eu venho perseguindo e estudando em vários congressos internacionais, foi a forma que eu encontrei para compartilhar o que aprendi. Mas acho que o gratificante mesmo foi ter sido indicado e escolhido por pessoas com conhecimentos técnicos admiráveis com os quais tenho a honra de co-participar na Sociedade de Engenharia de Televisão”.

“A premiação foi muito bem conduzida e eu acredito que agora que começou não vai parar mais. Nós temos que fazer alguns ajustes, mas por ser a primeira, foi um sucesso. Para os próximos nós queremos criar novas categorias e anteceder o lançamento para aumentar o número da votação de sócios”, concluiu a presidente da SET.

Através de seus representantes, o presidente da Subway, Arnould Eugenio Correio, disse que é um prazer patrocinar um evento como este e homenagear os destaques da indústria da radiodifusão. A nossa empresa é uma entusiasta e fã incondicional da SET e dos profissionais do setor, pelo trabalho extraordinário, empreendedor e de vanguarda, que coloca o Brasil nos mais altos níveis de discussão, pesquisa, resultados nos negócios, produção e televisão, gerando mais emprego, mais progresso e mais representatividade para nosso país”.
A diretora executiva da AD-Digital, Daniela Souza, também destacou a importância de ser um patrocinador com maior destaque. “Com a criação do Prêmio surgiu uma nova categoria de patrocinador com um destaque mais glamoroso, que é o patrocínio Platina. Existem apenas três cotas e é o que o torna especial. Eu achei a visibilidade para a empresa fantástica e o tipo de divulgação também. A SET contratou uma empresa para fazer uma nova comunicação visual, criando um novo aspecto da imagem. Eu já quero assegurar minha conta para o ano que vem”.

Passeando pela feira e conversando com os expositores é fácil perceber que eles compartilham da mesma opinião sobre a Broadcast & Cable. “É uma feira muito importante para o setor de radiodifusão. Aqui podemos fazer negócios bem sucedidos, encontramos nossos clientes, mostramos nossos produtos, divulgamos nossa empresa, vendemos nossas idéias, aprendemos com nossos concorrentes, vislumbramos produtos melhores e entramos em contato com o mercado internacional também”.
Segundo o vice-presidente da SET, Olímpio Franco, “a feira está crescendo, os estandes estavam muito bem montados, com diversidade de grandes e pequenas empresas locais e estrangeiras. Para o próximo ano, nós percebemos que a feira precisa de um espaço físico maior”. Há dois meses do evento havia fila de espera para locar um espaço no Centro de Exposições Imigrantes.
A feira foi um sucesso e superou os números da edição passada. Considerado o maior evento de tecnologia, serviços e equipamentos de TV, radiodifusão e telecomunicações da América Latina, a 19ª edição do evento consagrou-se a maior de todos os tempos. Ao todo, foram 169 empresas expositoras, 50 delas internacionais e cerca de 11 mil visitantes. Como em todos os anos, o evento aconteceu em paralelo com o Congresso SET e com o FIICAV – Seminário Internacional de Negócios em Cinema e Audiovisual.
As delegações coreana e chinesa se destacaram em um pavilhão especial para expor seus produtos. Para Cloud Lou, gerente comercial da Chang Hong, empresa chinesa que participa do evento pela segunda vez, o Brasil é um mercado em franca expansão e por isso deve ser seriamente considerado. “Trata-se do país com maior potencial na América Latina, por isso a importância de estarmos aqui apresentando nossas soluções”, explicou.
O que pôde ser verificado neste ano foi uma maior confiança dos executivos e uma maior rotatividade de negócios, além do fato de a TV digital estar definitivamente bem avançada no Brasil. “A implantação do sistema digital no país nos trouxe oportunidades excelentes nesta edição”, comemorou Carlos Alberto Fructuoso, diretor administrativo da Linear, empresa que fechou a venda de 17 transmissores de sinal digital para a Rede Vida de Televisão.
Segundo o vice presidente da Ses Word Skies, Jurandir Pitsch, “o evento da SET e a feira Broadcast & Cable são os principais eventos do ano, na América Latina, e os que mais trazem retorno de negócios para a empresa. Eles servem como termômetro de mercado. Mais do que em outros anos, o mercado está bastante otimista, nós já fechamos vários negócios aqui”. A novidade da SES na feira foi um satélite que será lançado em junho de 2011. “Considerado um dos maiores satélites já fabricados, ele vai dobrar a capacidade de freqüência adicional na região”, conta Jurandir.
No estande da Harris, os visitantes puderam conferir o o primeiro transmissor de TV digital produzido no Brasil. “Trata-se do transmissor da série Maxiva UAX, compacto, com consumo de energia baixo e alta tecnologia. Ele é um produto cadastrado no BNDES”, explica o gerente comercial da Harris, Felipe Luna.
Um dos estandes mais balados da feira foi o da Sony. As imagens em 3D exibidas em um telão e em monitores menores eram impressionantes. Em uma área de 264 m² a empresa levou a solução completa em três dimensões, tanto para vídeo game, quanto para exibições diversas, englobando a captação, transmissão e a exibição de imagens nesse formato. Utilizando a câmera HDC-P1, os visitantes puderam ter a sensação de como é produzir imagens com esta tecnologia.
No segmento de antenas, a Dielectric, Transtel e Ideal apresentaram suas novidades. Entre elas: A Dielectric mostrou sua linha de antenas de transmissão de TV digital com polarização elíptica e horizontal, além de antenas de transmissão em FM digital. A Transtel levou sua linha de antenas na faixa de UHF para transmissão de TV digital com polarização horizontal, vertical e elíptica. A Ideal apresentou um painel de dipolos circulares na faixa de frequência UHF (Canal 14 e 69) projetado para transmitir várias portadoras de serviços de TV em alta definição (HDTV).
