SET Sul 2014

Nº 143 – Julho 2014

Por Fernando Moura

REPORTAGEM

Regional Sul discute o futuro da TV no país e no Mundo

Durante os dois dias do SET Sul 2014 foram debatidos temas importantes para o mercado broadcast, entre eles as estruturas de rede, estrutura IP, sistemas de SFN, antenas de transmissão e transmissões via satélite no Brasil. Ainda analisou codecs, novos sistemas de captação de vídeo, 4K, roteamento IP, Loudness, controle de qualidade de imagem e tendências do mercado broadcast.
Nesta reportagem tentaremos resumir o acontecido no SET Regional Sul, Seminário de Tecnologia de Televisão e Multimídias, Gerenciamento, Produção, Transmissão, Distribuição de Conteúdo Eletrônico Multimídia, Interatividade, Mobilidade, Interferência, Broadcast e Broadband realizado Auditório da Pontifícia Universidade Católica – PUCRS de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, nos dias 13 a 14 de maio de 2014. A palestra de abertura da edição 2014 do SET Regional Sul contou com a presença da secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Patrícia Ávila; o presidente da Anatel, João Rezende; o presidente da SET, Olímpio Franco; e o presidente da ABERT, Daniel Slaviero; sendo moderada por Carlos Fini, SET/RBSTV e com a presença de representantes de outras entidades do setor.
Nela foram apresentadas as posições do governo, da Agência reguladora e das entidades do setor sobre as audiências públicas que a Anatel realizou sobre a proposta de regulamento sobre condições de convivência entre a TV Digital e os serviços de radiocomunicação na faixa de 698 MHz a 806 MHz, e da proposta de edital de licitação para uso de radiofrequências na faixa de 708 a 748 MHz e 763 a 803 MHz.
Olímpio Franco afirmou aos presentes que a “SET tem trabalhado bastante nos grupos de estudo, sobretudo nos estudos de recanalização e de Banda de 700 MHz que ditaram a entrada do 4G/LTE no Brasil.
Esperamos que se definam los critérios e no fim tenhamos uma convivência harmónica”.
Daniel Slaviero, presidente da Abert, disse em Porto Alegre que a entidade que dirige espera que “o ambiente amplo e cordial de debate continue para que o objetivo, a primeira premissa de todos, de que nada possa interferir no serviço de televisão que há 60 anos trabalha no país seja prejudicado com a entrada do 4G”.
Para Slaviero, é preciso continuar debatendo o assunto porque “não está claro que poderá haver convivência entre os serviços de TV Digital e 4G/LTE (…) Para que a televisão não corra riscos de interferência precisamos saber o que acontecerá com as antenas internas, que, por exemplo, em São Paulo, representam 25% dos telespectadores tem essa forma de recepção e isso não está contemplado”.
Patrícia Ávila foi a voz do governo na abertura. Como em outras oportunidades, disse que o Ministério das Comunicações (Minicom) está fazendo tudo por continuar a desburocratização. “Nos 3 anos e meio de trabalho fizemos o que pudemos para desconcentrar e descentralizar os processos, entre eles, a simplificação dos processos de modificação do quadro diretivo das emissoras de rádio e televisão. Agora, todo o sistema de descentralização chegou ao ponto em que todos os processos devem ser realizados de forma eletrônica e, com isso, possamos reduzir pelo menos em 30% do tempo”.
A secretaria ainda afirmou que para continuar com a descentralização o Minicom precisa que “os radiodifusores se cadastrem eletronicamente para poder acompanhar à distância os processos e fazer o processo andar. Por exemplo, na região Sul só temos 7 emissoras cadastradas e precisamos que vocês se cadastrem, que entrem, preencham o cadastro e a partir daí todos os processos avancem eletronicamente”.

A Abertura do SET Sul teve o Auditório da Pontifícia Universidade Católica PUCRS de Porto Alegre quase cheio

Patrícia revelou que uma nova força-tarefa para regularizar a situação de retransmissoras de televisão (RTVs) ia ser realizada pelo Ministério das Comunicações. Desta vez, o mutirão ocorreu no Paraná, entre os dias 27 e 29 de maio passado.
Para encerrar o painel de abertura, João Resende, presidente da Anatel, afirmou que está confiante no resultado das audiências públicas que definirão o regulamento sobre condições de convivência entre a TV Digital e LTE, já que estes serão fundamentais para aprimorar o sistema.

