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TV paga volta a ter bons resultados
O mercado de TV paga teve boa evolução no faturamento e na base de assinantes em 2004. Para este ano, a expectativa é de manutenção nos bons resultados. No ano passado, o crescimento foi de 6% no Brasil, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). Durante 2004, as operadoras filiadas à entidade, cerca de 80% do total do mercado, conquistaram 267 mil novos assinantes, elevando a base total para 3,8 milhões.
Se for considerado apenas o faturamento bruto, o resultado é melhor ainda. Em 2004, a arrecadação cresceu 14% em relação a 2003, totalizando R$ 3,98 bilhões. Essa expansão foi alavancada pelo crescimento de 80,8% no número de usuários de Internet em banda larga. A fatia deste segmento na receita total das operadoras subiu de 3% para 5%.
Segundo o presidente da ABTA, Francisco Valim, o bom momento econômico vivido pelo País, em 2004, favoreceu a evolução do setor. Para este ano, ele espera que o crescimento continue no mesmo ritmo e acredita que o serviço de Internet por banda larga seguirá sendo o carro chefe do crescimento. De acordo com estimativa da ABTA, a expansão da base de assinantes deve acompanhar o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) doméstico.
Perfil dos assinantes de TV paga é revelado
A Globosat divulgou os resultados de uma pesquisa que busca entender o estilo de vida dos assinantes de TV paga no Brasil, personificando o telespectador em relação ao comportamento de consumo, hábitos e atitudes frente à vida e sua programação de TV preferida. Com a pesquisa, a Globosat visa auxiliar as agências de publicidade e os anunciantes na hora de investir em um programa ou canal.
O estudo identificou seis tipos diferentes de assinantes. Entre eles, está o grupo dos “Bem Informados”, que representam 16% do total. Outro grupo que engloba 16% é o das “Mulheres Atuais”, com mulheres que dividem suas preocupações entre sua profissão e os cuidados da casa. Os jovens altamente qualificados formam o grupo dos “Ligados”, que abrange 15% do público. O grupo “Descoladas” é composto por pessoas descontraídas e atinge 13% dos assinantes. A maioria das donas de casa está no grupo “Dedicadas”, que alcança 18% dos pesquisados. O grupo dos chefes de família é o “Boa gente”, que representa 18% dos telespectadores. O último grupo é o “Absolutos”, caracterizado por pessoas consideradas auto-suficientes e que possui 4% dos assinantes.
A pesquisa foi realizada entre janeiro e setembro de 2004, em nove regiões metropolitanas, abordando 6.918 pessoas com 13 anos ou mais.
Rádio tem vez na era digital
Embora exista uma linha de pensamento que entende que a tecnologia digital ameaça o rádio, alguns acreditam que ela pode ser a saída para essa mídia. O avanço tecnológico popularizou tocadores de MP3, como o iPod, da Apple, que permite que a pessoa carregue consigo até 24 horas de música. Por outro lado, a evolução digital está possibilitando a renovação do rádio em diferentes frentes. Atualmente, a mais expressiva delas é o crescimento do serviço das rádios por satélite, que operam de forma semelhante ao serviço de TV a cabo. As opções estão sendo discutidas intensamente por empresas de tecnologia, fabricantes de celulares e todos os interessados no mercado de distribuição digital de música, que está em franca expansão.
Conteúdo móvel da Globosat
Conteúdo para a telefonia móvel. Este é o novo alvo da Globosat, que está testando internamente alguns formatos de conteúdo. Segundo o diretor de pay-per-view e canais premium da Globosat, Elton Simões, a empresa está avaliando as possibilidades. Ele afirma que existem dificuldades que tornam o negócio mais complexo do que a simples migração do conteúdo para o celular. Entre elas, estão a falta de um modelo de negócios e de distribuição, bem como a definição de produto, tipo de conteúdo e renegociação dos acordos para liberação dos direitos autorais. Além disso, também seria necessário ter volume de material para suprir o serviço, explica Simões.
BandNews está disponível no UOL
O conteúdo do canal BandNews está disponível também no portal UOL. A transmissão está sendo feita na íntegra e ao vivo. Os usuários de Internet de banda larga ou conexões convencionais estão acessando a programação com qualidade de transmissão. Algumas reportagens podem ser vistas sob demanda. O UOL é o segundo portal a abrigar o BandNews, pois o acesso já estava disponibilizado no portal BRTurbo.