Nos estandes institucionais, o SENAC, CTIC, Inatel e Unisat promoveram a importância de agregar valores aos profissionais da área. No estande do SENAC foram promovidas palestras do segmento audiovisual e também talk show. Criado pelo governo federal para desenvolver a competência nacional para inovação em comunicação digital, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação levou para seu espaço os projetos fomentados pela instituição: Protic, GingaFrEvo, GingaRAP, ALTATV, H.264-SETUP, SIRDAI, SoC-SBTVD e STB-SCAN. O Inatel apresentou através de seu Inatel Competence Center cursos de treinamentos de curta duração em diversas áreas ligadas à Tecnologia da Informação e Comunicação. A Unisat mostrou o teor de seus cursos de treinamento abertos ou in company.
A Panasonic, celebrando seu 41º aniversário, levou para feira uma gama de produtos de vídeo profissional, inclusive com tecnologia 3D. Entre os lançamentos estão as Camcorders AG-HPX370 e AG-HMC40, cartões P2, a câmera econômica AW-HE870 e as soluções completas para geração de produção 3D.
A fabricante de transmissores, Screen Service, apresentou transmissores dual mode de alta potência – 6000 W digital e 20000 W analógico – ideais para emissoras que já investem em sua planta de transmissão, mas que ainda não migraram para o padrão ISDBT B. No estande da Tecsys era possível encontrar moduladores e encoders para o sistema digital. O destaque era para o modulador digital ISDB-TB indicado para transmissão de TV digital terrestre, que possui duas entradas ASI que podem receber TS ou BTS.
A AD-Digital juntamente com a Building4Media receberam seus clientes em uma área vip para mostrar o suporte que a empresa oferece aos seus clientes, bem como, garantir a definição conceitual do sistema e elaborar os projetos e especificações executivas. A Building4Media apresentou ainda as soluções de software FORK. A Brasvídeo divulgou suas novidades em hardware e software, entre eles, o Miranda que tem alto desempenho para atender aos desafios da nova era digital, alta definição e TV móvel.
Para finalizar José Carlos Mascarenhas diretor da Certame e responsável pela organização da feira, afirma que as perspectivas para os próximos anos são muito otimistas. “Esperamos que a feira cresça ainda mais, pois o Brasil estará no centro das atenções mundiais pelos próximos seis anos com a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Esses dois eventos certamente gerarão um crescente interesse, sobretudo estrangeiro, no mercado brasileiro, e a Broadcast & Cable é a maior vitrine do setor de equipamentos para captação e transmissão televisiva no Brasil. Este ano a feira bateu recorde de participação de expositores, com o preenchimento total da área de exposição e estamos estudando meios de disponibilizar mais espaços para que nenhuma empresa fique de fora”.
Dando apoio continuado ao sistema brasileiro de transmissão digital, as instalações do Congresso SET abrigaram a reunião do Fórum ISDB (Integrated Services Digital Broadcasting) Internacional promovida em conjunto pelo Fórum SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre) e pelo Governo brasileiro. Durante a reunião, o presidente do Fórum Nacional, Frederico Nogueira foi eleito, por unanimidade, também, o presidente interino do Fórum Internacional até março de 2011.
A reunião serviu para determinar as primeiras diretrizes para o funcionamento do Fórum ISDB Internacional, que tem como objetivo principal a harmonização das principais especificações técnica de cada país bem como desenvolvimento e suporte das tecnologias e especificações ISDB. Estiveram presentes no encontro representantes de nove dos onze países que adotaram o sistema ISDBT B – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Japão, Paraguai, Venezuela, faltando apenas Filipinas e Peru – e alguns participantes de outros países interessados no padrão, entre eles Angola, Guiné Bissau, Haiti e Nicarágua.
Segundo o embaixador Hadil da Rocha Vianna, diretor do departamento de temas científicos e tecnológicos do Itamaraty, “esta reunião deu continuidade às duas primeiras reuniões, que aconteceram em Lima, em 2009, e em Buenos Aires, em maio deste ano. Há dois anos, somente Brasil e Japão tinham adotado esse sistema e, hoje, já são 11 países no mundo inteiro, que totalizam cerca de 550 mil usuários”.
O encontro teve um balanço positivo, pois foram aceitas todas as propostas apresentadas pelo Brasil para estruturação e funcionamento do Fórum ISDB Internacional. A entidade terá muito trabalho pela frente, pois além das diretrizes de normatização, o Fórum deverá prover documentação de referência que complemente a implementação original em todos os países que adotarem o sistema ISDB-TB. O Grupo de Trabalho, composto por representantes governamentais, presidido pela Argentina, se encarregará de discutir a formação de um outro fórum formado exclusivamente por representantes dos governos, para tratar questões de caráter mais político.
O presidente interino eleito, Frederico Nogueira, está otimista com os trabalhos, que deverá realizar no Fórum Internacional, e com os que já realizou no Fórum Nacional. “As minhas perspectivas no Fórum Internacional são de trabalhar rapidamente na harmonização das normas. No Fórum Nacional é continuar o trabalho efetivo de divulgação do sistema – iremos à África, em breve, para mais uma visita de convencimento dos países africanos – trabalhar internamente com a divulgação das vantagens da TV digital, e concluir o meu mandato que acaba agora em novembro com a eleição do novo presidente. Acho que deixamos um legado interessante do ponto de vista de divulgação nacional e internacional do sistema, do fechamento da questão da especificação do Ginga e de tê-lo já nas lojas”.
A última geração de conversores, televisores e celulares com Ginga puderam ser conferidos no estande do Fórum SBTVD. Também coordenadora do Módulo de Promoção do Fórum, Liliana Nakonechnyj destaca a interatividade como a funcionalidade do momento quando se fala em TV digital. Isso pôde ser conferido nos televisores integrados da Samsung e LG. No tocante à mobilidade, a novidade ficou a cargo dos celulares equipados com o Ginga e dos aplicativos para a interatividade. Durante todo o evento, nos monitores do estande passavam filmes publicitários sobre a interatividade que despertaram a curiosidade de todos os visitantes.
Gilmara Gelinski é editora para esta edição da Revista SET – email: [email protected]
Entre as novas aplicações da TV digital está a transmissão de informações e dados simultaneamente à programação. Com isto, é possível, por exemplo, que um fã de futebol saiba, em um toque no controle remoto, informações sobre os times em campo ou sobre a última rodada do campeonato.