O presidente da SET, Olímpio Franco abriu o SET SUL 2014

Resende disse que a Anatel tem “trabalhado junto ao Ministério pensando em que um serviço não pode ser pensado em detrimento de outro serviço”, precisamos “ouvir todos os debates sobre migração e as audiências públicas serão fundamentais. Queremos um debate aberto e claro”.
Testes da Anatel em Pirenópolis sobre interferência na TV Digital foram tema debate no SET Regional Sul O painel “700 MHZ e Migração de AM para FM. Regulação, convivência entre serviços, testes, consultas públicas”, moderado por Tereza Mondino (SET/TM Consultoria) teve como palestrantes o Conselheiro da Anatel, Marconi Maya; Paulo Balduíno (SET/Abert); Sérgio Santoro (Fórum SBTVD/ Rede Record); e André de Ulhoa Cintra (SET/ ALUC).
Os quatro palestrantes trouxeram temas de interesse ao Congresso com destaque para os testes de interferência de 4G/LTE realizados em Pirenópolis, Goiás pela Anatel que testaram a convivência entre os serviços de TV Digital aberta e LTE na faixa de 700 MHz. Paulo Balduíno de Abert, na palestra “Sem interferência da SMP/LTE e do SLP em 700 MHz” disse que o importante é que o setor quer uma licitação “sem interferência, mas não apenas para os serviços senão sem interferência em termos absolutos, para todas as utilizações”.

A secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Patrícia Ávila trouxe ao SET Sul a voz do Governo Federal

E que os “os testes de Pirenópolis são incompletos e inconclusivos, mas mesmo assim pensamos que a convivência é possível com condições bem definidas e implementadas” onde os entrantes “terão de não interferir” porque o regulamento deve “proteger a radiodifusão que já existe. A utilização do filtro pode trazer uma degradação do sinal, por isso temos de ver que filtros usar e como”, afinal, segundo ele, utilizar filtros não é a “única solução”.
Marconi Maya, em concordância com João Resende quem tinha falado aos participantes do SET Regional Sul uma hora antes afirmou que as audiências públicas serão fundamentais para definir o edital de Licitação da Faixa de 700 MHz, e disse que a Anatel espera “adquirir e distribuir um Conversor de TV Digital Terrestre com desempenho otimizado ou com filtro 700 MHz para cada família cadastrada no Programa Bolsa Família do Governo Federal; adquirir e distribuir um filtro de recepção de TV para cada família cadastrada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, com exceção daquelas famílias já beneficiadas com o Conversor de TV Digital.

Sérgio Santoro (Fórum SBTVD/ Rede Record) afirmou que a premissa básica do Fórum é que desligar a TV analógica não pode significar privar a população de ver televisão aberta

Ainda, estabelecer uma forma de atendimento preferencial à população, nas hipóteses de domicílios equipados com antena externa UHF, nos casos em que isso se faça necessário para mitigação; e disponibilizar uma central de atendimento telefônico para dirimir dúvidas e auxiliar a população a respeito da migração para a TV Digital; além de campanhas publicitárias informativas, inclusive em TV aberta.
A seguir, Sérgio Santoro (Fórum SBTVD/ Rede Record) apresentou uma análise desenvolvida no Módulo de Mercado do Fórum de TV Digital sobre os obstáculos existentes para a efetivação do switch-off.
Para Santoro, a premissa básica do Fórum é que desligar a TV analógica não pode significar privar a população de ver TV” e afirmou que para a grupo, não é só que os radiodifusores digitalizem as emissoras senão, também, que a população tenha claro o que é a TV Digital.

Assim, segundo o representante do Fórum, o switch- off só pode ser feito nas cidades após “100% da população que depende da TV aberta ter acesso à TV Digital – comprovados – através de pesquisas porque as emissoras ainda dependem financeiramente da TV aberta analógica”.

João Resende, presidente da Anatel afirmou que está confiante no resultado das audiências públicas que definirão o regulamento sobre condições de convivência entre a TV Digital e LTE

Para finalizar a palestra, André de Ulhoa Cintra (SET/ALUC) apresentou os resultados preliminares de estudos realizados relativos à migração AM para FM e disse que com o switch-off de TV analógica seriam utilizados os canais 5 e 6 de faixa estendida para as rádios FMs que migrem”
Ainda referiu que “não pode haver uma migração de uma AM em um município se não são todas as incluídas no município que migram para FM” e que um dos grandes desafios é “excluir os canais vagos e de reserva do plano FM. Ainda temos de ter cuidado com o canal 6 de TV e RADCOM (rádios comunitárias) porque falta definir se serão deixadas onde estão ou serão migradas”
igração da AM para FM serão os canais disponível para produzir esta migração, já que alguns estados da União não têm como migrar os canais porque não há espaço para isso.

Mundo IP, sistemas de emissão SFN e transmissões via satélite
Guilherme Castelo Branco da Phase explicou aos participantes do SET Sul 2014, na palestra “Sistemas de infraestrutura de TV”, os diferentes tipos de formatos, rápidos avanços de tecnologia e os limites da interface elétrica SDI são alguns dos desafios enfrentados hoje pelo mundo da radiodifusão.