Embora alguns exemplos de parcerias já esteja firmados confirmando a tendência, o reaproveitamento de canais criados originalmente para TV paga em outras mídias é motivo de debate entre operadores e programadores. Para os operadores, esse novo modelo de negócios pode gerar a necessidade de reformulação das condições contratuais com os operadores de TV paga. Por sua vez, os programadores argumentam que é preciso encontrar novas alternativas de receita.
Briga pelo espectro de MMDS
As empresas operadoras de MMDS estão se manifestando contra a possibilidade de perder espectro que é usado pela tecnologia atualmente. A posição contrária foi motivada pela consulta pública 593/2005 da Anatel, que pode gerar alterações na faixa de freqüência de 2,5GHz a 2,69GHz. Uma das conseqüências da proposta da Anatel seria a redução do espectro usado pela tecnologia MMDS. Hoje, as operadoras dispõem de 188MHz e, no futuro, podem ter apenas 90MHz garantidos. A mudança visaria garantir espaço para a entrada dos serviços móveis de terceira geração. As operadoras apresentam a discordância individualmente e com o apoio de associações como a Neotec e ABTA.
Canal de TV sul-americano
A América do Sul vai ganhar um canal aberto de TV, com programação 24 horas por dia. A Telesur estará em funcionamento dentro de três ou quatro meses e vai oferecer notícias, programas de opinião, documentários e filmes, a partir de uma perspectiva regional. O governo da Venezuela dá suporte financeiro ao projeto, com apoio da Argentina e do Uruguai. Parte da programação será proveniente da TV Brasil. O governo venezuelano está investindo, inicialmente, US$ 2,5 milhões na Telesur.
VoIP cresce nos EUA
A tecnologia Voz sobre IP (VoIP), que permite ligações telefônicas em redes de dados, deve ser usada por 27 milhões de usuários residenciais, nos Estados Unidos (EUA), até 2009. A previsão é da consultoria IDC, que estima 3 milhões de adeptos ainda em 2005. A questão do preço começa a fazer diferença na adoção da tecnologia. Segundo o analista do IDC, William Stofega, a evolução no número de usuários dependerá da oferta de serviços importantes, diferenciados e viáveis financeiramente.
Lei de Comunicação inclui TVD
O estudo para a proposta de uma Lei de Comunicação Social, encomendado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é uma forma de defender uma agência reguladora para o audiovisual. Além disso, ele vai abranger também a regulamentação necessária para que o Brasil passe do modelo analógico de televisão para o digital. Esse é o ponto de vista mostrado pelo assessor especial responsável por políticas públicas da Casa Civil, André Barbosa, durante o Fórum de Políticas Públicas, realizado pelo Ministério das Comunicações, no final de março. Para Barbosa, as novas tecnologias impõem novos modelos de negócios que devem ser considerados com o pensando no futuro e sem medo de resistências que possam existir durante esse processo.
Plano de canais sai em junho
O Plano Básico de TV Digital estará aprovado e publicado até junho. A garantia foi dada pelo superintendente de comunicação de massa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Apkar Minassian, durante o III Fórum de Políticas Públicas, que foi realizado pelo Ministério das Comunicações e teve o foco centrado na TV digital.
O plano prevê a alocação de canais para a fase de transição ao modelo de TV digital terrestre e a posterior desativação dos canais analógicos.
Segundo Minassian, a metodologia da Anatel para a elaboração do plano considerou o pior cenário possível para formular o critério de trabalho. Isso assegura que todas as geradoras e retransmissoras em cidades, com mais de 100 mil habitantes, terão um segundo canal para a fase de transição, independentemente da escolha tecnológica do modelo que o Brasil adotará, explica o superintendente. Nas cidades com menos de 100 mil habitantes, os canais serão viabilizados pelos próprios interessados, que usarão um software fornecido pela Anatel.
Quando a transição estiver concluída, os canais VHF de 2 a 6, provavelmente, não serão mais utilizados para televisão. De acordo com Minassian, a Anatel seguirá com os testes de filtros para permitir a ocupação de canais adjacentes digitais e analógicos.