A expectativa pelo lançamento da interatividade na TV digital acompanhou todo o trabalho de especificação da tecnologia desenvolvido ao longo dos últimos 30 meses. Por se tratar de um recurso não disponível na TV analógica, essa expectativa é também compartilhada com o telespectador, já que para muitos é uma forma completamente nova de entretenimento, informação e inclusão digital.
O middleware é uma camada de software intermediária, entre o sistema operacional e as aplicações. Ele tem duas funções principais: uma é tornar as aplicações independentes do sistema operacional da plataforma de hardware utilizado. A outra é oferecer melhor suporte ao desenvolvimento de aplicações, ou seja, é responsável por dar suporte à interatividade. O middleware consiste de linguagens e bibliotecas cuja função é possibilitar que aplicações possam ser escritas de modo mais independente possível do hardware e do sistema operacional, permitindo que a mesma aplicação seja executada em diferentes equipamentos receptores. A interatividade permitirá ao telespectador acessar conteúdos adicionais, interagir através de enquetes, votações, acessar serviços de utilidade pública, tudo através do controle remoto e do televisor.
As normas de interatividade definem as ferramentas para que os provedores de conteúdo comecem a enriquecer a programação com informações adicionais. Também definem os recursos a serem incorporados aos receptores para que desempenhem as funções de interatividade. A arquitetura do middleware brasileiro combina um núcleo comum, um ambiente declarativo baseado na linguagem NCL e um ambiente imperativo baseado em Java. Além da arquitetura básica do software, a norma também determina perfis para a interatividade. Os perfis determinam, fundamentalmente, o tipo de recurso, ou seja, de mídia, que poderá ser incluída em uma aplicação. O perfil A inclui textos, gráficos, imagens e clipes de áudio. O perfil B inclui todas as mídias do perfil A e ainda permite que as aplicações sejam enriquecidas por clipes de vídeo.
A especificação da interatividade representou o maior desafio dos especialistas do Fórum SBTVD e da Comissão ABNT/CEE-85 desde sua constituição e só foi possível com o amadurecimento dos trabalhos de normatização que já duram três anos. O grau de inovação das tecnologias, envolvidas nessa especificação, é maior do que qualquer outra desenvolvida pela comissão e o resultado muito recompensador. A comissão consolidou um conjunto de ferramentas poderosas, robustas e flexíveis e assegurou que as inovações brasileiras incorporadas à Norma são gratuitas, permitindo a fabricação de televisores e/ou conversores com custo mais acessível, uma vez que o preço final do software será menor.
O lançamento da interatividade é quase tão complexo quanto o lançamento da TV digital e requer adaptações em toda a cadeia de valor desde a produção de conteúdo, sua transmissão, até os próprios receptores. Sem dúvida, ainda, será necessário um aprendizado para que essa nova ferramenta possa ser explorada em toda sua potencialidade, mas, apesar de recente, essa tecnologia já começa a chegar ao telespectador através dos televisores que começam a ser comercializados e podem ser identificados no varejo pela marca DTVi.
A interatividade é uma funcionalidade da TV digital, disponível apenas nas TVs ou receptores digitais identificados com a marca DTVi. Isto é, para acessar os aplicativos transmitidos pelos radiodifusores é essencial que seja adquirida uma TV ou receptor digital que tenha o middleware brasileiro embarcado. Atualmente, a LG e a Sony já comercializam televisores integrados com esse recurso. A interatividade também já está disponível em terminais one-seg específicos, como é o caso de alguns Smartphones, da Nokia, e o Scarlet II, da LG.
Mas não confunda! Algumas TVs por assinatura dispõem de recursos de interatividade, porém, utilizando uma tecnologia diferente da empregada na TV digital. No momento as aplicações interativas da TV digital não estão disponíveis aos assinantes de serviços de TV por assinatura.
As emissoras brasileiras já têm uma série de iniciativas nesta área, tendo desenvolvido aplicativos para diversos programas. A disponibilidade da aplicação interativa é percebida pelo telespectador através de um ícone “i” na tela. Sempre que esse ícone estiver disponível a aplicação pode ser inicializada a qualquer momento através do controle remoto, o qual é utilizado também para navegar e acessar os diversos conteúdos da aplicação.
Ana Eliza é Gerente de Engenharia da TV Globo e Coordenadora do Módulo Técnico do Fórum SBTVD. e-mail: [email protected]
O Congresso da SET e a Feira Broadcast & Cable não deixaram dúvidas de qual será a aposta do mercado de transmissão aberta digital de televisão: a tecnologia 3D. A transmissão de TV digital, no Brasil, ainda está no período de maturação, estamos no período de introdução efetiva dos recursos de interatividade e os engenheiros de televisão já planejam como será a introdução da tecnologia 3D na casa do consumidor.
A exibição 3D em cinema tem uma fatia pequena do mercado em relação ao cinema 2D, mas, se compararmos a bilheteria, a exibição em salas de cinema 3D é mais lucrativa. Observemos o exemplo do filme “Chicken Little”, que produziu na média 64 mil dólares por tela em 2D, contra 94 mil dólares por tela em 3D. A partir desses números podemos concluir que o consumidor americano está disposto a investir alguns dólares a mais para conhecer a novidade tecnológica e, consequentemente, entendê-la como um produto de maior qualidade.
A indústria cinematográfica contribuiu para o crescimento desse mercado com muitos lançamentos de filmes em 3D nos anos de 2009 e 2010, mas além de longas metragem, a indústria aposta na exibição, em salas de cinema 3D, de outros eventos como: transmissões esportivas ao vivo, NFL, NBA, Boxe, X Games, e shows como das bandas U2 e Jonas Brothers, sucesso de bilheteria em 2009.
Com a consolidação do 3D em salas de cinema caminhando a passos largos, o desafio do momento é levar essa tecnologia para a casa dos telespectadores. Os consumidores brasileiros há pouco tempo adquiriram televisores Full HD e por esse motivo relutam em investir em novos equipamentos. Há também a percepção por parte dos consumidores de que existe pouca oferta de filmes e conteúdos em 3D, comparado ao alto custo do equipamento.
