Inteligência artificial é trunfo no audiovisual, mas não substitui criatividade humana

A Inteligência Artificial chegou para revolucionar a forma como se produz conteúdo audiovisual, porém, não substitui a criatividade e a subjetividade humana. Essa foi uma das conclusões apresentadas no painel “Inteligência Artificial para Produção Audiovisual”, que aconteceu nesta quarta-feira (28), no congresso da SET EXPO.

O evento contou com a participação do moderador Daniel Monteiro, gerente de P&D da TV Globo, Cassius Rodrigo, supervisor de P&D da TV Globo, Nadine Krefetz, consultant da Reality Software, e Paulo Henrique de Almeida, CEO da Casion Tech Goodies. Foram apresentados cases que mostraram aplicações práticas da Inteligência Artificial em programas de televisão, Internet e ações publicitárias.

O CEO da Casion Tech Goodies, Paulo Henrique de Almeida, apresentou trabalhos em que a IA foi destaque em ações publicitárias. Um deles a parceria entre Tramontina e Spotify em que, por meio de algoritmos, o usuário recebia sugestão de prato exclusivo conforme a música que estava ouvindo. Porém, mesmo diante da engenhosidade dos processos, Almeida destacou a importância do ser humano, que chama de “protagonista do processo”.

“Nesse processo de criatividade, acreditamos que o mercado tenha muito para evoluir e ainda haja muito espaço para crescer. Entendemos que no mercado de criação, o algoritmo nos auxilia em ganho de performance, desempenho e escala. Porém, a criatividade humana sempre vai ser o nosso Norte. Não acreditamos que a criatividade vai vir de máquinas, e sim de seres humanos”, pontuou Almeida.

O mesmo raciocínio foi apresentado por Cassius Rodrigo, supervisor de P&D da TV Globo. “A parte matemática, mais maçante, fica com as máquinas, a parte legal, da criatividade e da subjetividade fica com os humanos. Não há o que temer”, finalizou o supervisor.