Uso do celular
O telefone celular é o meio digital mais usado no Brasil, ultrapassando a TV e o rádio no tempo médio de uso. Para a pesquisadora da Escola do Futuro da USP, Thaís Waisman, isso ocorre porque o celular tem uma penetração maior em relação aos outros meios, sendo uma das principais formas de acesso à informação. Além disso, no caso da TV, a comunicação é unidirecional ou peer to peer. Por sua vez, o celular permite a comunicação com várias pessoas ao mesmo tempo, explica Waisman. A pesquisadora ministrou uma das palestras do III Tela Viva Móvel, evento que aborda a produção de conteúdos e aplicações multimídias para redes de telefonia celular, realizado em São Paulo (SP), entre os dias 6 e 7 de abril.
Telecom gira US$ 30 bilhões
O mercado brasileiro de telecomunicações cresceu 7% em 2004, movimentando US$ 29,4 bilhões entre serviços e equipamentos. Os dados foram divulgados pela consultoria IDC Brasil. De acordo com o estudo, os investimentos foram concentrados na telefonia fixa, infra-estrutura, banda larga e aparelhos celulares. Cerca de 60% das empresas pesquisadas incluem telecom em seus orçamentos de TI para 2005. Em média, os gastos e investimentos com telecom representam 35% do orçamento. Segundo a analista de telecomunicações da IDC Brasil, Cynthia Hirota, as empresas estão insatisfeitas com os seus provedores de dados e voz e querem melhorias na qualidade dos serviços.

Canal Futura compra novos equipamentos
O Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho, adquiriu recentemente novos equipamentos para a operação de suas transmissões. A compra de equipamentos CODECS C-20 de MPEG-2 para rede Ethernet sobre o Protocolo de Internet (IP), fabricados pela NKF Electronics BV, marca a entrada da emissora nessa tecnologia. O equipamento é um codec de MPEG-2, com baixa latência e vídeo Full Motion de alta qualidade, apresentando alta performance para situações de broadcasting.
Segundo o diretor da Sterling do Brasil, Nestor Almeida, o aparelho comprime e encapsula qualquer sinal analógico (PAL/NTSC) para o IP, com uma rede Ethernet. A taxa de compressão do C-20 pode variar de 1.5Mbps até 15Mbps, em diferentes resoluções, oferecendo distribuições distintas de largura de banda dinâmica, tornando o uso da capacidade de transmissão disponível mais eficiente.
Farias aponta outras características como, por exemplo, a melhora da qualidade de vídeo com processamento interno. Ele ainda menciona a possibilidade de transmissão independente apenas do vídeo ou do áudio. Este último chega a ser transmitido com 48KHz e 16 bit, qualidade que possibilita um link para emissora de rádio, conforme o especialista em assessoria de áudio e vídeo.
Como o sistema possui áudio bidirecional, com dois canais estéreos, também é possível a comunicação entre a unidade de transmissão e o local que recebe o sinal, proporcionando interatividade. O equipamento possui portas RS-232, RS-422 e RS-485, que permite o comando de equipamentos à distância por telemetria como, por exemplo, o movimento de câmeras robóticas.
O diretor cita outras vantagens oferecidas pela operação realizada na rede Ethernet, como a redundância, diversidade, menor custo operacional, além do sistema não estar sujeito a intempéries.


Novo nome

A Autodesk anunciou, em meados de abril, que a Discreet, sua divisão responsável pelos produtos e serviços para cinema, vídeo, games e para mercados relacionados à mídia e entretenimento, passará a se chamar Autodesk Media and Entertainment. A divisão ficará sediada em Montreal, Canadá, onde a Discreet possui a sua base desde 1999, quando a Autodesk adquiriu a Discreet Logic.
Avid compra Pinnacle
A Avid Technology anunciou, recentemente, a aquisição da Pinnacle Systems. A negociação envolve dinheiro e troca de ações. Ao final do processo, as ações da Avid em poder dos ex-acionistas da Pinnacle representarão cerca de 15% das ações ordinárias da Avid. A aquisição ainda depende da aprovação das entidades reguladoras. A expectativa é de que o processo seja concluído somente no terceiro semestre.