Contudo, a Sony aposta em transmissões de TV 3D e vai lançar até o final do ano, nos Estados Unidos, o primeiro canal com conteúdo 100% 3D. No Brasil já foram feitas experiências de transmissões ao vivo em 3D com resultados satisfatórios. Dois exemplos relevantes são a transmissão do carnaval feita pela Rede Globo de Televisão e a Fórmula Indy, etapa de São Paulo, realizada pela Rede Bandeirantes de Televisão, ambas as transmissões para os Estados Unidos. Segundo Luciano Bottura, da Sony, é muito importante fazer testes de convergência, transmissões experimentais e adquirir knowhow, porque “produzir em 3D é fácil, o difícil é produzir em 3D com excelência.
Para o consumidor receber em casa o sinal de TV digital em 3D e usufruir de DVD’s Blu-Ray com essa tecnologia, é preciso que esse consumidor entenda a cadeia de valores referente à tecnologia 3D para uso doméstico, com a aquisição de equipamentos como TV 3D, reprodutor de DVD Blu-Ray 3D, além de sistema de Som 5.1 e óculos 3D adicionais para atender a toda família.
Na visão da Sony para que o consumidor experimente com excelência o 3D em casa é preciso que o faça com óculos. A Sony entende que o principal atributo da tecnologia 3D é a profundidade e a perspectiva, e não os pop-up’s pulando da tela, mesmo porque isso não corresponde à realidade.
Em produções cinematográficas é possível usar câmeras e equipamentos para produção em 3D pouco portáteis e de operação complexa, como foi o caso da câmera usada para a produção do filme Avatar, uma Pace Fusion desenvolvida em parceria entre a Sony e a produção do filme. O desenvolvimento de câmeras 3D portáteis, que resolvam os problemas de pontos de convergência existentes hoje, pode viabilizar as transmissões e agilizar a produção diária e ao vivo de TV.
A tendência do mercado 3D caseiro é ter uma curva de crescimento bastante íngreme nos próximos meses. Esse crescimento pode acontecer a partir do lançamento de câmeras fotográficas digitais e câmeras de vídeo Handycam com tecnologia 3D. O consumidor entenderá que é razoável investir em equipamentos 3D a partir do momento em que ele consiga assistir a filmes e eventos ao vivo na TV, com oferta razoável de títulos e transmissões, e possa jogar videogames e assistir seus filmes caseiros, além de ver fotogra- fias de sua família com essa tecnologia.
A tecnologia de players 3D já está na casa de muitas famílias brasileiras. O Playstation 3, da Sony, pode rodar jogos 2D e 3D, e o consumidor, que já possui o game, não precisa adquirir um novo equipamento, basta fazer o download de dois firmwares no site da Sony e atualizar seu equipamento. O principal atributo desse game é que, além, de rodar os jogos em 3D ele pode rodar filmes em 3D, ou seja, quem tem um Playstation 3, tem um player de filmes 3D.
De acordo com Gustavo Marra, da globo.com, o grande desafio para o 3D na TV aberta é a produção, produção, o problema a ser resolvido é como adotar planos de câmera para HD e 3D. Gustavo afirma que, “adequar os enquadramentos para câmeras 3D é uma necessidade, só assim serão evitados os problemas da transmissão 3D da Copa do Mundo de 2010. Enquanto a transmissão HD foi espetacular, em termos de qualidade de imagem, enquadramentos e super slow-motion, a transmissão em 3D, com enquadramentos diferenciados em relação à transmissão HD e com câmeras mais baixas, deixou a impressão de uma perda da história do jogo, táticas e esquemas, que no caso específico do futebol são percebidos em enquadramentos de plano geral. Tal recurso é pouco usado em transmissões 3D por diminuir muito a percepção de profundidade e perspectiva.
O consumidor brasileiro, além de investir na compra de equipamentos para ter em casa a tecnologia 3D, terá que se adaptar a uma nova forma de assistir televisão, conforme comenta Orlando Barrozo da revista Home Theater, “os óculos 3D no cinema são uma tecnologia usada eventualmente. Nesse caso os consumidores ficam com os óculos duas ou três horas. Mas, em casa os óculos tornamse um empecilho. Quando o consumidor estiver assistindo TV 3D com óculos ativos, poderá ficar complicado conversar enquanto assistem TV. Isso é inevitável. Em casa, não há a mesma concentração na tela como na sala de cinema. Os óculos podem se tornar algo desconfortável”. Por isso, na opinião de Orlando a popularização do 3D na casa dos consumidores esbarra na obrigatoriedade do uso de óculos. Orlando ainda salienta que, “além dos possíveis desconfortos causados pelos óculos, enquanto não houver a oferta regular de programas e transmissões em 3D, dificilmente os consumidores brasileiros investirão em novos equipamentos”.
Todavia, consumidores que ainda não adquiriam equipamentos Full HD devem ser convencidos por meio de campanhas de esclarecimento que os televisores com tecnologia 3D são melhores, porque além de embarcarem a tecnologia 3D são a melhor opção tecnológica para assistir TV e filmes em Blu-Ray 2D.
A indústria americana estima que em 2010, 2% dos lares terão TV 3D. Em 2011, esse índice deve subir para 4%. A perspectiva é que até 2017, 27 milhões de lares americanos, em um universo de 114 milhões de lares, tenham TV 3D.
Moacyr é especialista em TV digital e professor da Universidade Metodista e Faculdades Anhanguera. e-mail: [email protected]
Durante o Congresso Brasileiro de Engenharia de Televisão SET 2010, aconteceu o painel denominado Saúde e Segurança – Você está preparado? moderado por Alberto Paduan e composto pelos temas Radiações Não Ionizantes, Radiações Ultra-Violeta e Luminárias HMI. Considerando, que o painel técnico não era técnico, a participação foi representativa.
O primeiro palestrante, Carlos de Almeida Carvalho, profissional da área de segurança da empresa Zell Ambiental fez uma apresentação conceituando a RNI (Radiação Não Ionizante), suas fontes, bandas e aplicações e abordando seus efeitos biológicos. Mostrou também como se deve proceder para a correta prevenção de acidentes e doenças que esse tipo de radiação pode provocar.