Paulo Balduíno da Abert afirmou que o importante é que o setor quer uma licitação sem interferência, mas não apenas para os serviços senão sem interferência em termos absolutos, para todas as utilizações

Como a convergência para uma arquitetura IP se mostra inevitável a distribuição baseada em SDVN (Software Defined Video Network), uma solução da Evertz que proporciona agilidade, simplicidade, robustez e flexibilidade em uma infraestrutura inteiramente IP. “Hoje tudo pode ser IP. O grande desafio do radiodifusor é como vai trabalhar no mundo IP, de fato já podemos ter transporte de sinais sem compressão de 6 HD em uma interface 10GbE”, disse Castelo Branco. Para ele, de todas formas a maior dificuldade é que o mundo IP não foi pensado para o mundo broadcast mas neste momento precisamos de incluir o TI nas emissoras e precisamos trabalhar com redes SDN.
Castelo Branco afirmou que os sistemas têm limitação de capacidade e controle e gerência complexos, mas para quem esta a pensar em um projeto para ser utilizado nos próximos anos é preciso ter uma operação híbrida e transparente. “Para rotear um sinal em IP, hoje o radiodifusor pode receber um equipamento e rotear os conteúdos com interfaces simples e flexíveis”.
“Já estamos trabalhando em hipóteses de trabalhar com 12GbE de trafico de sinal pelo que a arquitectura nos próximos tempos estará pronta para trafegar e rotear sinais em 4K e trabalhar com produtos customizados como o apresentado na última NAB com o trabalhado desenvolvido pela Evertz na ESPN nos Estados Unidos”.
A seguir, Léilo Ribeiro da Star One trouxe ao SET Sul a palestra “Comunicações via Satélite, aplicação em Broadcasting”, onde descreveu a frota da Star One, as suas aplicações Via Satélite, SNG, e as aplicações que foram utilizadas na última Copa do Mundo e próximos Jogos Olímpicos.
Segundo ele, o satélite Star One C2 é a “jóia rara da empresa, por ser muito concorrido e ter uma demanda muito grande tanto em sinal analógico como digital” já que ocupa a posição orbital mais importante para o mercado de Broadcaster no Brasil, pois transmite os sinais das maiores emissoras de TV do país.
Sua operação esta estrangulada com uma taxa de ocupação altíssima, com “28 transponders em Banda C, 14 em Banda Ku e 1 Banda X – uso militar”, e de fato “pensamos que tem uns 25 milhões de antenas apontadas a ele, além de uns 3 milhões da Claro TV”.
Ainda explicou que o lançamento do Satélite Star One C4 (posição 70º) está previsto para o terceiro trimestre de 2014, aumentando a capacidade em Banda Ku, onde opera o DTH da Claro TV, do grupo Embratel.
Ele terá 48 transponders em Banda Ku e uma expectativa de vida útil de 15 anos.

O painel “700 MHZ e Migração de AM para FM. Regulação, convivência entre serviços, testes, consultas públicas”, moderado por Tereza Mondino (SET/TM Consultoria) foi um dos mais animados do Regional

Para a Copa, a Embratel espera utilizar os satélites BrasilsatB4 e Star One C3, com mais de 150 unidades móveis comissionadas no Brasil que tem de trabalhar com outorga e licença de operação da Anatel. Para a Copa a Star One criou uma tabela especial de preços que inclui valores por dia, por semana e por todo o evento tanto em banda C e banda KU.
Entrando no mundo das antenas de transmissão, José Elias da IF Telecom na palestra “Interiorização DTV. Soluções e considerações”, abordou aspectos de interiorização da TV Digital focada nos sistemas irradiantes.

Carlos Fini, SET/RBSTV considera fundamental resguardar a TV Digital aberta e gratuita porque sem ela o telespectador perde a gratuidade do serviço