Após o desfecho, a expectativa é de que os produtos profissionais da Pinnacle, como o servidor MediaStream e o sistema de geração de títulos Deko, sejam incorporados aos sistemas de pós-produção da Avid, que pretende lançar também uma nova linha de produtos da linha consumer, que é voltada para o usuário doméstico e semi-profissional.
Cultura investe em equipamentos
A TV Cultura de São Paulo fechou um negócio de US$ 6 milhões com a Grass Valley para a compra de equipamentos de produção. O pacote inclui duas câmeras de cinema digital Viper Filmstream e um telecine Specter. Além disso, foram adquiridos equipamentos para a produção de programas em HDTV, como 11 câmeras LDK-6000, VTs, switchers e aparelhos para uma unidade móvel HD, com sete câmeras.
A emissora conseguiu realizar a compra por meio de um financiamento feito pelo banco HSBC, que deu um prazo de três a cinco anos para o pagamento.
Em outra aquisição, a TV Cultura investiu aproximadamente US$ 1 milhão em equipamentos Sony. A principal compra dessa transação foi o de um sistema de storage, ou seja, o armazenamento digital de arquivos de vídeo. No entanto, a negociação também envolveu câmeras e monitores.
As aquisições marcam o começo da realização de alguns projetos que a TV Cultura deve concentrar esforços a partir de agora. Entre eles, estão a digitalização do acervo, a cinematografia digital e a modernização do parque de produção, que contava com equipamentos incompatíveis para o sistema HD de última geração.
Em breve, a emissora deve anunciar o formato e funcionamento de uma “Cultura Filmes”, seguindo a tendência iniciada pelas emissoras comerciais.
Processador enriquece vídeo em HD
O PNX1700 é o mais novo integrante da família Nexperia de processadores de alta definição. O produto lançado pela Philips reúne, em um só chip, recursos de processamento de mídia e de conectividade para redes. Segundo o fabricante, ele foi desenvolvido para proporcionar qualidade de imagem excepcional para a transmissão de filmes, notícias, fotos digitais e programas de TV, enriquecendo a experiência de vídeo em alta definição. O PNX1700 tem o dobro da performance de seus predecessores, mas mantém a compatibilidade de hardware e software.
As IP set-top boxes, os adaptadores de mídia digital, os gravadores pessoais de vídeo, os videofones e as TVs estão entre os equipamentos do tipo Digital Connected Consumer que podem usar o PNX1700.
Uma das vantagens que o produto possibilita aos consumidores é a economia no que diz respeito a investimentos em software e hardware, pois proporciona acesso de baixo custo para vídeo em alta definição.
O PNX1700 suporta a decodificação de formatos de vídeo em alta definição, incluindo Windows Media Video, DivX, MPEG-2 e MPEG-4. Ele pode, simultaneamente, codificar e decodificar a resolução D1 para vídeos MPEG-2 e MPEG-4, sendo ideal para gravação de vídeos pessoais. O processador também pode otimizar a codificação e decodificação de vídeos H.264.
Parceria entre Globo e Intel
Uma parceria para desenvolver projetos em conjunto foi assinada entre a Intel e as Organizações Globo. A iniciativa visa acelerar a disponibilidade de conteúdo digital para PCs e dispositivos móveis. Isso tornará possível a distribuição de conteúdos e produtos da Globo por meio de dispositivos equipados com tecnologia Intel. Além disso, o Globo Media Center, que permite interagir com o conteúdo da TV Globo na Internet, deve estar em breve nos celulares. Por meio da parceria, a Globo quer desenvolver novos canais e tecnologias para distribuição de conteúdos.
Efeitos na Pós-Produção
Aprimorar os efeitos na pós-produção. Esse foi o objetivo da Rede Record ao adquirir o Cyber Graphics, software da Orad para inserção de objetos 3D, vídeos e animações em um estúdio convencional e programação ao vivo. Um dos principais recursos do software é o sistema de caracteres, que permite a inserção de estatísticas em tempo real. Entre outras aplicações, a emissora pretende usar o equipamento durante as transmissões esportivas como, por exemplo, o Campeonato Brasileiro de Futebol.

Revista da SET