A segunda palestra foi de Mike Jones, responsável pelas vendas da ARRI na Costa Oeste, e pela solução de problemas com produtos, pelo desenvolvimento de novos produtos e pelo treinamento técnico para todas as Américas. Jones falou sobre a utilização das luminárias do tipo HMI, os problemas que elas podem provocar quando utilizadas de forma incorreta e de como devem ser utilizadas para obter o melhor aproveitamento das suas características com segurança.
O pesquisador, Fábio Tadashi Nazima do CPqD, que trabalha no desenvolvimento e serviços nas áreas de Radiação Não Ionizante, comunicação sem fio e no setor elétrico, mostrou em seu painel uma apresentação sobre a capacitação do CPqD nas medidas e cálculos da RNI e sobre as legislações federais que regulamentam os limites de exposição a ela. Apresentou ainda resultados de algumas medições realizadas em sistemas de telecomunicações e radiodifusão.
Em seguida, Antonio Francisco Gentil, do Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), falou sobre os aspectos ópticos, resposta actínica, grandezas vinculadas à avaliação ocupacional e as atividades do IPT nessa área. Apresentou os limites ocupacionais de exposição à radiação UV (Ultra Violeta) e a aplicabilidade da legislação. Mostrou também como se identificam as potenciais fontes emissoras desse tipo de radiação e as ações para mitigação de riscos relativos à ela.
Na sequência, a apresentação coube a uma equipe de três funcionários da TV Globo do Rio de Janeiro, composta por Carlos Freire Ferreira Lobo, Gerente de Operações de Engenharia de Jornalismo e Esportes, Niaracir Hans Pestana de Campos, Engenheira de Segurança do Trabalho, e Sender Rocha dos Santos, que atua na área de suporte e manutenção eletromecânica e integra o grupo de desenvolvimento de projetos especiais para eventos da emissora. O grupo dissertou sobre as luminárias HMI, que emitem radiações ultravioletas e podem causar danos à pele e à córnea, como medir essa radiação e como avaliar o tempo de exposição seguro à elas. Falaram ainda sobre o tempo de exposição máximo associado a uma luminária HMI, sobre a distância segura para se trabalhar com esses refletores e recomendações práticas para utilização dessas luminárias em gravações. Para finalizar, falaram sobre as normas vigentes na Europa para exposições à radiação UV, sobre seus riscos, limites de tolerância e recomendações nacionais e internacionais.
O painel foi encerrado com uma pequena etapa de questionamentos e a plena certeza de que as palestras apresentaram informações muito importantes relativas ao tema que propiciarão grandes benefícios aos profissionais da área de televisão.
Francisco Sérgio é Engenheiro de Projetos da TV Cultura de São Paulo e membro do Comitê Editorial da Revista da SET. e-mail: [email protected]
O canal de interatividade é um meio de distribuição e de informação que possibilita ao radiodifusor inserir à sua programação linear uma série de conteúdos adicionais com o intuito de enriquecer a experiência do telespectador. O conceito por trás do sistema estabelece um meio de comunicação bidirecional onde o downlink da aplicação interativa e as informações de interesse geral são transmitidos pelo canal broadcast e as requisições do usuário final trafegam pela infraestrutura de telecom, independente da rede.
Para garantir a recepção das aplicações, os radiodifusores precisam transmitir os dados em ciclos periódicos dentro da taxa de bits alocada para o serviço. Esse processo de comunicação é controlado pelo DSM-CC (Digital Storage Media Command and Control), padronizado pelo MPEG-2 Parte 6 que especifica um modelo cliente/servidor sobre uma determinada rede. A massa de dados transmitida é dividida em pacotes e, através de mensagens de controle, o receptor sabe quais pacotes ele recebeu e quais ele precisa receber para compor ou atualizar uma aplicação em execução.
O grande diferencial da interatividade brasileira está no middleware. O padrão brasileiro optou pelo desenvolvimento de uma nova solução para a interface operacional entre a infraestrutura de execução (hardware) e a aplicação de controle (software). Devido à função de inclusão social que a televisão desempenha no Brasil era importante que o middleware fosse de fácil aprendizado e totalmente livre de royalties. O middleware brasileiro está dividido em dois subsistemas principais interligados, com o intuito de possibilitar bastante flexibilidade para o programador. A parte declarativa, baseada em linguagem NCL consiste de um ambiente de programação puramente declarativo que promove a facilidade na criação de aplicações, enquanto o subsistema imperativo utiliza linguagem Java para permitir ao programador avançado o poder de uma linguagem procedural amplamente utilizada.

Produto e suas evoluções
Durante o Congresso SET 2010 pudemos ver o Ginga não mais como uma tecnologia experimental e sim uma nova modalidade de negócio na qual os radiodifusores apostam como meio de atrair o novo consumidor de conteúdo. Vimos o nascimento de uma nova marca para a identi- ficação dos produtos com interatividade, o DTVi. No estande do Fórum havia diversos representantes da indústria de eletrônica de consumo exibindo seus produtos interativos com destaque aos televisores da Samsung, que apostou no desenvolvimento do seu próprio middleware. a LG, com suas TVs e celulares interativos já disponíveis no mercado, além da Nokia, com seu primeiro celular com TV digital e interatividade. Ainda voltado para o mercado consumidor, vimos também os receptores Visiontech e Proview com interatividade.
Voltado para o mercado de produção e distribuição da interatividade podemos destacar os produtos WiMobilis WM-Play, playout de interatividade, e as soluções EiTV Playout Professional e EiTV Developer, um kit de desenvolvimento e autoria de software Ginga para auxiliar o programador na na codificação dos componentes.
No painel sobre aplicações interativas, moderado pelo Carlos Fini da Rede Globo, representantes da Rede Record, SBT e Rede Globo mostraram ao público as iniciativas das emissoras em relação a produção de conteúdo interativo como integração com redes sociais, distribuição de feeds de notícia, além do conteúdo correlato a grade de programação linear. O Concurso de Inovação promoveu uma disputa sadia entre grupos desenvolvedores de aplicações e conceitos interativos em três categorias: melhor conceito, melhor produto e melhor inovação, com destaque para o Projeto TV Digital Social onde o grupo da Dataprev apresentou uma aplicação com serviços informativos da Previdência Social ressaltando o apelo social da TV no Brasil, o grupo foi ganhador da categoria melhor produto.