Para isso explicou alguns aspectos técnicos referentes às antenas mais utilizadas, visando vencer as limitações mais comuns encontradas em campo e aplicáveis a SFN e “Gap Fillers”, assumindo que são muito importantes os “intervalos de Guarda” que devem ser “ser escolhidos levando-se em conta as distâncias entre estações da mesma frequência e as antenas e seus diagramas de irradiação, escolhidas (diagrama, Tilt, apontamento) de forma a garantir que as recepções na área de interesse caiam dentro do intervalo de guarda”. Elias afirmou que para instalar redes SFN “escolhendo antenas levando em consideração a cobertura desejada e aspectos de ISI” estabelecendo “regiões fora de áreas de interesse eventualmente podem ficar com recepção além da banda de guarda. Futuramente, só deverão ser cobertas com alocação de novas frequências”.
Ainda explicou casos concretos de “Gap Filler” e afirmou que o desafio nesta área é o ISI, definindo a banda de guarda e com ela a isolação que depende de escolha de diagrama de irradiação; definição de posicionamento de antena (Tilt eléctrico + mecânico + azimute); espaçamento vertical entre antenas RX e TX; e cancelamento de eco do equipamento repetidor. Elias explicou o uso de painéis UHF banda larga e de baixo custo, bem como avanços em desenhos de novas antenas cilíndricas e com faixas maiores de forma a atender a esse novo tipo de demanda. Ainda foram abordadas contra-medidas de forma a garantir isolação e cancelamento de ecos, banda de guarda e ajustes em campo com experiências práticas e sugestões de implementação.
Finalmente, o executivo de IF Telecom descreveu os principais pontos e cuidados que devem ser observados para uma ótima condução na escolha de sistemas radiantes, bem como de implantação nessa fase de interiorização até o “switch-off” analógico. Depois de um intervalo, Glenn Zolotar da Hitachi Kokusai Linear na palestra “Redes de Transmissão Digital para Interiorização” explicou que o Brasil vive hoje o desafio de expandir a cobertura da TV Digital no interior, e diante deste cenário, apresentou conceitos, possibilidades e soluções tecnológicas que podem viabilizar a implantação de sistemas de distribuição de sinais e a transmissão digital, para o que denominamos a Interiorização Digital”.
Para Zolotar, em um cenário de implantação da TV Digital nas cidades do interior, com a interiorização em MFN e SFN a partir de “soluções que atendam aos dois tipos de rede e às várias formas de distribuição, bem como às diversas necessidades dos radiodifusores serão necessárias”.
Para isso pode se distribuir sinal mediante satélite; retransmissão terrestre; micro-ondas; rádio IP; micro- ondas digital; redes IP; fibra óptica etc. Uma boa solução seria, para Zolotar; a distribuição via satélite porque “a banda no satélite necessária é variável de acordo com a taxa de dados utilizada” utilizando um “BTS comprimido” usando a banda de 6MHz no satélite e transmitindo SFN com “configuração mais simples nos pontos de retransmissão”.
“Para SFN com recepção terrestre usamos um Gap Filler que é mais complexo na sua instalação”, mas nele a “degradação praticamente nula. Alta tolerância à realimentação, e é estável com eco até 5dB positivos”, afirma o plaestrante.
Finalmente, Zolotar se referiu aos micro-ondas BTS nos quais a faixa de frequência é de 7,425 a 7,725GHz (BW = 7 MHz) com potência 0,5W; nível de recepção -78dBm a -35dBm; gerenciamento via Ethernet Web Server; alimentação 90 a 240Vac; e simplex.
Zolotar explicou que a tendência é ir para rádio IP, um micro-ondas via IP, com operação em Serviço Limitado Privado (SLP); montagem split (IDU/ODU); opção de modulação de acordo com taxa e robustez necessárias, até 170 Mbps em 7,5 GHz e até 200 Mbps em 6,5 GHz. “rádio IP é uma solução versátil, que possibilita mais que a simples transmissão do BTS, como a monitoração do equipamento de transmissão, internet, VoIP, telemetria etc.”
Voltando a setor de transmissão, Ramiro Frugoli Franco, da Ideal Antenas, na palestra “Análise de cobertura, instalações” explicou a deformação de diagrama de irradiação quando realizada a instalação em lateral de torre; otimização do diagrama de irradiação quanto a instalação em lateral de torre; e quais as verdades e lendas em relação a uma instalação em lateral de torre. Para ele, a análise de cobertura depende de polarização circular e elíptica; transmissão de FM e TV Digital; reflexão e multi-percurso e maios variedade de recepção. “De todas a principal é a polarização”, explicou Franco para quem uma vez determinada a polarização temos de partir para os “fatores de cobertura”. Para ele a torre interfere no diagrama, as vezes positivamente e outras negativamente, dependendo da “situação”.
Segundo Franco, a Resolução 284 de 07/12/2001 considera ser “parte integrante do sistema irradiante a antena, sua estrutura de sustentação e os dispositivos destinados a transferir a energia de radiofrequência do transmissor a antena”.
Finalizando o primeiro dia do SET SUL 2014, Sérgio Martines, da SM Consultoria, ministrou a palestra: “Interiorização da TV Digital: desafios e soluções com casos reais”. Ele afirmou que “em qualquer artigo ou palestra sobre a TV Digital no Brasil encontramos a palavra “desafio” ou “desafios”, principalmente quando o assunto é a interiorização” por isso na sua palestra no SET Sul, ele afirmou que é fundamental pensar que hoje temos de realizar “em 10 anos ou que se fez em 60 anos, passando do analógico para o digital”.
Para isso “precisamos preparar o desafio de este projeto de implantação da TV Digital e com ele criar um projeto viável. Uma vez concebido, temos de planifica-lo. Feito isto é preciso contratar serviços, e finalmente, executar”, afirmou Assim, com base em situações reais encontradas ao longo de projetos já concluídos, em implantação ou na fase de planejamento, analisar o projeto particular e avançar com ele de forma clara. Martines, “apontou algumas soluções viáveis, desde a concepção, aspectos de legislação e tipologia de sítios de retransmissão até os cuidados com a infra-estrutura, mão-de-obra e logística, entre outros”.
Também discutiu as opções de mobilização e investimento, como a terceirização do serviço e o compartilhamento de infra-estrutura entre usuários.

