Compartilhamento de infraestrutura de transmissão é necessário para que TV digital chegue a cidades menores

Com o fim da primeira fase da transformação do sinal analógico de TV para o sinal digital no Brasil, o compartilhamento de infraestrutura de transmissão para dar conta dos mais de 4 mil municípios que ainda precisam passar pelo processo até 2023 ganhou espaço  no setor. A supervisora executiva da área de Projetos de Transmissão da TV Globo, Camilla Cintra, ressaltou que a digitalização da TV somente chegará às cidades menores se estes municípios tiverem transmissores aptos ao sinal digital.

O debate ocorreu durante o painel “Compartilhamento de Infraestrutura de Transmissão Terrestre: O Caminho para a Digitalização do Brasil Profundo – Fortalecer Parcerias e Desenvolver Soluções Inovadoras”, que também contou com a moderação de Valderez de Almeida Donzelli, do Conselho Deliberativo da SET e Diretora Técnica da ADTHECa; Alberto Leonardo Penteado Botelho, Engenheiro de projetos na LM Telecomunicações;  Alexandre Vila, gerente de Transmissão da TV Bandeirantes/SP; José Frederico Rehme, professor da Universidade Positivo e Coordenador do comitê de associados e eventos da SET;  Ivon Luiz Pinto Júnior, gerente de Engenharia na TV Cultura; Emerson Alexandre Fonseca Costa, gerente de Projetos Regulatórios e do NOC TV e Rádio do Grupo RBS; Fernando  Gomes de Oliveira da EAD; Fernando Gomes de Oliveira,  Gestão e Planejamento de Projetos da Seja Digital; e André Bertoldo, coordenador técnico da TV Alterosa.

Camilla, que lidera o grupo de Compartilhamento de Infraestrutura da ABERT e faz parte grupo de discussão do Fórum SBTVD, cujo desafio é criar um modelo viável para a digitalização dos demais municípios que terão o sinal analógico desligado no interior do país em 2023, garante que não há possibilidade de concluir a cobertura digital da TV aberta sem o compartilhamento e as parcerias. “O desligamento analógico foi realizado em muitas capitais e grandes centros urbanos, resultando em 70% da população brasileira com acesso à TV digital. Agora, radiodifusores e indústria precisam se unir para enfrentar um desafio ainda maior: digitalizar outras 4 mil cidades até 2023. Só conseguiremos realizar este desafio se encontrarmos um modelo de estação retransmissora de TV digital que proporcione grande redução do investimento e facilidade na sua implantação”, disse Camilla.