Suíte de Testes
A grande preocupação com relação ao sucesso da interatividade recai sobre a confiabilidade e capacidade de renderização das aplicações nos receptores. No cenário atual temos uma série de exemplos de não compatibilidade ou diferentes experiências na execução de uma mesma aplicação em diferentes implementações de middleware no mercado horizontal, isso causa uma sensação de insegurança por parte, principalmente dos radiodifusores desacelerando o processo de produção e inovação no conteúdo interativo.
A Suíte de Testes consiste num conjunto de casos de teste, idealmente considerando todos os itens descritos como funcionalidades na norma do middleware, em conjunto com uma massa de testes, aplicativos codificados explorando cada uma das funcionalidades descrita na Norma. No caso da TV digital a massa pode ser um grupo de BTS (Broadcast Transport Stream) válido não só preocupado em realizar os testes referentes ao middleware propriamente dito, como também, contemplando todas as informações (PSI/SI) e fluxo de dados necessários para uma transmissão correta de TV digital.
Uma ferramenta como a Suíte de Testes beneficiaria todos os participantes da cadeia de valor em torno do middleware. Os fabricantes de receptores garantem a conformidade com as normas de TV digital reduzindo a necessidade de atualizações no produto pós venda, o processo de homologação das aplicações é reduzido, uma vez que, todos os receptores do mercado atendam às exigências normativas, o radiodifusor garante a experiência de seu consumidor final. Todos esses aspectos melhoram a percepção de confiabilidade no Sistema Brasileiro de TV Digital.
A maior dificuldade de criaçao da Suíte de Testes para o middleware está no enorme investimento financeiro e na alocação dos recursos humanos necessários para a atividade sem que o modelo de negócio adotado sobre propriedade intelectual do conteúdo produzido esteja bem definido.

Conclusão
Esse ano, durante as apresentações do Congresso SET 2010, assim como na feira Broadcast & Cable, notamos uma força muito grande do middleware brasileiro que deixou de ser uma aposta do mundo acadêmico para se tornar uma realidade como agregador de conteúdos ricos para o radiodifusor e como oportunidades de negócio para o mercado consumidor ISDB-TB.

 

Claudio é graduando em Engenharia Eletrônica pela UFRJ e assistente técnico em projetos de Telecom na Rede Globo. e-mail: claudio.medeiros@ tvglobo.com.br
Após a definição do padrão, criou-se também um cronograma com prioridades para a referida implantação do sistema no Brasil o qual prevê que até o final de 2013 todas as grandes redes estejam transmitindo o sinal aberto ISDB-TB em, praticamente, todo o Brasil, já que o início da desativação do sinal analógico esta programado para ocorrer em 2016. Logicamente, as capitais e as principais cidades de cada estado já receberam ou estão em vias de receber os sinais digitais, pois, segundo informações das grandes redes, mais de 50% dos domicílios com TV estarão cobertos até dezembro de 2010.
Quando o sistema foi escolhido o cronograma era o seguinte:
2007 – São Paulo ; 2008 – Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Goiânia, Cuiabá e Campinas ;2009 – Brasília, Vitória, Teresina, Aracajú, Campo Grande, Florianópolis, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Belém, Santos, Uberlândia, Sorocaba, Ribeirão Preto, Joinville e São José do Rio Preto; 2010 – São Luis, Natal, Varginha, Ituiutaba, São José dos Campos, Taubaté, Mogi das Cruzes, São Carlos, Presidente Prudente e Londrina.
Este era o cronograma inicial e pode ter passado por algumas modificações, porém, o principal foi seguido e, além, destas localidades já existem outras, que não estão constando nesta listagem, recebendo o sinal digital. Devemos considerar que nem todas as grandes redes ou emissoras estão em todas estas cidades.
Quando se fala que uma cidade recebeu o sinal digital, entenda-se que os municípios no entorno também estão sendo cobertos e a extensão dessa cobertura depende da potência usada pelo transmissor, do diagrama de irradiação da antena transmissora, das restrições técnicas apresentadas, como por exemplo, um co-canal nas imediações, que deverá ser trocado, ou a antena ter restrição na direção onde existe o referido canal, caso esteja dentro do contorno protegido.
Tomemos São Paulo como exemplo. A maior parte dos transmissores está localizada no espigão da Avenida Paulista e, às vezes, diversas antenas de diferentes emissoras estão na mesma torre, que teve que receber adaptações de reforço na estrutura e adequações nas instalações de novos sistemas irradiantes, pois não foram instalados apenas sistemas digitais, mas também sistemas analógicos. Isto acontece, porque segundo a legislação vigente, só pode ser transmitido um sinal digital caso a mesma emissora também transmita um sinal analógico. Algumas emissoras em São Paulo não tinham nenhum tipo de transmissão em sinal aberto.
Todas essas emissoras cobrem não só a cidade de São Paulo como a chamada Grande São Paulo, que é composta composta por mais de 25 municípios que recebem a maioria dos sinais digitais transmitidos por São Paulo.
Já foi citado que o alcance da cobertura depende da potência usada nos transmissores, dos obstáculos naturais e artificiais. Para suprir estes de problema algumas emissoras já estão testando e implantando os “gap filler” reforçadores de sinais, porém em alguns locais este recurso traz o inconveniente de algumas regiões receberem os dois sinais ao mesmo tempo, provocando o cancelamento de ambos e fazendo com que o receptor não abra com nenhum dos dois sinais.
Também existem locais onde o sinal chega no limiar e dependendo de alguns fatores o sinal chega ou não. Neste ponto os televisores por diversas vezes tem o que se chama, vulgarmente, de “sinal frisado” ou imagem estática – some o som ou ainda se tem o som entrecortado. Normalmente, um ajuste ou redirecionamento na antena de recepção pode resolver este problema ou ainda uma troca de ponto desta mesma antena escondendo-a de um dos sinais incidentes.