Uma das palestras mais aguardadas do segundo dia foi a de Gunnar Bedicks Jr., pesquisador que trouxe a Porto Alegre o resultado dos testes de interferência LTE 4G 700MHz nos canais de TV Digital

Segundo dia do SET Sul
Na manhã do segundo dia, foram analisados codecs, novos sistemas de captação de vídeo, 4K, roteamento IP, Loudness, controle de qualidade de imagem e tendências do mercado broadcast.
A primeira palestra da manhã foi “Tecnologias de TI aplicadas em Broadcast” ministrada por Cristiano Barbieri da Grass Valley. Para ele a industria esta funcionando com novas tecnologias de TI que estão sendo aplicadas ao mercado de Broadcast com Infraestrutura e Playout, como uma resposta as novas demandas, formatos e modelos de negócios, trazendo benefícios e redução de despesas operacionais nos diferentes workflows.
Para Barbieri, os radiodifusores brasileiros estão neste momento frente a grandes desafios, entre eles, a incapacidade de gerar uma expansão simples para além dos limites físicos do roteador; trabalhar com orçamentos altos porque o cabeamento é caro, sem aproveitamento de economia em escala de soluções de TI; e porque os grandes projetos consomem até 10% do orçamento com cabeamento, e ainda serão mais onerosos com a incorporação da UHDTV.
Frente a isso, a solução seria criar infraestruturas IP com sistemas SMPTE 2022-6 de baixa latência, baseados em sistemas determinísticos a partir de conexão de fibra de até 10Gbps; ou infraestrutura BDMI SMPTE – ST 425 com baixa latência, determinístico, e conexão de fibra até 40Gbps o que permite transportar 3 sinais 4K (12 sinais 3G), junto com 384 canais de áudio e metadados.
Erick Soares, da Sony Brasil, trouxe ao SET Regional Sul uma visão geral da evolução do 4K. As origens, a evolução e aplicação na área de produção. E os novos avanços para a produção ao vivo, bem como as tendências de mercado de produção e distribuição de conteúdo.
“O 4K já é uma realidade para o consumidor” e “uma realidade que esta chegando a indústria”, porque segundo Soares, o “4K começou no cinema mas se alastrou ao broadcast. Hoje com o 4K temos ferramentas mais apuradas e para isso a Sony esta dando treinamento aos profissionais do mundo e a uma evolução da produção neste formato”.
Japão e Coreia começaram em 2015 com transmissões 4K via satélite e em 2016 com transmissões experimentais em espectro terrestre. “Hoje podemos entregar conteúdo HD e o 4K pode ser uma forma de avançar nesse processo criando um workflow de captação de conteúdos que comecem a ser produzidos em 4K”.
Os sensores de 35 mm mudaram o conceito de captação, agora partimos para produção com maior luminosidade “e riqueza de informação. O sensor veio do cinema e deu maior plano focal ao mundo broadcast com pixels maiores para ter melhores níveis de qualidade. Hoje temos câmeras com sensores até 16 bit para captação de cor com 65.536 tons de cor com range dinâmico”.
Ainda, Soares falou do zoom virtual “Cut-out” e no Stitching mostrando soluções esportivas em 4K para ser utilizadas em transmissões HD e como armazenar dados em um mundo onde cada dia aumenta a necessidade de grandes sistemas de armazenamento de dados.
Sidnei Britto, da SDBTV distribuidora de Harmonic no Brasil disse na palestra “Novos codecs HEVC” que estes poderão ser fundamentais no novo formato UHD/ 4K. “Neste novo formato é preciso, segundo Britto, ter codecs que possam ser utilizados para que a tecnologia 4K possa proporcionar novas experiências aos telespectadores através de novos aparelhos com alta capacidade de processamento” , disse.
Nesse novo panorama do mercado, o HEVC (High Efficiency Vídeo Coding) “é a nova geração de ferramentas de codificação de vídeo que permitirá a redução de até 50% na taxa de dados necessária para comprimir vídeo de alta qualidade”.
Segundo Britto, com a estandardização do HEVC poderemos ter “OTT HD/4K aproveitando o aumento do tráfego na Internet. IPTV através do Low Bit Rate. Na DTH teremos uma economia satélite, com maiores ofertas HDTV+ e 4K”.
Mais tarde, Armando Isimaru da JVC ministrou a palestra “Novos meios de contribuição ao vivo” onde falou da evolução dos meios de comunicação nas últimas décadas com o advento da micro-onda, satélite, telefonia móvel e mais recentemente as redes IP encurtaram as distâncias e o tempo para uma matéria sair ao ar. Com isso a pressão sobre a equipe de jornalismo por rapidez é cada vez maior requerendo equipamentos com melhor mobilidade e conectividade.
De esta maneira, Isimaru apresentou o desenvolvimento de uma solução da JVC com a mais avançada tecnologia em captação de imagem integrada à tecnologia IP e de telecomunicações em uma câmera compacta de alto rendimento capaz de fazer um streaming ou ftp in loco a qualquer parte do mundo.

