Uma grande honra
Fernando Bittencourt é o tipo de profissional de broadcast que tem o respeito do mercado internacional. O engenheiro é membro atuante e ex-presidente da SET, diretor geral de engenharia da Rede Globo, e um dos principais participantes do processo científico que levou a adoção do padrão ISDB-T no Brasil e sua expansão ao redor do mundo.
Por conta destes, e outros trabalhos, o governo japonês decidiu atribuir à Bittencourt uma das maiores honrarias destinadas a estrangeiros: a Ordem do Sol Nascente (Orderof the Rising Sun, Gold Rays with Neck Riboon). Entregue pelo ministro dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão, a honraria é o reconhecimento pelos inúmeros trabalhos que tornaram mais próximos o Japão do Brasil em termos de tecnologia broadcast.
Com este reconhecimento, Bittencourt se tornou o primeiro latino-americano a receber aOrder of Rising Sun na área de TI. Aproveitando o momento de destaque, a Revista da SET realizou uma entrevista com o engenheiro chefe da Rede Globo onde ele partilha sua visão sobre o futuro do broadcast, as novas tecnologias de ultra definição e sua polêmica visão sobre o Switch-Off que ilustra a capa desta revista.
Outro destaque desta revista é a assinatura do decreto de migração das rádio AM para FM. De acordo com o documento assinado pela presidente Dilma, as mais de 1800 emissoras que operam nas frequências destinadas ao AM terão um ano para fazer a mudança, mas poderão operar em ambas as faixas por cinco anos.>
Mas o que as emissoras pensam disso? E quais são os desafios para realizar esta migração que as emissoras enfrentarão? É economicamente viável? Tentamos abordar esta e outras questões em nossa cobertura sobre o acontecido.
Fomento bem vindo
Em uma reportagem que realizamos na edição número 130 da Revista da SET sobre a lei 12.485, que estimula a veiculação de conteúdo produzido Brasil na TV Paga, entrevistamos Roberto D’Avila, proprietário da produtora paulista Moonshot. Na entrevista, o produtor afirmou que “os mecanismos de financiamento não estão 100% definidos” e que “os canais continuam com a mesma verba para produção de dramaturgia e precisam fazer mais agora. Enquanto os mecanismos financeiros não estiverem definidos, será uma fase um pouco complicada”.
Mais de nove meses depois finalmente parece vir a resposta direto do setor governamental. Em novembro o governo de São Paulo veio a público anunciar a criação da empresa pública SPCine, cujo principal trabalho é dar incentivo a produção audiovisual na maior cidade do Brasil.
Conhecimento em qualquer lugar
Por fim, esta edição traz também a cobertura das duas últimas edições dos SET Regionais de 2013. Com a primeira realizada em Brasília e a segunda em Manaus, estas edições são as que trazem maior carga de “exoticidade” ao ciclo de eventos realizado anualmente pela associação.
Em Brasília a diferenciação ocorre pela proximidade com o poder. Estando todos os órgãos regulamentadores e governamentais na cidade, é de se esperar que o evento adquira um caráter mais político e que muitas discussões polêmicas tomem conta da bancada. E a edição 2013 foi isso e muito mais, principalmente em um momento que se discute a questão dos 700 MHz e a legislação de Loudness.
Já Manaus coloca em choque o conceito do próprio evento. Criado para levar conhecimento para os grandes centros distantes do eixo Rio-São Paulo, os Regionais se deparam com um paradoxo na Região Norte, pois é na Amazônia que ocorre o evento mais distante do supracitado eixo, mas também é o lugar que abriga grande parte das instalações fabris de alta tecnologia do país, apresentando desta forma um público ao mesmo tempo ávido mas extremamente bem informado.
Boa LeituraOlímpio José Franco
Presidente da SET