Quanto à implantação e interiorização do sistema digital temos alguns exemplos práticos que foram expostos em palestras no último Congresso da SET. O engenheiro Emerson Weirich, da EBC, apresentou o estágio atual da rede que conta hoje com 4 geradoras, 17 retransmissoras de TV e 22 emissoras da RNPC (estaduais e universitárias) e mostrou algumas experiências na implantação do sinal digital em todo o Brasil.
No Projeto Plataforma Nacional de Rede Digital prevê a implantação em todas as capitais e no o Distrito Federal atingindo em torno de 253 cidades e cobrindo mais de 100 milhões de habitantes. Deste projeto já estão implantadas a TV Brasil Brasília – Canal 15 UHF(SFN), Rio de Janeiro – Canal 41, São Paulo – Canal 63 – e em andamento no Maranhão – Canal 34, Belo Horizonte – Canal 65 e Porto Alegre – Canal 65.
Os maiores desafios encontrados são a falta de espaço em algumas localidades para a instalação de novos abrigos, infraestruturas muito precárias necessitando de quase total adequação e ainda uma grande dificuldade para locação de espaços. Em muitos casos a solução é usar containers (shelters).
O engenheiro Ailton Carlos de Barros, da RPC / TV Paranaense, explanou sobre o projeto e implantação do sistema digital, falou sobre os processos usados em Londrina já em operação normal e os que estão sendo adotados em Maringá, funcionando em caráter experimental. Na central técnica foram instalados novos equipamentos para se adequarem ao novo sistema. Depois de reavaliadas e reestruturadas, as torres receberam novas antenas. Foram feitos reforços estruturais nas ferragens verticais e reforços nas bases das fundações. Tudo isso se torna muito difícil porque se está atuando em uma estrutura ativa que não pode ser desativada e nem interrompida. Também o projeto elétrico foi reavaliado, assim como a instalação de “no-break”.
Foram instaladas antenas reservas, as quais foram usadas para validação da sombra de cobertura, pois a cobertura digital deve ser igual ou maior que a analógica. Após a instalação das antenas definitivas, foram refeitos os testes de cobertura para a comparação e ver se confirmavam com o diagrama projetado. Foram feitas matérias jornalísticas e colocadas no ar para divulgar a TV digital estão sendo feitas palestras e cursos para antenistas além de um site de atendimento ao telespectador para sanar qualquer dúvida.
Paulo Feres , da Rede Integração, abr iu sua pales t ra apresentando a refer ida rede, que é um grupo mul – t imídia de TV, rádio internet , TV a cabo, jornal impres so, produtor a de conteúdos e mídia ex terna. El a tem uma cober tura de aprox imadamente 233 cidades e é af i l iada da Rede Globo para o sudoes t e de Minas . Sua programação at inge aprox imadamente cinco mi lhões de pes soas e atualmente em torno de um mi lhão de pes soas já recebem os s inai s digi tai s em HD, que são t ransmi t idos pelas emi s soras de Uber lândia, Uberaba e I tuiutaba. Segundo Paulo, 29% de sua área de cober tura já são cober tos pel o ISDB-TB. Para que i s so fos se pos s í – vel foi adequada à sala de quadros de força, no-breaks de grande porte, subs t i tuídos os Grupos Geradores pelo quádruplo da potência at é então ex i s tente e real i zada a atual i zação da subes tação às normas v igentes .
Com as reformas (blindagem lateral) de antenas parabólicas para recepção de sinais de satélite, modernização do controle mestre, adequação do chamado complexo digital, a Rede Integração esta já apta a oferecer os recursos da interatividade. Seus próximos desafios são a implantação de Araguari, ainda para este ano, e Juiz de Fora, Araxá e Divinópolis para o próximo ano.
O engenheiro José Franc isco Nogueiras , diretor técnico da EPTV, fez uma demonstração da rede EPTV: A Rede tem quatro geradoras , sendo que t r ê s c obr em o int e r i o r paulist a e uma c obr e o Sul de Mina s . A maior delas é a EPTV Campinas que tem uma gerado r a e duas retransmissoras cobrindo 49 municípi o s e aproximadament e 4.200.000 habitantes .
Em 2008 foi implantada uma estação de sinal digital que cobria 11 municípios e um total 1.971.000 habitantes perfazendo naquele ano 47,5% da área total de cobertura da rede. Até 2010 para transmitir em digital o evento da Copa do Mundo FIFA, foram implantadas mais cinco estações perfazendo um total de seis estações, e cobrir então mais 11 municípios totalizando 22 municípios e 3.191.000 habitantes, atingindo 76,9% da área de cobertura.
A projeção é até final de 2011, implantar mais seis estações digitais que somará então 12 estações e cobrirá 33 municípios atingindo 3.727.000de habitantes, chegando a 89,9% da área coberta hoje pelo sinal analógico. A EPTV Ribeirão tem uma geradora instalada em Ribeirão Preto e 14 retransmissoras, que cobrem 66 municípios e 2.353.000 habitantes.
Em 2009 foi implantado um transmissor de sinal digital em Ribeirão Preto. A estação cobria seis municípios da chamada Grande Ribeirão com aproximadamente 714.000 habitantes (30,3%). Em 2010 para o evento da Copa foram implantadas mais 4 estações atingindo então mais 12 municípios perfazendo 18 municípios e 1.403.000 habitantes (59,7%). O projeto para o final de 2011 é a implantação de mais 10 estações totalizando então 15 retransmissoras e 1.815.000 habitantes podendo receber o sinal digital, ou seja, 77,1% de toda a área com a atual cobertura analógica.
A EPTV Central tem sua geradora instalada em São Carlos, 13 retransmissoras cobrindo 42 municípios com uma população de 1.756.000 habitantes; Em 2010 a EPTV Central conta com duas estações transmitindo o sinal digital,com 4 municípios municípios totalizando 488.100 habitantes e cobertura de 27,8% da cobertura analógica atual. Até o final de 2012 projeta-se o total de 13 estações cobrindo então 22 municípios, 1.503.000 habitantes e 85,6% da área atualmente analógica coberta. A EPTV Sul de Minas sediada em Varginha tem uma abrangência de 141 municípios, 2.591.000 habitantes tem atualmente 1 geradora e 14 retransmissoras analógicas.