Tiago Lacerda, de EITV disse que a audiodescrição é uma realidade e tem de ser implementada pelas emissoras

O executivo explicou o MXF Workflow que trouxe ao mercado hipóteses de ter metadata que pode ser enviada da câmera através da conectividade disponível (App ou FTP) onde cada clip gravado contém a informação do metadata descritivo e pode ser utilizado em sistemas de Ingest e Asset Management como “Search, Playout, Archival etc”.
Para Isimaru “a televisão para subsistir tem de ter mais programas ao vivo, produzir ao vivo e analisar as mudanças. Na TV que nos traz audiência e como” e neste sentido, o que precisamos é “dispositivos que permitam entrar ao vivo”.
A tendência, para Isimaru, é ter câmeras mais leves que permitam facilmente a “contribuição ao vivo diretamente de uma camcorder” porque afinal, cada dia mais, o que importa e enviar as imagens e permitir que o “jornalismo avance ao vivo”.
A seguinte palestra foi da Cis Group, com Nuno Freitas quem trouxe ao SET SUL soluções de “File Based Workflow”, afirmando que uma das opções no futuro será a de criar workflows completos baseados em arquivos com fluxos completamente realizados em “File based”.
Assim, Nuno Freitas, explicou os presentes os fluxos e o storage necessário para ser implementado em uma emissora de TV e como é possível controlar tudo a partir de sistemas conectados no “Cloud”.
Ainda, explicou que o conceito de “SDI” esta no final dos seus dias, e daqui para frente é preciso avançar em novos métodos para criar fluxos de produção ao vivo e para que as emissoras avancem em fluxos mais transparentes.
André Altieri, responsável pelo mercado de mídia e entretenimento na Cisco do Brasil afirmou que o IP já não é futuro, senão uma realidade. “Hoje a distribuição, contribuição e produção funcionam com fluxos de trabalho de produção de mídia que se estão tornando procesos de TI”.
“Na NAB 2014, pensei que estava acordando de um sonho porque finalmente falamos de IP” e como “transmitir áudio e vídeo encima de uma rede de IP” porque as redes SDN/ATM começaram a desaparecer porque não tem capacidade de distribuição de trafego. Hoje em dia, precisamos direcionar os fluxos para uma abordagem “totalmente tapeless” com interfaces 10GE/40GE com camadas “IP/MPLS” que permitem transformar uma rede em um sistema “multi-serviços”.
Para Altieri, as redes IP/MPLS permitem “um transporte ousado de vídeo para contribuição e distribuição gerando redes mais rápidas e transparentes” A palestra “Administração de “Loudness” para a Televisão Digital e Segunda Tela” de Gilberto Felix, da Linear Acoustic, explicou aos presentes dois conceitos muito importantes na indústria, “Loudness” e “Segunda Tela” afirmando que “o controle de áudio é um processo, não só um produto” por isso precisamos educar “para áudio. Precisamos ter técnicos que entendam de multi-banda e que coloquem o áudio no mesmo patamar do vídeo”.

ANews realizou no marco do SET SUL una serie de workshops de apresentação do seu sistema de Newsroom ANews com importante adesão dos participantes do Regional