Em 2010 são duas estações digitais implantadas cobrindo três municípios com cerca de 301.000 habitantes e 11,6% da área a ser cober ta. poi s Segundo o engenhei ro Noguei – ras , o relevo montanhoso des sas local idades torna di f íci l a sua cobertura. Até o f inal de 2012 o projet o é para 20 es tações implantadas , 23 municípios com 1.199.000 habi tantes e 43,6% de área cober ta. Final i zando as projeções , da EPTV DTV pretende at ingi r 8.244.000 habi – tantes , que es tão em torno de 76% de toda a área hoje cober ta pelos s inai s analógicos .
Mostramos apenas algumas das redes que estão se expandindo pelo Brasil e estes dados foram compilados das palestras feitas no Congresso da SET. Sabemos que outras emissoras estão se expandindo em todo o Brasil e encontrando muitas dificuldades às vezes por locais de difícil cobertura, às vezes devido à canalização atual e isso faz com que projetistas se transformem em homens ou mulheres de sete instrumentos, descobrindo potências, antenas e diagramas que se adéquem a cobertura necessária sem afetar as coberturas analógicas atuais.
Edson é supervisor técnico da TV Cultura-SP. e-mail: [email protected]
Este ano, o Congresso da SET teve diversos temas interessantes e nos painéis do Rádio dividimos em duas partes as apresentações. Na primeira sessão, tratamos da discussão sobre Rádio Digital e na segunda sobre Novos Modelos de Negócios.
Pela manhã, no painel moderado pelo engenheiro Marco Tulio Nascimento – SGR, houve a apresentação dos resultados dos testes realizados pelo Sistema Globo de Rádio, o qual identificou em rotas similares os testes realizados com a transmissão HD Radio americana e a transmissão DRM.
Os resultados estão disponibilizados no site da SET. É importante ressaltar que a preocupação era em realizar teste para Onda Média a fim de verificar se havia mudança significativa na recepção em conseqüência da transmissão híbrida analógico-digital.
Outro ponto importante é se a emissora testada tinha preocupação em de avaliar o desempenho em uma trajetória onde a medida móvel fosse a informação mais relevante, tanto para o HD Radio quanto para o DRM.
Buscou-se indicar nos pontos em que não havia recepção HD Radio, o que acontecia com a recepção DRM. Esses dados foram comparados e ficaram muito próximos.
Tivemos ainda duas apresentações, além dos testes do Rádio Digital, em que foram apresentados o cenário nacional e internacional sobre o Rádio Digital. Foi convidado o representante da empresa norte-americana Ibiquity que trouxe as últimas informações mercadológicas, de tecnologia e de inovação.
No aspecto mercadológico, a apresentação ressaltou o número de receptores vendidos, que já está na casa dos 3 milhões nos Estados Unidos. Por outro lado, na questão tecnológica, foram apresentados os resultados teóricos e práticos que melhoram a recepção do AM analógico, em grandes centros urbanos, em função da transmissão híbrida digital.
No aspecto inovação, foram citados pelo representante da Ibiquity, os testes realizados pela primeira emissora americana a transmitir digitalmente quatro programas em FM, simultaneamente a um programa com transmissão analógica.
Isso demonstra a evolução do padrão e ao mesmo tempo sua capacidade implicando no desenvolvimento de novos modelos de negócios que surgirão em decorrência da disseminação do padrão.
Outro ponto apresentado foi um resumo do trabalho desenvolvido por dois engenheiros da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel sobre “A Extensão da faixa de FM e a Migração da Faixa de Onda Média”.
O artigo se baseia no encerramento das transmissões analógicas de televisão terrestre em 2016, obedecendo ao Decreto que criou o Sistema Brasileiro de Televisão Digital, fazendo com que, no futuro, parte do espectro de radiofrequências destinado às transmissões por televisão venha ficar desocupada.
Basicamente são os canais de 2 a 6 que compreendem a subfaixa de 54 MHz a 88 MHz, os canais a ficarem desocupados. Assim, segundo o trabalho da Anatel, a faixa de FM poderia ser estendida de 76 MHz a 88 MHz para acomodar os canais de OM.
Esse é um tema que gera controvérsias, mas que em termos de engenharia poderá agregar uma possível solução técnica que contemple os canais de Onda Média, na faixa de FM. O exemplo apresentado foi um remanejamento de canais, no Estado de Santa Catarina, mostrando a real possibilidade de viabilizar tal proposta.
No segundo painel, a discussão complementar à do Rádio Digital foi sobre Novos Modelos de Negócios afinal os profissionais que atuam nas empresas de rádio, engenheiros, técnicos, particularmente, precisam iniciar uma discussão sobre os Novos Modelos de Negócios, que muitas vezes são discussões gerenciais.
Como não havia a possibilidade de uma discussão mais ampla sobre por onde começar os novos modelos de negócios, optamos pelo uso do IP para incrementar as aplicações disponíveis às emissoras.
A idéia era começar pelo emprego do uso do áudio sobre IP buscando em seus aspectos mais abrangentes uma comunicação entre equipamentos através do uso do IP, um gerenciamento da estação remota por IP, um controle de estúdio baseado em IP e até entrega e distribuição de áudio por IP para grupos das afiliadas da emissora, via satélite.
Essas apresentações estão disponíveis no site da SET e contém todos os detalhes de cada situação.
As aplicações podem ser de diferentes formas, incluindo a segmentação da programação para grupos de empresas afiliadas a determinada emissora, tendo a possibilidade para a habilitação de usuários remotos, rádio na internet ou sonorização da própria emissora.
Com as apresentações de Marcos Mandarano da empresa BT, José Carlos de Moraes da OPIC Telecom, Augusto Oliveira da STAGETEC e ASPA S.l. que apresentou a utilização de consoles digitais de mixagem e de roteadores digitais em pequenos, médios e grandes estúdios de rádio, Jonathan Corkey da empresa Worldcast Systems que apresentou o uso de áudio sobre IP utilizando usando a Internet Pública.
Com isso cobrimos quase todas as aplicações de áudio IP para atendimento das emissoras de rádio que buscam soluções através de IP para dar suporte à sua programação, distribuição e controle.
Ronald é diretor de Rádio da SET e diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). e-mail: [email protected]