Para ele, o Loudness no Brasil, “é uma preocupação de todos os canais de TV Digital” porque “é um processo que vem desde produção ao Mix e finalmente controlada na transmissão com ajuda de processadores”. O problema é que Loudness “é subjetivo porque é percebido pelo ouvido e o cerebro”.
Para ele, no mundo digital de hoje, é necessária la “transição da transmissão terrestre analógica a digital” porque “as soluções analógicas que funcionaram bem não são adequados para o Mundo Digital”.
Ainda trabalhou o conceito de Segunda Tela, pensando que a “Televisão atual está mudando rapidamente. Hoje em dia, mais e mais pessoas estão assistindo conteúdo de TV em seus celulares, iPad e tablets. Conforme as emissoras continuam a transição para distribuição de conteúdo de Segunda Tela, o controle de Loudness em programas e anúncios em vários dispositivos e ambientes diferentes também estão se tornando cada vez mais problemático”.
As palestras da parte da manhã do segundo dia do SET Sul 2014 acabaram com a apresentação de Juan Carlos Ortolan, da Ross Video, que trabalhou “roteamento IP e formato 4K”. Para ele a infraestrutura IP é a tendência do mercado.
Para isso, as emissoras precisam entender que o mercado e, por tanto, ela as estão mudando seus fluxos. “A entrada do IP no mundo broadcast tem de ir da mão da sincronização, ou seja, o “incoming feed “ entra no mundo IP para o que precisamos uma mudança estrutural dos sistemas”
Para isso Ortolan explicou como funcionam os roteadores para o mundo IP e os benefícios da implementação de roteadores IP com sistemas, por exemplo de IP Gateways para a transição ao roteamento IP que permite a passagem de trafego de sinais SD para IP.
Ortolan pensa que é preciso criar novas estruturas, mas para isso planejar todo o processo e fluxo de trabalho da emissora para passar de sistemas SDI com sistemas totalmente sincronizados nas novas estruturas sobre base IP.
Por outro lado, Ortolan trabalhou a nova tendência do mercado que esta indo para o formato “4K”, que “hoje já é uma realidade na indústria pelo que a Ross Video está desenvolvendo produtos para estes novos formatos”. Mas, segundo ele, ainda estamos a trabalhar em 3G pelo que para trabalhar em 4K precisamos trabalhar em “dual link” como o fizemos no passado, até que a tecnologia seja desenvolvida de uma forma solida. “Pensamos que o mercado vai para “Level B” com interfaces de Quad Link”.
A parte da tarde da segunda jornada do SET Regional Sul 2014 debateu em profundidade o futuro da televisão no Brasil e no mundo. Salustiano Fagundes da HXD começou o período da tarde da segunda jornada do SET Regional SUL 2014 com a palestra “As novas fronteiras da Televisão” onde abordou temas importantes e explicou que a televisão está mudando e os seus conteúdos e formas de exibição estão mudando.
Para Fagundes, “cada vez mais os consumidores assistem televisão conectados a uma ou mais telas simultâneas. De acordo com pesquisa divulgada pelo Google Brasil em 2013, o fenômeno da segunda tela já chegou e se firmou nos hábitos e costumes das pessoas: cerca de 30 milhões de brasileiros utilizam três telas ao mesmo tempo, diariamente”.
Para ele “esse novo comportamento dos brasileiros traz desafios e oportunidades para os broadcasters que precisam criar estratégias coerentes para engajar os espectadores. Para as marcas surge a possibilidade de aprofundar os seus anúncios, permitindo mensuração em tempo real das interacções”.
A TV não vai acabar senão que as experiências complementares serão mais comuns e haverá diferentes formas de ver e assistir a vídeos.
Armando Ishimaru voltou ao palanque durante a tarde desta vez representando a Leader Instruments, com a palestra “Controle de Qualidade na Produção de Vídeo” O sinal de vídeo passa por uma extensa cadeia de circuitos e processadores desde a produção, edição, transmissão até chegar ao receptor de televisão do telespectador. Em cada etapa da cadeia sempre haverá alguma perda de qualidade caso cada componente deste elo não esteja adequadamente ajustado. A proposta aqui é produzir com a melhor qualidade possível na ponta da cadeia, ou seja, na produção para que o sinal não se degrade ainda mais.
Para Ishimaru, “um fator essencial é trabalhar com profissionais qualificados e ferramentas adequadas. Para facilitar a operação a obter resultados precisos e eficientes, a Leader criou ferramentas intuitivas para operadores não técnicos que são 5 Barras, CineLite, CineZone e CineSearch, pilares para uma produção perfeita”. De fato, segundo ele, o que importa é “produzir ao melhor nível”

Testes de Inferência na TV Digital explicados no SET Sul
Gunnar Bedicks Jr., pesquisador responsável pelo Laboratório de TV Digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie, trouxe a Porto Alegre o resultado dos testes de interferência LTE 4G 700MHz nos canais de TV Digital, realizados pelo Laboratório de Pesquisas em TV Digital da Universidade Mackenzie em conjunto com a SET.
Nos testes mediu-se os valores de relação de protecção e limiar de saturação necessários para a convivência harmoniosa entre os sistemas LTE e TVD em bandas adjacentes. Esses resultados permitem concluir que as especificações definidas pela Resolução No. 625/2013 da ANATEL, “não asseguram a convivência livre de interferência e mostram a necessidade de definir técnicas de mitigação para evitar ou resolver os casos de interferência prejudicial”. Segundo ele, a “interferência é clara e provocará problemas na recepção do sinal de TV Digital aberto” e as interferências encontradas acontecem a partir de “estações rádio base” e em “estações móveis perto de o aparelho de TV, por isso achamos que se a segunda tela do celular o tablets esteja a trabalhar em 4G, o mais provável é que só fique uma tela, ou seja, a tela da TV fique preta” e “sem sinal”.
Gunnar explicou que os sinais interferentes dos sistemas móveis LTE foram obtidos por Geradores de Sinal Vetorial, de desempenho reconhecido pelo mercado de Telefonia Móvel em variadas condições. No entanto, para precisão dos resultados, o sinal na saída dos geradores foi testado para se certificar de que satisfaziam as especificações de emissão espectral determinadas pelas Recomendações ITU-R e pelos Padrões ETSI, gerados pelo 3rd Generation Partnershipp Project (3GGPP).
Segundo ele, os testes demostraram que em alguns casos “pela densidade espectral apaga a imagem da tela”. Existe interferência dos canais próximos ao canal de TV devido ao sistema de filtros instalado no receptor e, segundo ele, é notável o aumento na degradação da robustez dos receptores de TV em teste para os canais superiores, com relação a interferência do sinal de LTE de Uplink”. De fato, a interferência “será muita”. “Fizemos mais de 3000 medições e em cada uma delas encontramos interferência”.
Para o pesquisador o filtro não é a solução a interferência. Ele “talvez, possa resolver a interferência do sinal emitido pelo radio base, mas terei dificuldades de recepção. O filtro não resolver a interferência do uplink”.
Tiago Lacerda, de EITV apresentou a palestra “Soluções de acessibilidade” afirmando que nas últimas décadas, os orgãos legislativos brasileiros têm atuado na criação de leis e regulamentos com diretrizes que definem como os meios de comunicação devem utilizar ferramentas para tornar a programação acessível aos deficientes auditivos e visuais.
Assim, a apresentação teve como objetivo explicar os novos modos de acessibilidade na TV, mostrando os prazos e a quantidade de horas de horas de programação que devem estar adequadas.
Ainda explicou as soluções disponíveis para que as emissoras se adeqúem a legislação atual, em especial na geração de Closed Caption.
Para Lacerda, a audiodescrição é uma realidade e tem de ser implementada pelas emissoras, “não dá para seguir deixando de lado este direito”.
A última palestra desta edição do SET Sul esteve a cargo de Marc Judor, de Line UP/Junger. “Loudness Control: Questões e implicações”. Para o executivo alemão, “o que se esta em jogo quando falamos de Loudness, quais os benefícios, os métodos de trabalho em torno desta questão do ponto de vista técnico e principalmente o que deve ser evitado” por isso é preciso saber como não ser multado no caso de uma fiscalização. Como gerir a relação entre os conteúdos centralmente produzidos e de distribuição para a rede de afiliadas? Como o loudness ajuda a melhorar o fluxo de trabalho de produção? Judor frisou que é importante entender que as diretrizes de loudness não são apenas de importância no Brasil, mas também pode afetar a nível Internacional e que os radiodifusores brasileiros precisam ter em conta as diferenças entre o padrão brasileiro comparado com o da norteamericano (A85) e europeu (R128), y como estas normas afetaram o modo das emissoras trabalharem e como eles se adaptaram.
“É necessário corrigir o sistema produtivo nas emissoras de TV e trabalhar mediante automações de fluxos para mostrarnos que há que fazer, quando e como e em que circunstancias”, afirmou.
Para ele “é uma boa implementação do audio é uma questão que deve passar por todos os processos de produção, realização, posprodução, e emissão para que o audio chegue com qualidade aos telespectadores”.

Fernando Bittencourt : A TV aberta ficará condenada as novas tecnologias

Uma das apresentações mais esperadas do SET SUL 2014 foi a de Fernando Bittencourt, e ela provocou grande inquietação na plateia.

O diretor geral de Engenharia da TV Globo e conselheiro da Comissão de Ex-Presidentes da SET, fez um apelo aos participantes do congresso afirmando que o futuro da TV aberta corre riscos.
“Vivemos um momento muito sério para futuro da Televisão”, o leilão proposto pelo governo não vai ficar na faixa de 700 MHz, “o pior é que não vai ficar só nessa faixa, senão que querem outras partes do espectro” que hoje é utilizado pela TV aberta gratuita.
Sendo assim, segundo Bittencourt, “a TV aberta ficará condenada as novas tecnologias” e a “voracidade” das telcos para ter acesso ao espectro para oferecer banda larga de Internet não vai parar por aí.
Para ele, “vivemos em um mundo onde cada vez mais pessoas possuem smartphones e tablets”, e “com eles se expande o consumo de vídeo nos aparelhos móveis, por isso o mercado quer aumentar a banda, e banda é espectro. Ela precisa de espectro e esse espectro é o que hoje ocupa a TV aberta. Todo o mercado quer mais banda com uma voracidade absoluta”.
Por outro lado, disse Bittencourt, a aparição da TV Digital e o apagão analógico vai gerar “um aumento de espectro livre. Por isso o governo quer fazer a licitação”